
Quando o Paramount+ divulgou na última quinta, 04 de setembro, o trailer da segunda temporada de Landman, ficou claro que a série vai dar um salto em intensidade e emoção. A produção, que já havia conquistado público e crítica em 2024, agora retorna com um elemento ainda mais intrigante: Demi Moore.
A atriz assume o protagonismo da nova fase ao interpretar uma mulher que herda os negócios da família após a saída definitiva do personagem de Jon Hamm. Esse ponto de virada não só muda os rumos da história, mas também amplia a discussão sobre poder, lealdade e sobrevivência dentro de um universo marcado pela exploração do petróleo no Texas. Abaixo, confira o vídeo divulgado:
Criada por Taylor Sheridan, o mesmo responsável por fenômenos como Yellowstone e Mayor of Kingstown, e por Christian Wallace, Landman é inspirada no podcast jornalístico Boomtown, que retratava as contradições do boom petrolífero no oeste do Texas. A série bebe dessa fonte para construir um drama que vai muito além da indústria energética: mostra vidas em choque, famílias em disputa e comunidades inteiras transformadas por uma riqueza que, ao mesmo tempo em que ergue fortunas, também cobra seu preço em desigualdade, tragédias e destruição ambiental.
O vídeo revelou cenas intensas de Demi em um papel que exige equilíbrio entre firmeza e fragilidade. Sua personagem não apenas assume os negócios da família, mas também enfrenta um ambiente dominado por homens poderosos, interesses escusos e pressões políticas que podem colocá-la contra sua própria consciência. Moore surge como alguém que precisa aprender rapidamente a jogar um jogo cruel, sem perder sua humanidade no processo.

Um elenco que equilibra veteranos e novos rostos
Ao lado de Demi, a série mantém um elenco já conhecido do público, que ajudou a conquistar a base de fãs na primeira temporada. Billy Bob Thornton (conhecido por Goliath e Sling Blade) retorna como Tommy Norris, um homem marcado por dilemas éticos e pela tentativa constante de preservar sua integridade em meio a um sistema corrompido. Michelle Randolph (1923), Kayla Wallace (When Calls the Heart) e James Jordan (Yellowstone, Mayor of Kingstown) também continuam na trama, representando diferentes faces da vida no Texas — desde jovens ambiciosos em busca de ascensão rápida até trabalhadores que arriscam a vida diariamente nos campos de petróleo.
Entre as novidades, Jacob Lofland (Maze Runner, Mud) e Paulina Chávez (The Expanding Universe of Ashley Garcia) chegam para dar frescor e contestação à narrativa, trazendo o olhar de uma geração que já não aceita viver sob as mesmas regras do passado. E, mesmo afastado do centro dos negócios, Jon Hamm (Mad Men, Fargo) deve aparecer em participações especiais que ajudam a costurar a transição de poder, mantendo viva a tensão emocional que sustenta o enredo.
Do podcast à TV: um retrato humano do boom do petróleo
O DNA da série vem diretamente de Boomtown, podcast que investigou como o petróleo molda vidas e economias no Texas. Sheridan transformou esse material em ficção sem perder a essência: o contraste entre trabalhadores braçais, que enfrentam riscos diários em busca de sustento, e bilionários que lucram com o suor alheio.
Esse olhar híbrido — parte ficção, parte realidade — faz da série algo maior do que um simples drama. Ela mostra como o petróleo pode ser tanto a promessa de uma vida melhor quanto a raiz de desigualdades profundas. O público encontra no enredo histórias de ambição, de traição e de lealdade familiar, mas também reconhece, em cada conflito, dilemas que atravessam fronteiras e se conectam com o mundo atual, seja no debate sobre mudanças climáticas, seja na discussão sobre até onde alguém está disposto a ir para garantir poder e riqueza.

A autenticidade como marca registrada
Um dos diferenciais da trama americana é a maneira como Sheridan prioriza autenticidade. As filmagens da primeira temporada ocorreram em locais icônicos do Texas, como o Fort Worth Petroleum Club e a sede da American Association of Professional Landmen. Para a segunda temporada, a equipe foi ainda mais fundo, rodando em áreas próximas às zonas de extração e captando não apenas as paisagens grandiosas, mas também o cotidiano de quem vive e trabalha no coração da indústria petrolífera.
Uma série sobre muito mais do que petróleo
Embora o petróleo seja o fio condutor da história, Landman conquista porque fala de temas universais. O enredo trata de ambição, desigualdade, corrupção, sobrevivência e, acima de tudo, das escolhas que cada pessoa precisa fazer diante das pressões da vida. É um drama humano disfarçado de história sobre negócios, onde as grandes corporações e os campos de petróleo funcionam apenas como palco para conflitos emocionais e sociais.
















