Foto: Reprodução/ Internet

Há exatamente um ano, o programa Profissão Repórter mostrou ao público uma reportagem sobre o consumo da perigosa droga conhecida como K nas ruas de São Paulo. Naquela época, sabíamos muito pouco sobre essas substâncias e não tínhamos dados ou estudos que revelassem os efeitos a longo prazo. No entanto, desde então, o consumo dessas drogas K e de outras substâncias se espalhou de maneira alarmante, causando um impacto especialmente devastador na vida de crianças e jovens que as utilizam.

Nesta terça-feira, dia 24/10/2023, o programa Profissão Repórter retorna com uma reportagem que abordará o crescimento exponencial do consumo das drogas K e outras substâncias. Além disso, o programa acompanhará uma pesquisa conduzida pela Unicamp, que visa fornecer orientações ao Ministério da Justiça na implementação de políticas antidrogas mais eficazes.

Na zona leste de São Paulo, especificamente no terminal Corinthians-Itaquera, a presença de usuários das drogas K se tornou uma triste realidade. Com a colaboração de voluntários da ONG Gente de Perto, que presta apoio a crianças e adolescentes dependentes químicos, a repórter Danielle Zampollo se embarcará em uma busca angustiante por um menino de apenas 11 anos que ela conheceu há um ano. Além disso, Danielle nos mostrará o funcionamento do HUB de cuidados em crack e outras drogas, um serviço público localizado no centro de São Paulo, cujos dados revelam que um em cada cinco pacientes é usuário de drogas K. A repórter também acompanhará a internação de três jovens usuários e a esperança das mães e avós de vê-los finalmente livres do flagelo das drogas.

Simultaneamente, uma equipe de pesquisadores da CIATox, o Centro de Informação e Assistência Toxicologia da Universidade Estadual de Campinas, liderada pelo professor José Luiz da Costa, conduzirá uma pesquisa em festas, festivais e shows por todo o país. O objetivo é identificar quais substâncias ilícitas estão sendo consumidas nestes eventos. Os repórteres Chico Bahia e Fernando Grolla estarão presentes durante a coleta de dados, conversando com pessoas que participaram do estudo. É notável o fato de que muitos participaram da pesquisa por receio de terem consumido substâncias desconhecidas, destacando a falta de informação sobre a origem e qualidade das drogas que consomem. A pesquisa anterior, realizada entre 2018 e 2020, revelou que apenas 31% das declarações coincidiram com as substâncias identificadas em laboratório. Esses dados desempenharão um papel crucial na orientação do Ministério da Justiça na formulação de políticas antidrogas mais eficazes e auxiliarão o SUS no tratamento de intoxicações e overdoses.

Além disso, o “Profissão Repórter” seguirá a jornada de recuperação de João Vítor, um jovem de 23 anos que conquistou seu primeiro emprego como atendente após anos de tratamento contra a anemia falciforme, que surgiu devido ao uso indiscriminado de medicamentos, transformando-o em um dependente químico de analgésicos opioides. O aumento do uso dessa classe de medicamentos no Brasil é motivo de preocupação, especialmente quando se trata de uso recreativo.

Nos Estados Unidos, enfrenta-se a pior epidemia de mortes por opioides de sua história. Só este ano, mais de 100 mil pessoas morreram de overdose no país, sendo mais de 60% dessas mortes atribuídas ao Fentanil, uma droga devastadora que se tornou a principal causa de morte de americanos com menos de 50 anos. O “Profissão Repórter” enviará a repórter Mayara Teixeira e o repórter cinematográfico Alex Carvalho ao Bronx, o bairro com a maior taxa de mortalidade por overdose em Nova Iorque, para conversar com usuários e organizações que oferecem programas de redução de danos.

Não perca esta edição impactante do “Profissão Repórter” que será exibida na noite de terça-feira, dia 24, logo após o programa “Todas as Flores”. Será uma oportunidade crucial de conscientização e discussão sobre os desafios relacionados ao consumo de drogas e suas consequências em todo o mundo.

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