
Uma taça de vinho, um coração aberto e um palco em chamas. Assim será a noite do próximo sábado, 9 de agosto, no Multishow e no Globoplay, que exibirão, a partir das 22h20, o show Delacruz – Vinho Ao Vivo, diretamente de São Paulo. Mais do que uma apresentação, trata-se de um convite: sentar-se à mesa da alma de Delacruz e beber, verso por verso, do sentimento que move sua nova fase artística. As informações são do G1.
Depois de marcar uma geração com versos sobre amores reais e desilusões poéticas, o cantor brinda o público com um show que é pura emoção e maturidade musical. O novo álbum, intitulado “Vinho”, é o fio condutor de uma apresentação que promete ser mais do que música: uma celebração do afeto em todas as suas formas.
Quem é Delacruz?
Nascido e criado no Rio de Janeiro, Luiz Claudio de Jesus, o cantor, sempre teve a música como espelho da alma. Com raízes no rap, no samba, no R&B e nas rodas de conversa da rua, o artista cresceu cercado de referências e realidades que moldaram sua sensibilidade. Mas foi com a poesia que ele aprendeu a decifrar o mundo — e com o amor que aprendeu a cantá-lo.
Foi em 2017 que seu nome começou a circular nacionalmente, quando sua participação em “Poesia Acústica 2 – Sobre Nós” viralizou nas redes sociais e nos streamings. A faixa, que reunia novos talentos da cena urbana, expôs a suavidade com que Delacruz falava de amor — sem melosidade, mas com a intensidade de quem sente tudo à flor da pele.
De lá para cá, vieram colaborações com nomes como Ludmilla, L7nnon, Djonga, Xamã e, mais recentemente, IZA — que divide com ele os versos da inédita “Afrodite”. Mas acima de qualquer parceria, Delacruz sempre foi fiel ao seu público e à sua proposta: falar de amor, sim, mas também de saudade, vício, ilusão, e da beleza possível nos encontros e desencontros da vida.
“Vinho”: um brinde à vulnerabilidade
O novo álbum “Vinho” é, segundo o próprio artista, o mais pessoal e lapidado da carreira. O título não é aleatório: “assim como o vinho, eu precisei de tempo pra amadurecer”, disse ele em entrevista. O disco, lançado em junho deste ano, percorre atmosferas melódicas que vão do R&B ao trap, passando pelo soul e toques de MPB.
Entre as faixas, destacam-se “Afrodite”, um hino à potência feminina; “Indecisão”, que narra as idas e vindas de uma relação instável; e “Depois das 2”, uma balada melancólica perfeita para corações em recuperação.
O álbum também é uma espécie de espelho da fase atual do cantor: mais introspectiva, mais reflexiva, mais aberta ao erro — e, por isso mesmo, mais autêntica. No palco, o projeto ganha ainda mais força. Com arranjos cuidadosamente pensados para a performance ao vivo, cada faixa ganha corpo e alma sob as luzes de um show que promete arrepiar plateias.
O show: quando o amor encontra o palco
Gravado ao vivo em São Paulo, o espetáculo que será exibido neste sábado traz o Delacruz em sua plenitude artística. A cenografia é minimalista, elegante e sensível, remetendo a um ambiente intimista, como se o público estivesse mesmo sentado em uma sala de estar com o artista.
A direção musical aposta em nuances — não há pressa, não há gritos. Cada canção é entregue como se fosse uma carta: cuidadosamente aberta, lida, sentida. O repertório inclui os grandes sucessos da carreira, como “Cigana”, “Vício de Amor”, “Amor de Praia”, “Do Jeito Que Tu Gosta” e “Sunshine”, que se misturam às inéditas de “Vinho” como um fluxo contínuo de emoções.
IZA, parceira em “Afrodite”, também aparece no palco em uma participação emocionante que celebra a força e a ternura do feminino. A química entre os dois é visível, e a faixa ganha contornos ainda mais intensos ao vivo.
A estética do afeto: o poder do “último romântico”
Delacruz carrega o apelido de “último romântico” da música brasileira contemporânea, não à toa. Em um tempo marcado por amores líquidos, relacionamentos por aplicativo e o medo de sentir demais, o artista resiste com versos que não têm medo da entrega. Mas seu romantismo não é idealizado. Ele fala de traição, ciúme, rotina, reconciliação. Fala do dia seguinte, do arrependimento, da saudade que grita. Seu diferencial está na forma como conduz essas narrativas: com lirismo, com calma, com espaço para respirar e refletir. O romantismo de Delacruz é urbano, é do agora. É o romantismo de quem cresceu ouvindo rap no ônibus e aprendeu a rimar para se proteger, mas que hoje usa as rimas para desarmar o outro.
Multishow e Globoplay: a janela para um espetáculo sensível
A exibição simultânea no Multishow e no Globoplay, dois dos maiores canais de entretenimento do Brasil, marca um novo capítulo na trajetória de Delacruz. É o reconhecimento de um artista que conquistou o mainstream sem abrir mão da essência.
A transmissão é mais do que uma janela para o show: é a possibilidade de milhares de brasileiros, em todas as partes do país, sentirem-se parte de algo maior. Seja sozinho no sofá, com um fone de ouvido, ou com a família reunida na sala, o espetáculo está pronto para acolher — e transformar.
O legado que se constrói com calma
Delacruz não é artista de modismos. Não viraliza por danças de TikTok nem se molda ao algoritmo. Seu caminho é outro: o da permanência. Como o vinho que batiza seu novo álbum, ele não se apressa — e isso tem feito toda a diferença.
A construção de sua carreira é feita com escolhas cuidadosas, respeito à própria identidade artística e uma conexão verdadeira com o público. E talvez seja isso que explique a força do show deste sábado: ele não é apenas um espetáculo. É o reflexo de um artista inteiro, maduro, disposto a emocionar — e ser emocionado.
















