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A Marvel Comics celebra seu 85º aniversário, uma data marcante que remonta ao lançamento de “Marvel Comics #1” em 1939. Este número inaugural apresentou ao público personagens icônicos como o Tocha Humana e Namor, o Príncipe Submarino, e deu início a uma nova era no universo dos super-heróis, marcada pela inovação e criatividade. Desde então, a produtora não apenas encantou várias gerações com suas narrativas épicas e personagens carismáticos, mas também deixou uma marca indelével na indústria cinematográfica.

Ao longo dos anos, a empresa transformou-se de uma editora de quadrinhos em um império global de entretenimento. Suas adaptações cinematográficas revolucionaram o gênero de super-heróis, combinando narrativas envolventes com efeitos visuais impressionantes, o que lhe garantiu tanto reconhecimento crítico quanto o amor do público.

Para celebrar essa data histórica, é importante refletir sobre os momentos em que a Marvel foi reconhecida pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Diversos filmes baseados em suas histórias conquistaram o cobiçado prêmio, evidenciando a influência e a inovação contínuas da editora. Entre os destaques estão:

Pantera Negra” (2018): Este filme se tornou um marco cultural ao ganhar o Oscar de Melhor Filme, além de prêmios em categorias técnicas como Melhor Trilha Sonora Original e Melhor Figurino. Sob a direção de Ryan Coogler, o filme não apenas celebrou a representação de um super-herói africano, mas também explorou temas sociais e políticos profundos, estabelecendo novos padrões para o gênero.

Vingadores: Ultimato” (2019): Embora não tenha levado o prêmio de Melhor Filme, o épico final da saga foi indicado em categorias importantes e recebeu o Oscar de Melhores Efeitos Visuais. O filme foi a culminação de uma era no Marvel Cinematic Universe (MCU), destacando-se por seu impacto visual e tecnológico.

Essas conquistas não apenas evidenciam a criatividade e a visão do estúdio americano, mas também refletem seu impacto duradouro na cultura pop e no cinema. Ao longo das décadas, o estúdio continuou a evoluir e a inovar, consolidando seu lugar na história do entretenimento. Neste aniversário, a Marvel Comics celebra não apenas seu passado glorioso, mas também se prepara para novos empreendimentos que prometem inspirar e entreter fãs ao redor do mundo. Além das indicações, o estúdio conquistou grandes premiações, que você pode conferir abaixo:

Ganhador de 2005: Melhores Efeitos Visuais

Homem-Aranha 2, uma colaboração entre Columbia Pictures, Laura Ziskin Productions e Marvel Pictures, estreou em 30 de junho de 2004. Distribuído pela Sony Pictures, o filme recebeu aclamação do público e da crítica, marcando presença em três categorias do Oscar de 2005. Destacou-se especialmente em Melhores Efeitos Visuais, onde conquistou a estatueta, além de ser indicado para Melhor Edição de Som e Melhor Mixagem de Som.

Sob a direção de Sam Raimi e com Tobey Maguire no papel principal, a sequência da trilogia de Raimi adapta o icônico personagem dos quadrinhos para o cinema. O roteiro, escrito por Alvin Sargent, é baseado em uma história desenvolvida por Alfred Gough, Miles Millar e Michael Chabon.

O enredo se desenrola dois anos após os eventos do primeiro filme. Peter Parker (Tobey Maguire) enfrenta um novo desafio ao tentar deter o Dr. Otto Octavius (Alfred Molina), um cientista cuja fusão neural com tentáculos mecânicos resultou na morte de sua esposa. Octavius está determinado a repetir o experimento fatal, ameaçando a segurança de todos ao seu redor. Paralelamente, Peter luta com uma crise pessoal e existencial, tentando equilibrar suas responsabilidades como super-herói com sua vida pessoal, o que parece estar esgotando suas forças.

