
A primeira temporada de Lanterns, série que reintroduz os icônicos Lanternas Verdes no novo DCU, acaba de concluir suas filmagens — e, nos bastidores, o clima foi de celebração e missão cumprida. Com estreia prevista para meados de 2026 na HBO e Max, a produção marca o retorno de uma das franquias mais queridas (e subestimadas) da DC aos holofotes, agora sob uma abordagem muito mais íntima, investigativa e politicamente carregada.
Imagens inéditas da festa de encerramento mostram Aaron Pierre e Kyle Chandler, intérpretes dos protagonistas John Stewart e Hal Jordan, sorrindo ao lado da equipe técnica. Mais do que um registro de bastidores, essas fotos simbolizam o encerramento de uma etapa que promete redefinir não só a estética visual dos Lanternas, mas também seu papel simbólico no universo expandido que James Gunn e Peter Safran estão desenhando com o novo DC Studios.
Da grandiosidade cósmica ao drama terreno
Esqueça o tom épico-puramente espacial. Em Lanterns, a ação parte da Terra. Mais precisamente, de um assassinato misterioso em solo americano que coloca dois heróis de origens e gerações distintas para trabalharem juntos — um já marcado pela experiência e pela dúvida (Hal Jordan) e outro recém-lançado ao mundo das responsabilidades cósmicas (John Stewart). Mas o que poderia ser apenas mais uma missão se torna um divisor de águas para ambos — e, potencialmente, para toda a Tropa dos Lanternas Verdes.
A série aposta em uma ambientação sombria e realista, aproximando os personagens do drama humano e da tensão de thrillers policiais, com referências visuais mais próximas de True Detective do que de filmes de super-heróis convencionais. A investigação central — ainda mantida em sigilo — promete revelar segredos enterrados não só sobre o crime, mas sobre a própria estrutura da Tropa dos Lanternas.
Elenco robusto, vilões clássicos e uma guerra silenciosa
Além de Pierre e Chandler, o elenco conta com nomes como Kelly Macdonald, Garrett Dillahunt e Ulrich Thomsen, que dará vida a uma nova versão de Sinestro — aqui tratado não apenas como vilão, mas como um personagem de múltiplas camadas morais e políticas. Também está confirmada a participação de Nathan Fillion como o explosivo Guy Gardner, que fará sua estreia no filme Superman, antes de integrar o núcleo da série.
Segundo fontes próximas à produção, o foco será menos em batalhas interplanetárias e mais em dilemas internos, dilemas morais e o impacto que o poder exerce sobre quem o detém. A escolha de Chandler e Pierre simboliza isso: dois atores com histórico de papéis densos, que priorizam nuance à ação.
O peso da responsabilidade e o futuro do DCU
Para os fãs que acompanharam a trajetória errática da DC nos cinemas e nas séries, Lanterns surge como um sopro de reinvenção. Diferente de outras produções recentes, o projeto foi pensado desde o início como parte essencial do novo plano de unificação do DCU. Mas, ao invés de buscar grandiosidade como ponto de partida, opta por construir intimidade.
O showrunner (cujo nome ainda não foi oficialmente revelado) teria exigido liberdade criativa para desenvolver a série como uma história com ritmo próprio, onde cada episódio funciona como uma peça investigativa com desdobramentos profundos. É o tipo de abordagem que pode surpreender até mesmo quem não é fã do gênero.
O que esperar?
Ainda sem data de estreia definida, Lanterns tem tudo para ser o ponto de virada na percepção do público sobre o potencial dramático do universo DC. Se cumprir a promessa de equilibrar o fantástico com o emocional, o cósmico com o humano, a série pode não apenas resgatar a relevância dos Lanternas Verdes — como também redefinir o que esperamos de adaptações de quadrinhos na televisão.
















