
A Universal Pictures divulgou o primeiro trailer de “Dia D” (Disclosure Day), novo longa-metragem dirigido por Steven Spielberg (“O Resgate do Soldado Ryan”, “A Lista de Schindler”), e a prévia já deixa claro que o cineasta volta a explorar um de seus terrenos favoritos: o impacto do desconhecido sobre pessoas comuns. Com um clima de tensão crescente e muitas perguntas no ar, o filme desponta como um dos lançamentos mais aguardados do próximo ano. Abaixo, confira o vídeo:
Com lançamento previsto para 11 de junho de 2026 nos cinemas brasileiros, o longa-metragem marca o reencontro de Steven com o roteirista David Koepp (“Jurassic Park”, “Guerra dos Mundos”), parceiro recorrente em produções que equilibram espetáculo, tensão e conteúdo. A nova colaboração renova a expectativa do público por uma história que transita entre o suspense, a ficção e o drama humano, elementos que se tornaram a assinatura criativa da dupla ao longo dos anos.
O elenco reforça o peso da produção e chama atenção pela variedade de perfis. O protagonismo fica por conta de Josh O’Connor (“The Crown”, “Rivais”), que divide a cena com Emily Blunt (“Oppenheimer”, “No Limite do Amanhã”). Também integra o time Eve Hewson (“Flora and Son”, “Behind Her Eyes”), além de nomes consagrados como Colin Firth (“O Discurso do Rei”, “1917”), Colman Domingo (“Rustin”, “Sing Sing”) e Wyatt Russell (“Lodge 49”, “Thunderbolts”). É um elenco pensado para sustentar conflitos emocionais intensos, algo essencial para um filme que promete trabalhar mais com tensão psicológica do que com respostas fáceis.
O trailer evita explicar demais, mas entrega pistas suficientes para despertar curiosidade. A história parece girar em torno de um evento global, algo que esteve oculto por muito tempo e que, ao vir à tona, ameaça mudar completamente a forma como a humanidade enxerga a própria realidade. Não há cenas de ação exageradas nem grandes discursos explicativos. O que domina é a sensação de urgência, o silêncio desconfortável e olhares carregados de apreensão.
As comparações com “Contatos Imediatos de Terceiro Grau” são inevitáveis, já que Spielberg retorna ao tema do encontro com algo além da compreensão humana. A diferença é o tom. Se no clássico de 1977 havia fascínio e certa inocência diante do desconhecido, “Dia D” parece seguir um caminho mais sombrio e ansioso. Aqui, a revelação não soa como uma promessa de descoberta, mas como um choque inevitável.
O título original, Disclosure Day, ajuda a entender essa proposta. A ideia de “disclosure” aponta para uma revelação definitiva, um momento sem volta. Entre fãs, já surgem interpretações que ligam o nome “Dia D” a um paralelo simbólico com o marco histórico da Segunda Guerra Mundial. Só que, desta vez, a batalha não acontece em um campo físico, mas na mente coletiva das pessoas, forçadas a lidar com uma verdade que pode desmontar certezas antigas.
Ao longo da carreira, Spielberg sempre demonstrou habilidade para transformar conceitos grandiosos em histórias profundamente humanas. Mesmo quando fala de extraterrestres, guerras ou eventos globais, o foco costuma estar nas reações individuais, no medo, na esperança e na fragilidade emocional. Pelo que o trailer indica, “Dia D” segue exatamente esse caminho, apostando mais na atmosfera e na construção de tensão do que em explicações diretas.





