Crítica – Mickey 17 é uma ficção científica visionária que une ação, suspense e crítica social

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Foto: Reprodução/ Internet

Dirigido pelo premiado Bong Joon Ho, o cineasta sul-coreano que conquistou o Oscar com Parasita, Mickey 17 promete ser um dos grandes lançamentos da ficção científica em 2025. Adaptado do livro Mickey7, de Edward Ashton, o filme mergulha em um futuro distópico onde avanços tecnológicos e dilemas éticos se entrelaçam de maneira instigante.

A trama acompanha Mickey, interpretado por Robert Pattinson, um explorador espacial enviado em uma missão para colonizar um novo planeta. Ele se voluntaria para a função de “descartável”, um tripulante cujo corpo pode ser substituído indefinidamente sempre que morre. Sua consciência é transferida para um novo clone, permitindo que ele enfrente condições extremas e sirva como experimento para testar a viabilidade da colonização. No entanto, à medida que Mickey passa por múltiplas mortes e ressurreições, ele começa a questionar sua própria identidade, o propósito de sua existência e os limites da exploração humana.

Com um olhar afiado para questões sociais, Bong Joon Ho utiliza a ficção científica como pano de fundo para discutir desigualdade, exploração e o impacto da tecnologia na vida humana. A direção do cineasta equilibra ação, suspense e reflexões filosóficas, criando uma narrativa envolvente e cheia de tensão. A cinematografia, com um design futurista e uma estética fria e imponente, reforça a sensação de isolamento e vulnerabilidade enfrentada pelo protagonista.

Robert Pattinson entrega mais uma performance intensa, explorando as camadas psicológicas de Mickey com nuances que vão do cansaço existencial à rebeldia silenciosa. O elenco também conta com nomes de peso, incluindo Steven Yeun, Naomi Ackie, Toni Collette e Mark Ruffalo, cada um contribuindo para a atmosfera densa e intrigante do filme.

O roteiro mantém um ritmo ágil e dinâmico, evitando excessos e conduzindo o público por uma jornada repleta de reviravoltas. Embora algumas questões filosóficas pudessem ser exploradas com mais profundidade, a obra acerta ao equilibrar momentos de tensão com doses pontuais de humor, tornando a experiência acessível sem perder sua carga reflexiva.

Com uma temática provocativa e uma direção impecável, Mickey 17 se posiciona como um dos grandes títulos do gênero em 2025. Mais do que uma ficção científica eletrizante, o filme é um convite para refletir sobre os limites da tecnologia, a natureza da consciência e o preço da exploração desenfreada.

Avaliação geral
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Victor Farias
Victor Farias, 23 anos, natural de Recife-PE, é apaixonado por arte desde a infância. Em 2022, teve sua primeira experiência artística em eventos renomados de Pernambuco. Fascinado pelo audiovisual e cinema, desenvolveu técnicas de produção ao longo do tempo, mesmo sem formação específica. Dedica-se com atenção e busca constante por evolução na área que ama.
critica-mickey-17-e-uma-ficcao-cientifica-visionaria-que-une-acao-suspense-e-critica-socialDirigido por Bong Joon Ho, Mickey 17 traz Robert Pattinson como um explorador espacial que revive indefinidamente, questionando identidade e exploração humana. A trama equilibra ação, suspense e reflexões filosóficas, com um elenco de peso e uma estética futurista envolvente. Com ritmo ágil e narrativa instigante, o filme se destaca como uma das grandes ficções científicas de 2025.

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