
Em todo canto do Brasil, histórias de empreendedores que começam pequenos e sonham grande se repetem, mas cada uma carrega sua própria marca: um sotaque, um tempero, um jeito de atender, uma lembrança de infância. É nesse universo que o Pequenas Empresas & Grandes Negócios (PEGN) mergulha mais uma vez neste sábado, 9 de agosto de 2025, com uma edição especial para celebrar o Dia dos Pais.
O programa, que há décadas é referência para quem busca inspiração no mundo dos negócios, aposta em histórias reais para mostrar que empreender não é apenas abrir uma empresa — é transformar vivências, afetos e talentos em oportunidades. Nesta semana, os repórteres percorrem diferentes regiões do país para conhecer famílias que mantêm viva a tradição ao mesmo tempo em que abraçam a inovação, empreendedores que apostam na tecnologia para se destacar, profissionais que fazem da cozinha de casa um ponto de partida e empresas que enxergaram no cuidado com os animais um nicho promissor.
O elo familiar como força empreendedora
Para abrir o programa, o repórter Max Tavares apresenta o especial “Giro Dia dos Pais”, dedicado a histórias onde o amor de pai e filho se transforma em combustível para o sucesso empresarial.
Em São Paulo e Curitiba, a câmera registra a rotina de uma pizzaria familiar que conseguiu, ao longo de gerações, manter a essência das receitas originais enquanto se adapta às mudanças de mercado. O forno a lenha continua sendo o coração do negócio, mas o cardápio ganhou novos sabores e a divulgação migrou para as redes sociais, com campanhas criativas que aproximam a marca de um público mais jovem.
O que impressiona é a forma como as decisões são tomadas: o pai, guardião das tradições, e o filho, atento às novas tendências, encontram um equilíbrio entre passado e futuro. É um retrato claro de como diferentes visões podem se complementar quando há respeito e objetivo em comum.
Mais ao norte do país, em Belém (PA), o programa apresenta uma família quilombola que decidiu transformar o orgulho de suas raízes em um restaurante de comida amazônica. O negócio vai muito além da gastronomia: é também uma forma de manter viva a história e a cultura herdadas dos antepassados. Cada prato servido é resultado de um saber que atravessou gerações, carregando temperos, aromas e memórias. Ali, o empreendedorismo é também uma forma de resistência cultural.
Quando tecnologia e estética andam juntas
O repórter Pedro Lins conta a história de Daniela Mustafci, dona de uma clínica estética em São Paulo que soube unir dois elementos fundamentais para quem quer crescer no setor de serviços: tecnologia e planejamento estratégico.
Daniela percebeu que, para se destacar, não bastava oferecer bons tratamentos. Era preciso criar experiências completas, que começassem no agendamento online e se estendessem ao atendimento personalizado. Investiu em equipamentos modernos, treinou a equipe para oferecer um serviço de excelência e apostou em promoções inteligentes.
Com a Black Friday se aproximando, ela preparou combos exclusivos de tratamentos para atrair novos clientes e fidelizar os antigos. Mas o mais interessante é que, para Daniela, as promoções não são apenas sobre preços menores: são uma estratégia para apresentar novos serviços ao público, aumentar o ticket médio e reforçar a relação de confiança com quem já frequenta a clínica.
“Quando entendemos o que o cliente realmente valoriza, conseguimos oferecer algo que faça sentido para ele e também para o negócio”, diz Daniela, reforçando a importância de planejar antes de agir.
Da cozinha de casa para o próprio ateliê
Ainda com Pedro Lins, o programa viaja até Araraquara (SP) para conhecer Joana D’Arc Pereira, que começou produzindo doces artesanais na cozinha de casa e conquistou o público com seu cuidado quase artesanal em cada detalhe.
As maçãs do amor são o carro-chefe: lisas, brilhantes, com acabamento impecável e sabor marcante. Mas o sucesso não veio da noite para o dia. Joana precisou aprender sobre precificação, fornecedores e logística de entrega. A divulgação boca a boca deu lugar às redes sociais, onde fotos bem produzidas e depoimentos de clientes ajudaram a impulsionar as vendas.
Agora, diante de uma demanda crescente, ela se prepara para abrir seu próprio ateliê de confeitaria. Será o passo mais importante desde o início da jornada e, para ela, a realização de um sonho. “Quero um espaço onde as pessoas possam sentir o carinho que coloco em cada doce, desde a produção até o atendimento”, afirma.
Mercado pet: um setor em expansão e cheio de oportunidades
No quadro “Negócio de Estimação”, apresentado por Déborah Morato, o programa mostra como o mercado pet segue em alta no Brasil, impulsionado pelo crescente cuidado e atenção que os tutores dedicam aos animais.
A primeira história é de uma empresa especializada em transporte internacional de pets. Mais do que logística, a proposta é oferecer segurança, conforto e acompanhamento durante todo o processo, garantindo que cães e gatos cheguem ao destino com o menor estresse possível. A atenção aos detalhes vai desde a adaptação das caixas de transporte até o monitoramento em tempo real.
Já a segunda empresa aposta em algo relativamente novo no Brasil: planos de saúde para animais como benefício corporativo. Funcionários de empresas parceiras podem incluir seus pets no pacote, garantindo acesso a consultas, vacinas e exames. A iniciativa reforça uma tendência de mercado: tratar os animais como membros da família e, ao mesmo tempo, criar diferenciais para a retenção de talentos nas empresas.
A escolha das entregas: próprio sistema ou aplicativos?
Encerrando o programa, no quadro “Dica do Bacca”, o especialista Marcelo Baccarini aborda um dilema que afeta milhares de empreendedores que vendem online: vale mais a pena investir em um sistema próprio de entregas ou aderir aos aplicativos já existentes?
Baccarini apresenta os prós e contras de cada modelo. No sistema próprio, há maior controle sobre a experiência do cliente, mas os custos com equipe, treinamento e divulgação podem pesar no orçamento. Já nos aplicativos, o alcance é maior e a estrutura já está pronta, mas a concorrência é acirrada e as taxas podem reduzir a margem de lucro.
A recomendação é analisar fatores como volume de pedidos, área de atendimento e perfil do cliente antes de tomar a decisão. Não existe resposta única: o ideal é escolher o modelo que se encaixe melhor na realidade do negócio.
















