No “Conversa com Bial” desta segunda (28), Serginho Groisman abre o coração sobre os 25 anos de “Altas Horas”

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Foto: Reprodução/ Internet

Nesta segunda-feira, 28 de julho de 2025, a televisão brasileira ganha um encontro daqueles que faz a gente querer sentar, desligar o celular e prestar atenção: Pedro Bial recebe Serginho Groisman no “Conversa com Bial”. Não é um papo qualquer — é a celebração de uma carreira, de uma trajetória de vida, de histórias e desafios que atravessam gerações. Afinal, Serginho comemora seus 75 anos e, em outubro, o programa que o consagrou completará um quarto de século no ar.

Se você, como muitos, já se pegou assistindo ao “Altas Horas” até altas horas da madrugada — ou na versão mais recente, aos sábados à noite — sabe que ali tem mais do que música, artistas, convidados e brincadeiras. Tem alma, tem conversa franca, tem aquele jeito que só Serginho tem de fazer o público se sentir em casa, como se estivesse ali na mesa, tomando um café e falando da vida.

Quem é Serginho Groisman?

Antes de mais nada, não dá para entender a grandeza do trabalho do Serginho sem conhecer um pouco de onde ele veio e como chegou até aqui. Serginho nasceu em São Paulo, em 29 de junho de 1950, numa família de origem judaica com histórias marcadas pela dor e pela resistência. Seus pais, Ana (Chana) e Luiz (Leizer) Groisman, foram refugiados que escaparam do horror do nazismo na Europa.

Sua mãe era natural de Varsóvia, na Polônia, e conseguiu fugir num navio que salvou parte da família, mas não suas irmãs — tias de Serginho — que infelizmente foram vítimas do Holocausto. Seu pai veio da Romênia, e os dois se conheceram em um baile, já no Brasil, tentando reconstruir uma vida longe do terror. Essa herança, de luta, esperança e memória, está viva na alma de Serginho e se reflete na forma como ele encara a comunicação: com respeito, humanidade e atenção à diversidade.

O começo da estrada: da faculdade ao jornalismo

Serginho passou por várias tentativas acadêmicas antes de se encontrar de fato. Começou estudando Direito na PUC-SP, mas largou o curso após um ano. Depois, arriscou História na USP, ficando por um ano e meio. Chegou a pensar em fazer cinema, mas foi no jornalismo que realmente se encontrou, formando-se em 1977 na Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP).

Interessante é que Serginho demorou seis anos para se formar. Isso porque achava o ensino da época muito deficiente, e foi essa visão crítica que mais tarde o levou a voltar à FAAP como professor, para tentar melhorar a experiência para outros estudantes.

Nos bastidores da cultura e da música brasileira

Nos anos 1970, o convidado da noite coordenou por 10 anos o Centro Cultural Equipe, um espaço que se tornou referência na produção de shows e eventos culturais. Foi ali que ele trabalhou com uma galera que marcou a música brasileira — nomes como Cartola, Clementina de Jesus, Raul Seixas, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Novos Baianos, João Bosco, Hermeto Pascoal, e tantos outros.

Imagine a energia de produzir shows para ícones da MPB, gente que transformou a cultura do país? Isso ajudou a moldar Serginho não só como comunicador, mas como um grande apreciador das artes, capaz de se conectar com diferentes públicos e estilos.

A virada para a televisão

Serginho trabalhou como repórter e redator na Band FM durante os anos 1980. Foi correspondente de pautas importantes, como a campanha das Diretas Já, eventos esportivos e muitos outros. Ele começou a apresentar e dirigir programas na TV no final dos anos 1980, com o “TV Mix” na TV Gazeta.

Mas foi com o programa “Matéria Prima”, na TV Cultura, que Serginho se destacou. O formato era simples, porém inovador: as perguntas eram feitas pela plateia, composta principalmente por jovens. A partir daí, ele manteve esse estilo de diálogo aberto e descontraído em outros programas como o “Programa Livre”, no SBT, e, claro, no “Altas Horas”, da TV Globo, que ele comanda desde 2000.

Altas Horas: um quarto de século falando com o Brasil

O programa nasceu num sábado, em 14 de outubro de 2000, tímido, depois do “Super Cine”, lá pela madrugada. O programa apostava numa mistura de entrevistas, música, debates e papo com o público jovem. Foi assim que Serginho se consolidou como um dos apresentadores mais queridos da televisão.

Com o tempo, o programa ganhou um horário mais nobre e a audiência só aumentou. Em 2025, completa 25 anos no ar — um feito raro e respeitável em qualquer mídia.

Ali, Serginho conseguiu o que poucos conseguem: falar com adolescentes, jovens, adultos, pais e avós. O jeito aberto e acolhedor dele cria um espaço onde o público se sente representado e convidado a participar. Sem estrelismos, sem formalidades exageradas.

A conversa franca com Pedro Bial

A escolha de Pedro Bial para essa conversa especial faz todo sentido. Bial, com seu estilo reflexivo, já tem no currículo várias entrevistas memoráveis. Mas o encontro com Serginho promete ser diferente — porque é uma conversa entre amigos, dois comunicadores que sabem o peso de uma vida diante das câmeras e microfones.

Serginho vai falar dos 75 anos de vida, da experiência acumulada, dos desafios de se manter relevante numa mídia que muda tão rápido e das alegrias de continuar fazendo o que ama. É um papo sobre legado, sobre aprender a ouvir, e também sobre não desistir nunca.

Vida além da TV

Pouca gente sabe, mas Serginho também estreou nos palcos em 2006, no teatro, com o espetáculo “Brasas no Congelador”, dirigido por Gerald Thomas Sievers. Isso mostra o quanto ele gosta de experimentar e ampliar suas formas de comunicação.

Além disso, ele também é autor do livro “Meu Pequeno Corintiano”, onde fala sobre sua paixão pelo Corinthians e sobre histórias de vida. E, ainda, trabalhou como roteirista, colaborando com Marcelo Rubens Paiva no filme “Fiel”.

Na vida pessoal, é casado com Fernanda Molina Groisman, dentista, e pai do pequeno Thomas, nascido em 2015. O equilíbrio entre família e trabalho é outra marca do seu jeito humano de ser.

O que Serginho representa hoje?

Ele é muito mais que um apresentador. É um símbolo de resistência, de comunicação empática, de renovação constante. Em tempos de superficialidade e velocidade digital, Serginho lembra que a conversa de verdade exige atenção, respeito e, acima de tudo, vontade de entender o outro.

No “Altas Horas”, no “Conversa com Bial” e em todos os seus projetos, ele leva isso adiante. Não é à toa que segue firme na TV Globo depois de mais de 40 anos, conquistando fãs de todas as idades.

Por que assistir a essa conversa?

Se você gosta de histórias de vida reais, de gente que não tem medo de encarar os próprios erros e aprendizados, essa entrevista é para você. Se admira profissionais que cresceram junto com o Brasil, enfrentando momentos difíceis e mudando a forma de comunicar, não perca.

Pedro e Groisman prometem uma conversa leve, profunda, cheia de causos, reflexões e até risadas — tudo com aquele jeitinho brasileiro, que mistura emoção e humor na medida certa.

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