A estreia em cinemas convencionais e IMAX nos Estados Unidos foi amplamente elogiada por sua direção, enredo envolvente, trilha sonora marcante e efeitos visuais impressionantes, além de sua profundidade temática e emocional. As atuações de Maguire e Molina foram particularmente destacadas, e o filme arrecadou mais de 788 milhões de dólares mundialmente. Além do Oscar de Melhores Efeitos Visuais, recebeu cinco prêmios no Saturn Awards, incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor para Raimi. Considerado um dos maiores filmes de super-heróis já produzidos, foi incluído pela revista Empire na lista dos 500 maiores filmes de todos os tempos em 2008.

O sucesso pavimentou o caminho para Homem-Aranha 3 em 2007, completando a trilogia de Raimi. Maguire e Molina retomaram seus papéis em Spider-Man: No Way Home (2021), um filme do MCU que explora o conceito de multiverso e conecta as franquias de Raimi e Marc Webb ao MCU.

Ganhador de 2018: Melhor Trilha Sonora Original, Melhor Figurino e Melhor Design de Produção

O filme, que contou com a memorável atuação de Chadwick Boseman como Pantera Negra, se destacou nas premiações ao receber indicações em sete categorias. Apesar de não ter vencido o prêmio principal, a produção brilhou em outras três categorias significativas. Ludwig Göransson ganhou a estatueta de Melhor Trilha Sonora Original, Ruth E. Carter conquistou o prêmio de Melhor Figurino e o prêmio de Melhor Design de Produção foi compartilhado entre o cenógrafo Jay Hart e a diretora de arte Hannah Beachler. Esses prêmios ressaltam a qualidade e o impacto duradouro do filme, celebrando o trabalho excepcional das equipes envolvidas.

A produção estreou em 16 de fevereiro de 2018, marcando um momento histórico tanto no MCU quanto na indústria cinematográfica. Dirigido por Ryan Coogler e co-escrito por Coogler e Joe Robert Cole, o filme é o 18º título do MCU e o primeiro a focar exclusivamente no icônico herói da Marvel Comics. Estrelado por Chadwick Boseman, o filme não apenas conquistou crítica e público, mas também quebrou barreiras culturais e comerciais.

O filme segue T’Challa (Chadwick Boseman), que retorna a Wakanda para assumir o trono após a morte de seu pai, o rei T’Chaka. Wakanda, uma nação africana tecnologicamente avançada, mantém-se oculta do resto do mundo. O enredo se desenvolve quando T’Challa enfrenta uma ameaça interna e global na forma de Erik Killmonger (Michael B. Jordan), um primo perdido com ambições de tomar o trono e alterar a posição de Wakanda no mundo. O confronto entre T’Challa e Killmonger é central para a trama, refletindo temas de identidade, legado e poder.

A ideia de um filme sobre Pantera Negra começou a ganhar força em 1992, quando Wesley Snipes expressou interesse no projeto. No entanto, o desenvolvimento do filme enfrentou vários obstáculos até que foi oficialmente anunciado em 2014. As filmagens ocorreram em locações em Atlanta e Busan, Coreia do Sul, utilizando estúdios como EUE/Screen Gems e Pinewood Studios. A produção fez um uso inovador do vibranium, o metal fictício que fornece o fundo tecnológico de Wakanda, e incorporou elementos culturais africanos autênticos para enriquecer a narrativa.

O longa-metragem foi amplamente aclamado pela crítica, destacando-se pelo seu impacto cultural e pelas performances do elenco. No Rotten Tomatoes, o filme obteve uma impressionante classificação de 97%, superando outros grandes títulos de super-heróis como “The Dark Knight” e “Iron Man”. A produção arrecadou mais de US$ 1,3 bilhão mundialmente, tornando-se a segunda maior bilheteira de 2018 e um dos maiores sucessos do MCU. Seu desempenho financeiro refletiu uma forte aceitação do público e estabeleceu novos padrões para filmes de super-heróis liderados por uma equipe predominantemente negra.

