A plataforma de streaming Netflix está sendo alvo de um processo realizado por uma ex-funcionária da Vanity Fair pela série “Inventando Anna“. A produção, que mostra a história de Anna Delvey Sorokin, que enganou a elite de Manhattan a acreditar que a moça era herdeira internacional, está sendo processada por difamação contra Rachel Williams. De acordo com o processo noticiado pelo Deadline, o serviço de streaming “tomou uma decisão deliberada para fins dramáticos de mostrar Williams fazendo ou dizendo coisas na série que a retratam como uma pessoa gananciosa, esnobe, desleal, desonesta, covarde, manipuladora e oportunista”.
Segundo Rachel Williams, ela vendeu seus direitos da trama para o canal estadunidense HBO antes mesmo da Netflix fazer o lançamento do seriado. Enquanto a produção “Inventando Anna” é inspirada no artigo escrito por Jessica Pressler em 2018 no The Cut, a HBO adquiriu os direitos do livro de Williams publicado em 2019, intitulado My Friend Anna: The True Story of a Fake Heiress. Ainda segundo o Deadline, Netflix desembolsou a quantia de US$ 320 mil (mais de R$ 1,65 milhão de reais) para pagar os direitos à Delvey, enquanto Rachel Williams recebeu o valor de US$ 340 mil (mais de R$ 1,7 milhão) da emissora HBO. Até o fechamento desta máteria, não há informações sobre o desenvolvimento da produção.
“A razão pela qual tivemos que entrar com esse processo é porque a Netflix usou o nome verdadeiro de Rachel e detalhes biográficos, e a fez parecer uma pessoa horrível, o que ela não é”, informou o advogado Alexander Rufus-Isaacs em comunicado oficial. “O dano devastador à reputação dela poderia ter sido evitado se a Netflix tivesse usado um nome fictício e detalhes diferentes. Por que não fizeram isso por ela, quando fizeram por tantos outros personagens da Série? Talvez o motivo tenha sido que ela escolheu jogar no outro time, ou seja, HBO”, concluiu.