No terceiro episódio da série Pra onde, Brasil, o programa Profissão Repórter de terça-feira, 23/05/2023, aborda um dos principais objetivos da ONU para os próximos sete anos: garantir o acesso à saúde de qualidade e promover o bem-estar para todos. A série, composta por cinco episódios, discute os desafios do país em cumprir as metas propostas pelas Nações Unidas para um mundo mais sustentável.
Neste episódio, os repórteres Caco Barcellos, Danielle Zampollo e o repórter cinematográfico Alex Gomes embarcam em uma jornada pela região Sul do Brasil, a bordo de um motorhome, para explorar por que Santa Catarina e o Rio Grande do Sul apresentam a maior incidência de casos de câncer de pele no país.
Ao longo de onze dias e mais de mil quilômetros percorridos, a equipe do programa narra histórias impactantes, como a do senhor Breno Jaques. Breno trabalhou por mais de 30 anos na lavoura de tabaco e, hoje, enfrenta um câncer de pele não melanoma que causou graves mutilações em seu rosto. O Brasil é o segundo maior produtor de tabaco do mundo, e os estados do Sul são responsáveis por 98% da produção nacional de fumo. Breno precisou passar por cirurgias para remover um dos olhos, o nariz e uma orelha, a fim de conter o avanço da doença.
O câncer de pele não melanoma é o tipo mais comum de câncer no Brasil, representando cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Embora seja menos letal em comparação a outros tipos de câncer, essa doença causa mutilações significativas no corpo. Além da exposição prolongada e repetida ao sol, a reportagem destaca como a exposição a agrotóxicos, que são potencialmente cancerígenos, também favorece o desenvolvimento desse tipo de câncer.
Durante a reportagem do Profissão Repórter, Caco Barcellos entrevista cinco membros de uma mesma família que trabalharam expostos ao sol e manuseando agrotóxicos na lavoura de tabaco por duas décadas. Todos eles sofreram mutilações provocadas pelo câncer de pele.
O Profissão Repórter também registra os esforços do cirurgião Heitor Birnfeld, especializado em próteses faciais, para reconstruir os rostos dos pacientes que passaram por mutilações devido ao câncer de pele. Vale ressaltar que procedimentos desse tipo não são oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O trabalho voluntário realizado por Heitor conta com a colaboração do Instituto Camaleão, uma associação sem fins lucrativos que busca oferecer assistência aos pacientes com câncer.
O programa Profissão Repórter será exibido nesta terça-feira, dia 23, após a série Aruanas, por volta das 23h45, na tela da TV Globo. Essa edição traz uma abordagem sensível e informativa sobre os desafios enfrentados no Brasil em relação à saúde e ao bem-estar, destacando a importância de ações e políticas que visem a prevenção e o tratamento adequado do câncer de pele.
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