O filme fez história ao receber sete indicações ao Oscar 2019, incluindo Melhor Filme. A produção do herói venceu nas categorias de Melhor Figurino, Melhor Trilha Sonora e Melhor Design de Produção, sendo o primeiro filme de super-herói a receber uma indicação de Melhor Filme e o primeiro do MCU a ganhar uma estatueta. Além disso, foi a maior estreia de um diretor afro-americano e recebeu vários outros prêmios e indicações ao longo da temporada de premiações.

O impacto de “Pantera Negra” vai além de seu sucesso comercial e reconhecimento crítico. O filme trouxe uma representação significativa para o público afro-americano e destacou a importância da diversidade tanto na frente quanto atrás das câmeras. Uma sequência está em desenvolvimento, com Ryan Coogler retornando como roteirista e diretor, prometendo expandir ainda mais o legado de Wakanda e seus personagens.

Ganhador de 2019: Melhor Animação

Lançado em 2023, “Homem-Aranha: Através do Aranhaverso” (Spider-Man: Across the Spider-Verse) se estabelece como uma continuação audaciosa e visualmente deslumbrante do aclamado “Homem-Aranha no Aranhaverso” (2018). A animação da Columbia Pictures e Sony Pictures Animation, em parceria com a Marvel Entertainment, mergulha ainda mais fundo no multiverso dos super-heróis, oferecendo uma experiência cinematográfica inovadora que cativa tanto o público quanto a crítica.

Desde o seu anúncio em novembro de 2019, o filme foi aguardado com grande expectativa. Com o desenvolvimento iniciado antes mesmo do lançamento de seu predecessor, a sequência foca no aprofundamento da relação entre Miles Morales, dublado por Shameik Moore, e Gwen Stacy, a Mulher-Aranha, interpretada por Hailee Steinfeld. O filme é dirigido por Joaquim Dos Santos, Kemp Powers e Justin K. Thompson, sendo a estreia de Dos Santos e Thompson na direção. O roteiro, mais uma vez, é assinado por Phil Lord e Christopher Miller, que também atuam como produtores, junto a David Callaham.

A trama se desenrola na Terra-65, onde Gwen Stacy vive sob o disfarce da Mulher-Aranha, enquanto lida com o peso da morte de seu melhor amigo, Peter Parker. A narrativa ganha complexidade quando Gwen encontra o Abutre de um universo alternativo com temática renascentista e recebe a ajuda de Miguel O’Hara (Homem-Aranha 2099) e Jess Drew. Após a revelação da identidade de Gwen para seu pai, o capitão George Stacy, ela é aceita relutantemente na Sociedade-Aranha, uma equipe de super-heróis que zela pela ordem do multiverso.

Em Brooklyn, na Terra-1610, Miles Morales enfrenta uma nova ameaça: o Mancha, um vilão cujas habilidades foram ampliadas pela explosão do colisor de dimensões. O Mancha culpa Miles por sua condição e viaja por universos para aumentar seu poder. A luta de Miles contra o Mancha o leva a se unir a outros Homens-Aranha em diferentes dimensões, enfrentando desafios que ameaçam não apenas a sua realidade, mas todo o multiverso.

O filme explora o conceito de “eventos canônicos” – eventos cruciais na vida dos Homens-Aranha que devem ocorrer para manter a integridade do multiverso. Miguel O’Hara revela que o assassinato iminente do pai de Miles, Jeff Morales, é um desses eventos e que a tentativa de Miles de salvá-lo poderia levar ao colapso de sua dimensão. A descoberta de que a aranha que deu os poderes a Miles veio de outro universo, onde o Homem-Aranha não deveria existir, torna sua luta ainda mais pessoal e intensa.

A estreia de ocorreu no Regency Village Theatre, em Los Angeles, no dia 30 de maio de 2023, com lançamento nos cinemas dos Estados Unidos em 2 de junho de 2023, após um adiamento devido à pandemia de COVID-19. O filme foi a primeira animação teatral a ser lançada em duas partes, com um terceiro filme, “Spider-Man: Beyond the Spider-Verse”, previsto para 2024, mas adiado indefinidamente. Além disso, um derivado focado nas personagens femininas, intitulado “Spider-Woman”, está em desenvolvimento.

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