Lily-Rose Depp negocia papel em Werwulf, novo terror de Robert Eggers ambientado na Inglaterra medieval

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Foto: Reprodução/ Internet

A atriz Lily-Rose Depp está em negociações para integrar o elenco de “Werwulf”, novo filme de terror de época dirigido por Robert Eggers. A informação foi divulgada com exclusividade pela Variety e confirma que o cineasta por trás de obras como A Bruxa e O Farol volta a apostar em uma narrativa sombria e atmosférica, desta vez ambientada na Inglaterra do século XIII. O longa tem estreia marcada para o Natal de 2026, com distribuição pela 20th Century Studios.

Após colaborar com Eggers em “Nosferatu”, previsto para 2025, Lily-Rose pode agora estrelar mais uma incursão pelo horror sob a batuta do diretor. O projeto também marca o reencontro entre Eggers e Aaron Taylor-Johnson, confirmado no elenco de Werwulf. O roteiro será coescrito com Sjón, poeta islandês que contribuiu para a profundidade mitológica de O Homem do Norte, outro trabalho marcante do diretor.

A delicadeza e a densidade de uma nova protagonista do terror

Filha de Johnny Depp e da cantora francesa Vanessa Paradis, Lily-Rose tem se esforçado para construir uma carreira autoral longe das convenções do estrelato familiar. Ao longo dos últimos anos, ela escolheu papéis que exigem entrega emocional, coragem artística e uma estética menos convencional — atributos que a têm aproximado do cinema de gênero.

Em 2023, a atriz protagonizou “The Idol”, da HBO, interpretando Jocelyn, uma popstar em crise, emocionalmente abalada e pressionada pela indústria e pelos próprios traumas. A série, apesar da recepção dividida, serviu como vitrine para o talento de Lily-Rose, revelando uma atriz disposta a se expor e a explorar camadas densas de suas personagens.

Já no aguardado “Nosferatu”, ela vive Ellen, a jovem que se torna o centro da obsessão do vampiro interpretado por Bill Skarsgård. Com direção também de Eggers, o remake do clássico alemão de 1922 apresenta um olhar mais psicológico e sensível sobre a personagem — uma oportunidade que Lily-Rose agarrou com intensidade, segundo relatos de bastidores.

Terror histórico, poesia sombria e um novo arquétipo feminino

Werwulf promete unir o rigor estético característico de Eggers com elementos sobrenaturais profundamente enraizados no imaginário europeu medieval. A ambientação no século XIII — um período onde o medo se confundia com fé, e a ignorância gerava monstros — oferece o cenário ideal para que a narrativa explore lendas sobre licantropia, paranoia coletiva e violência ritualizada.

Caso seja confirmada no elenco, Lily-Rose poderá interpretar uma personagem feminina que transita entre o real e o simbólico, como já fez em papéis anteriores. Seu olhar introspectivo, somado à sua presença etérea e ao domínio do silêncio dramático, pode torná-la peça central de um filme que parece mais interessado em provocar inquietação do que em sustos fáceis.

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