Neste sábado, 20 de setembro de 2025, o Paulistar convida o público para uma verdadeira imersão cultural em São Matheus, bairro emblemático da Zona Leste de São Paulo, conhecido por sua história rica, tradição musical e vitalidade comunitária. Nesta edição, o programa não apenas percorre as ruas do bairro, mas mergulha em suas memórias afetivas, seu patrimônio artístico e na energia pulsante de sua gente, destacando grandes nomes da música brasileira, como Beth Carvalho, a madrinha do samba, cuja trajetória se entrelaça profundamente com a comunidade local. Mais do que geografia, São Matheus é apresentado como um verdadeiro celeiro de arte, encontros e histórias humanas que moldaram a identidade da região.
A jornada começa no monotrilho, onde Val é recebida por um grupo de dança popping, criado pelo casal Beta e Aladim. Esta modalidade, ligada à cultura hip-hop, transforma o espaço sob a estação em palco de celebração urbana, reunindo moradores e visitantes. Os movimentos precisos, sincronizados e cheios de energia comunicam a vitalidade da dança de rua e reforçam como a expressão artística é elemento central na vida do bairro. A performance serve como ponto de partida para mostrar a criatividade e a força cultural que permeiam o cotidiano local.
O passeio segue para a Casa de Tia Cida, espaço que marcou gerações de sambistas entre as décadas de 1970 e 1980. Tia Cida, mãe solo e figura central da comunidade, recebeu artistas de renome, como Beth Carvalho e Almir Guineto, transformando seu lar em um verdadeiro reduto cultural. Hoje, seus filhos Tocão, músico do grupo Berço do Samba, e Tuca, técnica de enfermagem que cuida da mãe, mantêm viva a memória de histórias, encontros e tradições que definem a identidade do bairro. A visita evidencia como São Matheus preserva seu patrimônio imaterial: cada canto da casa guarda lembranças, afetos e a força de uma herança cultural que atravessa gerações.
A experiência segue para o karaokê local, ponto de convivência que une música, diversão e interação social. Val se junta a Tuca para interpretar “Metamorfose Ambulante”, de Raul Seixas, mostrando que São Matheus é também um espaço de celebração da amizade e da vida comunitária. Essa parada evidencia como a música funciona como fio condutor de memórias, afetos e pertencimento, unindo moradores de diferentes gerações.
No parque do bairro, o Paulistar registra um grupo de idosos em atividades físicas e momentos de lazer, reforçando a importância da sociabilidade, da saúde e da troca de experiências para o bem-estar comunitário. Cada detalhe da rotina ali revelada — conversas, risadas e exercícios — mostra que a vitalidade de São Matheus se mantém não apenas na arte e na música, mas também nos pequenos gestos cotidianos que fortalecem os laços humanos.
O passeio se encerra no tradicional Bar Timaia, referência de samba e ponto de encontro de músicos e frequentadores. Val conhece os fundadores do Berço do Samba e compartilha um almoço típico do local, incluindo o clássico peixe do estabelecimento. Ao som de pagodes gravados por Beth Carvalho em homenagem ao bairro, o episódio reforça como música, gastronomia e convivência se entrelaçam, mantendo viva a essência cultural e afetiva de São Matheus.
Para fechar a edição, o programa apresenta uma homenagem visual: um mural que celebra a força das mulheres, o talento artístico e a riqueza cultural do bairro. A produção, liderada por Patrícia Carvalho (direção), Nathalia Pinha (produção) e Claudio Marques (direção de gênero), reforça a ideia de que arte, memória e comunidade caminham juntas. O episódio oferece ao público uma experiência sensorial completa, convidando a conhecer São Matheus não apenas como um espaço urbano, mas como território de histórias, afetos e criatividade que resistem e se reinventam a cada geração.
