No “Companhia Certa” desta quarta (23/07), Glória Vanique revisita 30 anos de jornalismo e revela novos sonhos

0
Foto: Divulgação RedeTV!

Por mais de três décadas, Glória Vanique foi um rosto familiar nas manhãs paulistanas. A voz segura, o olhar acolhedor e a presença firme nas reportagens a tornaram uma das figuras mais confiáveis do jornalismo brasileiro. Mas, por trás da imagem sempre pronta para a câmera, havia também uma mulher em busca de equilíbrio — entre a entrega à profissão e a escuta do próprio corpo e da alma.

Nesta quarta-feira, 23 de julho de 2025, à meia-noite, Glória é a entrevistada do programa Companhia Certa, apresentado por Ronnie Von, na RedeTV!. A conversa promete ir além dos títulos e feitos: é um mergulho sensível nos bastidores da televisão, nas escolhas difíceis e no recomeço possível após uma trajetória de sucesso na maior emissora do país.

Uma despedida corajosa: o adeus à TV Globo

“Eu sabia que precisava mudar.”

A frase de Glória, dita com serenidade durante a entrevista, marca um dos momentos mais decisivos de sua trajetória. Foram 13 anos de dedicação intensa à TV Globo, com longos períodos acordando ainda no escuro para apresentar o Bom Dia São Paulo, um dos principais jornais locais da emissora.

“O corpo avisa. A mente também”, relembra. “Eu já não via perspectiva de crescimento, e a rotina começava a me cobrar de maneiras silenciosas, mas persistentes.”

Em 2020, no auge da pandemia, quando o mundo todo vivia um colapso de certezas, ela tomou a decisão que muitos hesitariam: pedir demissão e abrir espaço para o novo. A proposta da CNN Brasil chegou logo depois — quase como uma confirmação de que a escolha estava certa.

“Não foi impulso. Foi certeza. Conversei com a CNN numa segunda e pedi demissão na quarta. Era a minha hora.”

Reinvenção com leveza: da notícia ao diálogo

Na nova emissora, Glória encontrou algo que há muito tempo desejava: a liberdade de experimentar. Longe do modelo tradicional de telejornal, ela passou a apresentar programas com pegada mais leve, voltados ao comportamento, entrevistas e atualidades — um espaço onde jornalismo e entretenimento se encontram com menos rigidez e mais escuta.

“Eu não queria mais estar sempre em modo alerta. Queria respirar entre uma notícia e outra, rir, refletir, ouvir de verdade. Não era sobre abandonar o jornalismo, mas transformá-lo num território mais humano.”

Essa transição, que poderia ser arriscada, tornou-se um marco de sua autenticidade. Afinal, depois de tantos anos traduzindo o mundo para milhões de telespectadores, Glória Vanique resolveu ouvir a si mesma.

Bastidores inesperados: o jornalismo ao vivo e seus improvisos

A entrevista com Ronnie Von também é recheada de momentos divertidos — alguns, quase inacreditáveis. Um deles envolve uma cobertura às margens do Rio Tietê que terminou de forma inusitada: com a equipe inteira coberta de carrapatos.

“Estava com o microfone de cabo, vi uns bichinhos subindo e achei que fossem formigas. De repente, ouço no ponto: ‘Tá cheio de carrapato aqui!’ Quando percebi, já estavam entrando pela minha blusa.”

A situação exigiu uma solução emergencial: sabonete antiparasita recomendado por uma amiga veterinária. Havia apenas três unidades na farmácia — e eram doze pessoas na equipe. Resultado: sabonetes cortados e divididos entre colegas, numa cena que mistura improviso, companheirismo e um certo senso de humor que só o jornalismo de rua proporciona.

“É isso. A gente aprende a se virar. E aprende a confiar no outro.”

Maturidade e novos ritmos: escutar a própria voz

Hoje, aos 45 anos, Glória fala com tranquilidade sobre o tempo, as prioridades e a mudança de perspectiva que a idade traz.

“Antes eu era movida por metas: preciso fazer, preciso estar. Agora, me pergunto mais: quero estar ali? Isso me nutre, me faz bem?”

A resposta para essas perguntas tem guiado suas escolhas. Mais seletiva com os projetos que assume, ela busca equilíbrio — entre visibilidade e intimidade, entre a dedicação profissional e o autocuidado.

“Quero continuar me comunicando, mas com mais verdade e menos sacrifício. Não quero mais correr só por correr. Quero ter tempo para ser — e não apenas para fazer.”

O afeto como linguagem

O encontro entre Glória e Ronnie Von é também um encontro de gerações. De um lado, um veterano da televisão brasileira, elegante e sempre curioso. Do outro, uma jornalista que atravessou transformações profundas — tanto no meio televisivo quanto na vida pessoal.

Entre lembranças, risadas e reflexões, a conversa revela o que nem sempre aparece nas câmeras: o afeto que sustenta quem faz TV. O encantamento com as pequenas histórias. A força que vem do coletivo, dos colegas de pauta, dos técnicos, dos motoristas, dos bastidores silenciosos que sustentam o show.

“Tem uma cumplicidade que o público nem imagina. O jornalismo é feito a muitas mãos, e o que a gente leva para o ar é só uma parte do que vivemos.”

Glória Vanique, em essência

O que transparece na entrevista não é apenas uma retrospectiva de carreira. É o retrato de uma mulher que aprendeu a recomeçar sem culpa, a desacelerar sem medo e a redescobrir o prazer de comunicar com afeto. Glória Vanique segue sendo uma profissional de excelência — mas, acima disso, é uma pessoa que decidiu viver com mais coerência, sensibilidade e verdade.

“É sobre isso: coragem para mudar mesmo quando tudo parece certo do lado de fora. Porque o que importa mesmo é como a gente se sente por dentro.”

Onde assistir

A entrevista completa com Glória Vanique vai ao ar nesta quarta-feira, 24 de julho, à meia-noite, no Companhia Certa, apresentado por Ronnie Von, na RedeTV!. Uma conversa íntima, leve e profundamente reveladora, que convida o público a olhar além da tela — e reconhecer a força de quem escolhe se reinventar com o tempo.

COMENTE

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui