Foto: Reprodução/ Internet

O ano de 2024 será lembrado na memória coletiva brasileira como um dos mais devastadores da história recente, principalmente devido às trágicas chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul. Essas enchentes resultaram em dezenas de mortes e na destruição quase total de cidades inteiras, forçando milhares de famílias a enfrentar a dura tarefa de reconstruir suas vidas. Enquanto o estado gaúcho lida com as consequências dessa calamidade, uma nova crise ambiental está ganhando destaque no cenário nacional.

O Repórter Record Investigação traz uma nova perspectiva sobre a crise climática com o documentário “Exilados pelo Clima na Amazônia,” que será exibido nesta segunda-feira, 19 de agosto, às 22h45. Este documentário oferece uma análise profunda dos impactos severos das mudanças climáticas na região amazônica, uma área que enfrenta eventos extremos cada vez mais frequentes e devastadores, como cheias e secas.

A produção destaca relatos comoventes de brasileiros que foram forçados a abandonar suas terras natalinas devido à crise ambiental sem precedentes. A Patrícia Pinho, diretora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), explica a relação direta entre as mudanças climáticas e a intensificação dos eventos extremos: “O aumento da frequência e intensidade desses eventos está diretamente ligado à desestabilização causada pelo aumento das temperaturas globais. O impacto é visível e devastador.”

No estado do Acre, conhecido como um dos últimos bastiões da floresta amazônica, o Rio Acre, que historicamente sustentou a vida dos ribeirinhos, tornou-se um agente de destruição. A recente cheia do rio não só causou a perda de residências, mas também gerou uma profunda sensação de desolação. O professor Dimas Gurgel compartilha seu sentimento de perda: “A água nos expulsou. É uma sensação desanimadora, difícil de explicar em palavras. Ver o local onde nasci e cresci transformado em um cenário de guerra é devastador.”

Em Brasileia, a prefeitura está tomando medidas drásticas para enfrentar a crise: a relocação da cidade para uma área mais elevada, longe das enchentes recorrentes, na tentativa de proteger a população das tragédias repetidas. Esta medida reflete a gravidade da situação e o esforço das autoridades locais para oferecer uma solução a longo prazo.

No Amazonas, o problema é igualmente alarmante, mas por razões diferentes. A seca crescente está causando o fenômeno das “terras caídas”, que resulta em erosões e ameaça residências. Ângela Maria de Araújo, uma dona de casa de Arumã, em Beruri, compartilha a dor pessoal causada pela seca: “A perda material é dolorosa, mas a ausência do meu esposo, que faleceu em um deslizamento de terra, deixa um vazio muito grande.”

A gravidade da crise é acentuada por uma recente estimativa do Banco Mundial, que projeta que, nos próximos 25 anos, a América Latina poderá enfrentar a deslocação de até 17 milhões de pessoas devido a desastres climáticos, criando uma nova classe de “refugiados climáticos.”

Em uma entrevista exclusiva, Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, sublinha a necessidade urgente de ação para enfrentar a crise: “Para lidar com a mudança climática e a questão da desigualdade social, é imperativo que aqueles que lucraram com a exploração da natureza invistam uma parte desses lucros na preservação e restauração ambiental, garantindo um equilíbrio sustentável para a vida no planeta.”

Não perca a oportunidade de compreender a profundidade desse problema global e as histórias de brasileiros diretamente impactados pela crise ambiental. O documentário “Exilados pelo Clima na Amazônia” será exibido no programa, nesta segunda-feira, 19 de agosto, às 22h45.

COMENTE

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui