A nova edição de Quilos Mortais, exibida nesta sexta-feira (24), às 23h, apresenta um dos casos mais emocionantes e desafiadores já enfrentados pelo Dr. Nowzaradan. A protagonista da vez é Ashley, uma jovem de apenas 24 anos que luta contra a obesidade mórbida e o vício em comida, em uma batalha que vai muito além da balança. Pesando 220 quilos, ela carrega não apenas o peso físico, mas também as dores emocionais de uma vida marcada por perdas, solidão e traumas familiares.
Ashley sente dores intensas para realizar as atividades mais simples do dia a dia — caminhar, se levantar da cama ou até mesmo respirar com facilidade se tornaram tarefas dolorosas. Após a morte da avó, com quem tinha uma relação de afeto e apoio, passou a viver completamente sozinha. A ausência de vínculos familiares agrava ainda mais sua situação, especialmente porque sua mãe está internada há meses devido a problemas crônicos de saúde. Sem essa base emocional, Ashley afunda em episódios de compulsão alimentar que se transformam em seu único refúgio.
A jovem também traz marcas profundas deixadas por um relacionamento abusivo e pela experiência de ter morado em um abrigo. Isolada, sem contato com o pai e afastada da própria irmã, ela enfrenta um ciclo de autodestruição que mistura comida, solidão e frustração. Cada refeição representa uma tentativa de preencher o vazio deixado por uma vida de rejeições e abandono. Mas o corpo já não suporta o peso dessa dor. A cada dia, Ashley sente que sua juventude está sendo desperdiçada diante de uma batalha que parece impossível de vencer.
Determinada a mudar o rumo da própria história, ela decide procurar ajuda médica e se submete ao tratamento intensivo com o renomado Dr. Now, em Houston. No entanto, o caminho rumo à recuperação será árduo. A jovem demonstra um temperamento forte e, muitas vezes, reluta em seguir as orientações médicas com disciplina. Seu processo de negação é constante, o que faz o Dr. Now enxergar nela não apenas um desafio clínico, mas também emocional. A obesidade, no caso de Ashley, é apenas a ponta visível de uma série de feridas psicológicas que precisam ser tratadas com urgência.
Durante o acompanhamento, o programa mostra o impacto devastador da compulsão alimentar na vida de Ashley e a dificuldade em romper com hábitos que se tornaram mecanismos de defesa. Apesar das recomendações médicas, ela enfrenta recaídas e crises de desmotivação. Em vários momentos, o tratamento parece ameaçado por sua dificuldade em aceitar responsabilidades e reconhecer a gravidade do próprio quadro. Ainda assim, há lampejos de esperança: o desejo genuíno de recuperar a juventude perdida e voltar a se sentir viva.
A terapia surge como a última aliada na luta contra seus transtornos alimentares. Os psicólogos envolvidos no caso tentam ajudá-la a compreender que a comida não é um inimigo, mas também não pode ser um anestésico para as dores emocionais. Essa conscientização se mostra essencial para que ela consiga, aos poucos, reconstruir a relação com o próprio corpo e aprender a se cuidar de maneira saudável.
No decorrer do episódio, Quilos Mortais convida o público a acompanhar cada etapa dessa trajetória — da negação inicial aos pequenos avanços que podem representar grandes vitórias. O enredo de Ashley é um retrato real e cru das consequências da solidão, do trauma e da dependência alimentar, mas também uma história de coragem e possível superação.
A dúvida que paira sobre o episódio é inevitável: será que Ashley conseguirá mudar de atitude a tempo de salvar sua vida? Ela afirma estar fazendo de tudo para perder peso, mas os resultados na balança nem sempre refletem esse esforço. Entre idas e vindas, erros e tentativas, o público é levado a torcer para que essa jovem reencontre o equilíbrio físico e mental que tanto deseja.
