
Acaba de ser lançado o trailer de HIM, o mais novo filme do premiado diretor Jordan Peele, e já provoca aquela mistura intensa de ansiedade e expectativa. Em poucas imagens, o vídeo revela a pressão silenciosa de um jovem atleta tentando se reerguer após uma grave lesão, enquanto uma sombra de mistério envolve a trama. O resultado é uma combinação de medo e esperança que vai além do terror convencional, trazendo à tona uma história de luta, dor e resiliência que deve ficar conosco muito tempo depois dos créditos finais.
Desde sua estreia como diretor com Get Out, Jordan Peele se destacou não só por assustar, mas por nos fazer sentir — aquela inquietação que toca o peito, o medo que se mistura à reflexão sobre questões sociais e humanas profundas. Seu terror ultrapassa fantasmas e monstros, para revelar as feridas da sociedade e a complexidade do ser humano.
Em HIM, essa característica se mantém, mas o foco muda para o universo do futebol americano. E não o brilho dos holofotes, mas o campo da dor silenciosa, da queda inesperada e do esforço para se reerguer. O longa acompanha um jovem atleta cujo futuro é ameaçado por uma lesão, que encontra um mentor improvável para ajudá-lo a reconstruir não apenas seu corpo, mas também sua alma.
O que emociona na trama é essa delicada dualidade entre a dor da perda e a esperança do recomeço. Peele tem um talento raro para capturar momentos em que o medo se transforma em força, e o olhar para dentro revela um turbilhão de emoções contraditórias. Ao unir o terror com a jornada esportiva, ele destaca não só a competitividade e pressão, mas também o lado humano do atleta — aquele que muitas vezes fica oculto por trás da glória e dos aplausos.
A esse enredo se soma a presença de Marlon Wayans, conhecido pelo humor e carisma, que surpreende ao assumir um papel sensível e fundamental. Seu personagem, um treinador e guia, traz à tela a importância do apoio verdadeiro, do abraço que conforta e da palavra que levanta. É a conexão que desperta a força interior do protagonista e dá vida ao coração da narrativa.
Assistir a HIM será mais do que acompanhar um filme de terror: será mergulhar numa experiência onde o medo se confunde com coragem, e o desafio físico ganha profundidade emocional. Jordan Peele usa seu gênero com maestria para abordar temas sensíveis — vulnerabilidade, superação, medo do fracasso — sempre com autenticidade e impacto.
Ao longo da carreira, Peele também se mostrou comprometido em dar voz a histórias de personagens negros complexos e cheios de humanidade, ampliando a representatividade no cinema. HIM segue essa trajetória, reforçando a importância de protagonismos diversos e reais.
O lançamento nos Estados Unidos está previsto para 19 de setembro. Ainda sem data confirmada no Brasil, o filme já gera grande expectativa, principalmente entre os fãs do diretor, que sabem que ele entrega algo além do entretenimento: um convite para olhar para dentro, reconhecer nossos medos e encontrar a força para enfrentá-los.
HIM promete emocionar e dialogar tanto com quem gosta de terror quanto com quem entende a luta diária — seja nos esportes, seja na vida. No fundo, Jordan nos lembra que os verdadeiros monstros que encaramos estão dentro de nós, e que o caminho da vitória passa por reconhecer nossa fragilidade e seguir em frente, com coragem.
















