No Pequenas Empresas e Grandes Negócios (PEGN) deste sábado, 20, histórias inspiradoras revelam como ideias criativas e causas relevantes podem se transformar em empreendimentos sólidos e de alto impacto. Da construção civil sustentável a soluções para o público 60+, passando por reinvenção profissional e pela valorização da cultura no Pantanal, a edição especial mostra que empreender vai muito além do lucro: é sobre transformar vidas, gerar impacto positivo e abrir caminhos para novos futuros.

Sustentabilidade na construção civil: quando o descarte vira oportunidade

Logo no início, a edição traz um exemplo poderoso de como a sustentabilidade pode ser incorporada ao cotidiano de forma prática e rentável. Em Salvador, os arquitetos Pedro Alban, Natália Lessa e Fernanda Veiga decidiram enfrentar de frente um problema crônico do setor da construção civil: o desperdício de materiais de demolição. Enquanto toneladas de portas, tacos, pisos e janelas eram descartadas todos os meses, eles vislumbraram ali a chance de unir economia circular, preservação da memória arquitetônica e geração de renda.

O resultado não poderia ser mais inspirador: em apenas quatro anos, já conseguiram recuperar mais de 300 toneladas de materiais, oferecendo ao mercado itens de qualidade, repletos de história e, muitas vezes, insubstituíveis em termos estéticos. Mas a atuação vai muito além da revenda: o grupo também desenvolveu consultorias para construtoras e cursos online, formando mão de obra especializada em reaproveitamento de materiais. Dessa forma, transformaram uma preocupação ambiental em negócio completo, que educa, gera empregos e influencia práticas do setor.

Reinvenção profissional: da enfermagem ao empreendedorismo

Enquanto a Bahia mostra como a sustentabilidade pode ser oportunidade, Brasília revela o poder da reinvenção profissional. A enfermeira Julliana Vidal dedicou 15 anos de sua vida à área da saúde, vivendo intensamente a rotina desgastante de hospitais. O cansaço e o estresse acumulados a fizeram repensar os rumos da carreira. Foi nesse momento que surgiu uma nova possibilidade: transformar toda a experiência adquirida em formação para outros profissionais da saúde. Com apoio de capacitação e consultorias, Julliana estruturou cursos que começaram presenciais, mas rapidamente se expandiram. Agora, a versão 100% online amplia o alcance para todo o Brasil, levando qualificação e impacto social. Para ela, “formar profissionais é também cuidar da saúde de toda uma comunidade”.

Economia prateada: o potencial da geração 60+

De Brasília para São Paulo, o programa mergulha em um dos mercados mais promissores da atualidade: a economia prateada. O especialista Marcelo Baccarini, no quadro Bacca Dicas, apresenta dados que impressionam: só no Brasil, o público com mais de 60 anos movimenta quase R$ 2 trilhões por ano. As oportunidades se espalham por diferentes setores — saúde, beleza, tecnologia assistiva, alimentação e serviços personalizados. Mas o ponto central, segundo Baccarini, está na forma de enxergar esse público: não apenas como pessoas que precisam de cuidados, mas como consumidores ativos, que querem viajar, aprender, se divertir e participar plenamente da sociedade.

Inovação e longevidade: serviços que acolhem e transformam

A série “Empreender na e para a maturidade”, apresentada por Déborah Morato, mostra exemplos que unem inovação e impacto social. Um deles é o serviço de transporte seguro para idosos, criado por Ivonete Guarino. Com motoristas treinados e veículos adaptados, a iniciativa garante conforto, acolhimento e autonomia para os mais velhos. Outro destaque é a solução de Henri Chazan, que combina robótica e inteligência artificial para organizar e entregar medicamentos em residenciais geriátricos. A tecnologia reduz erros, aumenta a segurança e oferece mais autonomia a idosos e cuidadores. Essas iniciativas mostram que o envelhecimento da população pode ser visto não como desafio, mas como oportunidade de empreender com impacto.

Pantanal: a viola de cocho como símbolo de tradição e negócio

Encerrando a edição, o programa leva o público ao coração do Pantanal, em Cuiabá (MT), para contar a história do artesão Alcides Ribeiro, mestre na produção da viola de cocho. Símbolo cultural da região, o instrumento é feito artesanalmente e carrega em cada detalhe a identidade pantaneira. Alcides produz até 30 violas por mês e encontrou no ofício uma forma de sustentar sua família e valorizar sua comunidade, mantendo viva uma tradição que poderia desaparecer. “Cada instrumento que faço leva um pedaço da nossa história para o mundo”, afirma emocionado.

Empreender para transformar: além do lucro, o impacto social

O fio condutor desta edição de Pequenas Empresas e Grandes Negócios é claro: empreender não significa apenas abrir empresas e buscar faturamento. Mais do que isso, é sobre transformar trajetórias, gerar impacto social e construir futuros sustentáveis. As histórias apresentadas em Salvador, Brasília, São Paulo e Cuiabá reforçam que inovação e propósito caminham juntos quando a meta é criar negócios que unem renda, reconhecimento e transformação de vidas.

Esdras Ribeiro
Além de fundador e editor-chefe do Almanaque Geek, Esdras também atua como administrador da agência de marketing digital Almanaque SEO. É graduado em Publicidade pela Estácio e possui formação técnica em Design Gráfico e Webdesign, reunindo experiência nas áreas de comunicação, criação visual e estratégias digitais.

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