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Após uma estreia que causou um verdadeiro furor nos cinemas, “Os Fantasmas Ainda se Divertem” está provando que a nostalgia tem poder. Com Michael Keaton retornando ao papel de Beetlejuice, o fantasma mais irreverente do cinema, o filme não só conquistou os fãs de longa data, mas também fisgou uma nova geração. A continuação do clássico de 1988, dirigida novamente por Tim Burton, arrecadou impressionantes US$ 14,4 milhões só na sexta-feira (13) e tem previsão de atingir US$ 50 milhões até o fim de semana, consolidando-se como líder de bilheteria. As informações são do Deadline.

Mais do que um filme, uma reunião de memórias

Para muitos, ver Beetlejuice de volta às telas é como reencontrar um velho amigo – um pouco maluco, completamente imprevisível, mas que sempre traz boas histórias. É o caso de Patrícia Silva, 45 anos, que foi ao cinema com os dois filhos adolescentes para conferir a sequência: “Eu lembro de assistir ao primeiro filme no VHS da minha tia quando era criança. Ver o Beetlejuice de novo é uma viagem no tempo. E o mais legal é poder compartilhar essa experiência com meus filhos.”

Essa mistura de nostalgia e frescor faz com que o novo filme não seja apenas uma continuação, mas uma verdadeira celebração do legado que Tim Burton criou há mais de 30 anos. E, para quem viveu a época, é impossível não se emocionar com o retorno dos personagens que marcaram uma geração, como Lydia Deetz, mais uma vez interpretada por Winona Ryder, agora mãe de Astrid, vivida por Jenna Ortega, estrela em ascensão.

Três gerações em cena

A nova trama traz Astrid Deetz, uma adolescente cheia de personalidade, que se depara com a misteriosa maquete da cidade no sótão da antiga casa dos Deetz. O que parecia ser apenas uma relíquia de família logo se revela um portal para o mundo dos mortos, trazendo de volta o caótico Beetlejuice, que agora está mais travesso do que nunca. Para a jovem Ortega, o desafio de contracenar com pesos pesados como Keaton e Ryder foi transformador: “Eu cresci assistindo aos filmes do Tim Burton e ser parte desse universo é surreal. Ver o Michael Keaton atuando como Beetlejuice é uma verdadeira aula de improviso e energia.”

A relação entre Lydia e Astrid é o coração da narrativa, trazendo uma camada emocional que não existia no filme original. Lydia, agora adulta, precisa lidar com o retorno de Beetlejuice enquanto tenta proteger sua filha das confusões sobrenaturais que seguem a aparição do fantasma. Essa dinâmica entre mãe e filha é algo que ressoa com os pais que também estão levando seus filhos para assistir ao filme.

Novos nomes no elenco

Além de Keaton e Ryder, o filme conta com o retorno de Catherine O’Hara, no papel da excêntrica Delia Deetz, e apresenta novas adições de peso ao elenco. Jenna, conhecida por seus papéis em “Pânico” e na série “Wandinha”, traz frescor à trama, enquanto nomes como Willem Dafoe, Justin Theroux e Monica Bellucci se juntam à aventura, adicionando ainda mais carisma e profundidade ao universo maluco de Burton.

O roteiro, escrito por Alfred Gough e Miles Millar (de “Smallville”), consegue manter a essência que fez do filme original um sucesso, ao mesmo tempo em que expande o universo de Beetlejuice. O equilíbrio entre o humor ácido, o visual sombrio e a trama sobrenatural é marca registrada de Tim Burton, e aqui não é diferente. No entanto, a continuação consegue tocar em temas mais profundos, como luto e amadurecimento, sem perder o tom leve e cômico que sempre caracterizou o filme. É uma mistura de sentimentos que fala diretamente ao público de todas as idades.

O sucesso do novo filme nas bilheteiras já está marcando um novo capítulo para o cinema pós-pandemia. Com o esperado acumulado de US$ 50 milhões no segundo fim de semana, este período de setembro promete ser o mais lucrativo desde 2019, um marco importante para a indústria que ainda busca se reerguer.

Enquanto isso, outro estreante da semana, “Não Fale o Mal”, um thriller psicológico, deve ocupar a segunda posição nas bilheteiras com US$ 12,3 milhões, oferecendo uma opção bem diferente para quem busca algo fora do universo de Beetlejuice.

Com a continuação, a produção de terror não é apenas um nome da nostalgia – ele se transforma em um ícone para uma nova geração, que agora tem a chance de descobrir o universo único e caótico que Burton construiu. O filme está encantando tanto os antigos fãs quanto os novos, criando uma conexão intergeracional que só o cinema é capaz de proporcionar.

O sucesso nas bilheteiras e a aclamação do público comprovam que, mesmo após mais de 30 anos, o novo filme continua sendo uma figura fascinante, provocadora e, acima de tudo, atemporal. E quem diria? Basta chamar seu nome três vezes, e o caos está de volta.

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