O Telefone Preto, dirigido por Scott Derrickson e estrelado por Mason Thames, Madeleine McGraw e Ethan Hawke, apresenta uma narrativa sombria ambientada em Denver, uma pequena cidade nos Estados Unidos. O filme segue uma série de sequestros de crianças cometidos por um serial killer mascarado, que usa uma van para capturar suas vítimas. Ele as aprisiona em um porão, onde cria um jogo psicológico mortal, no qual as crianças devem tentar escapar antes de serem assassinadas. Esse jogo macabro é chamado de “Menino Travesso”.

A trama se intensifica com a personagem Gwen, irmã de Finney Shaw, um garoto de 13 anos que é o mais recente sequestrado. Gwen começa a ter sonhos perturbadores com as crianças assassinadas, o que a leva a uma busca desesperada para entender essas visões e descobrir uma maneira de ajudar seu irmão a escapar. A polícia, intrigada com os sonhos de Gwen, tenta usá-los como pista para avançar na investigação.

O filme também aborda os traumas do pai de Finney e Gwen, que ainda é atormentado pela morte repentina da esposa, que também tinha sonhos sobrenaturais. Ele culpa esses sonhos pela morte dela e tenta impedir a filha de se aprofundar em suas visões, gerando conflitos sobre como esses sonhos poderiam ajudar na busca pelo irmão.

Embora o longa não seja uma produção de terror tradicional, ele explora temas que fazem o público refletir sobre os traumas da infância, que podem roubar a inocência de crianças sequestradas ou que enfrentaram tentativas de sequestro.

O filme mantém o espectador preso e hipnotizado do início ao fim, fazendo com que todos torçam por Finney em sua luta para escapar do sequestrador, que parece ser intocável, passando despercebido pelas autoridades e não levantando suspeitas. Um elemento intrigante é o uso da máscara pelo sequestrador e o simbolismo das bolas pretas nos sonhos de Gwen. Nas cenas finais, é revelado que o vilão teme mostrar seu rosto, o que adiciona uma camada de mistério e terror ao personagem.

O elemento sobrenatural do filme é destacado pelo toque de um antigo telefone preto, aparentemente fora de serviço, mas que toca para Finney de forma inexplicável. As ligações são feitas pelas crianças mortas, que tentam ajudar Finney a escapar. Essa comunicação sobrenatural levanta questões sobre como sequestradores podem operar nas cidades sem levantar suspeitas e como o trabalho da polícia pode ser ineficaz ao se concentrar apenas no óbvio.

Vale a pena assistir o filme?

O longa-metragem apresenta uma história simples de terror sobrenatural, focada no embate entre o bem e o mal, mas se destaca pela criação de tensão e pelo desenvolvimento da relação afetuosa entre os irmãos protagonistas. Essa dinâmica gera empatia e faz refletir sobre experiências traumáticas na infância. Com um final surpreendente, o filme provoca reflexões sobre a segurança nas cidades e a eficácia das autoridades em lidar com crimes tão sinistros.

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