
Inspirado no conto The Monkey, de Stephen King, O Macaco acompanha a história de dois irmãos gêmeos que encontram um misterioso brinquedo. Logo, eles descobrem que o objeto é uma arma maligna, responsável por uma série de mortes brutais envolvendo sua família. Anos depois, uma nova onda de assassinatos os força a se unir para destruir o macaco assassino de uma vez por todas.
O filme aposta no terror psicológico para cativar o público, trazendo uma atmosfera sombria e repleta de suspense. A direção utiliza enquadramentos e ângulos clássicos do gênero, sem grandes inovações, mas eficazes para criar tensão. O design do brinquedo é um dos pontos altos da produção—sua aparência macabra e o olhar sinistro garantem momentos de arrepio.
Apesar da proposta sombria, o longa também incorpora toques de humor, que funcionam bem dentro da narrativa. No entanto, algumas sequências decepcionam, especialmente nas cenas sangrentas, que acabam soando artificiais e, em alguns momentos, até cômicas. Esse tom exagerado pode comprometer parte da imersão e tornar o terror previsível.
O elenco conta com Theo James, que entrega uma atuação convincente ao interpretar os irmãos gêmeos, agregando camadas aos personagens e elevando a qualidade da produção. O roteiro é ágil e direto ao ponto, sem excessos, apresentando a premissa rapidamente e desenvolvendo a história de forma objetiva. Ainda assim, as reviravoltas não surpreendem tanto quanto poderiam.
Com estreia marcada para 6 de março nos cinemas brasileiros, O Macaco entrega um terror leve, mas envolvente, equilibrando suspense e humor em uma trama repleta de mistério. Mesmo sem reinventar o gênero, a produção cumpre seu papel de entreter e causar arrepios no público.