
Nesta sexta-feira, 29 de agosto de 2025, às 22h45, o programa Quilos Mortais, da Record TV, apresenta uma das histórias mais intensas desta temporada. A protagonista é Joyce, de 44 anos, que com apenas 1,50m de altura chegou ao peso de 344 quilos e não sai de casa há seis anos. Sua vida foi interrompida pelo excesso de peso, transformando tarefas simples em desafios gigantescos.
Dependente de ajuda até para se levantar da cama, Joyce precisou contratar uma amiga como cuidadora. É ela quem cuida da higiene, da alimentação e da rotina diária que se tornou pesada demais para ser enfrentada sozinha. Essa dependência não pesa apenas no corpo, mas também no coração, já que a sensação de não ter autonomia acentua ainda mais sua solidão.
A obesidade, no entanto, não surgiu do nada. Desde a infância, Joyce carregou marcas profundas do abandono familiar. Rejeitada pela mãe e incentivada pela avó a comer cada vez mais, encontrou na comida uma forma de suprir o vazio emocional que a acompanhava. Comer era, ao mesmo tempo, conforto e fuga. Só que, com o passar dos anos, essa válvula de escape virou uma prisão. A cada prato cheio, a dor parecia diminuir, mas os números na balança aumentavam sem parar.
Houve um tempo em que ela acreditou ter encontrado uma saída. Durante uma internação médica, conseguiu eliminar mais de 90 quilos. Foi um sopro de esperança. Mas a luta contra a obesidade vai muito além da dieta: é uma batalha emocional, invisível, que exige apoio constante. Sem acompanhamento psicológico adequado, Joyce voltou a se refugiar na comida e recuperou o peso perdido. A frustração da recaída trouxe com ela um sentimento de derrota, como se todos os esforços tivessem sido em vão.
Agora, diante das câmeras de Quilos Mortais, Joyce encara o que chama de “última cartada”. Se antes os médicos cuidaram do corpo, chegou a hora de cuidar da mente. O programa acompanha sua entrada em um processo intenso de psicoterapia, uma tentativa de quebrar o ciclo da compulsão alimentar e dar novo sentido à sua história. Mais do que perder peso, a meta é resgatar a autoestima, cicatrizar feridas antigas e devolver a ela o direito de viver fora das paredes de casa.
A trajetória de Joyce toca porque não se resume a números na balança. É o retrato de muitas pessoas que sofrem com a obesidade e que, muitas vezes, são julgadas sem que ninguém conheça as dores por trás do excesso de peso. Quilos Mortais mostra que a luta contra a compulsão alimentar envolve abandono, carência, traumas e, sobretudo, necessidade de acolhimento. Não se trata apenas de disciplina, mas de um processo complexo que exige corpo, mente e afeto.
Com apresentação de Celso Zucatelli, direção-geral de Bruno Gomes e direção artística de Cesar Barreto, o programa se consolida como um espaço para dar visibilidade a histórias que emocionam e inspiram. A cada episódio, o público é convidado não só a acompanhar a transformação física, mas também a refletir sobre como a empatia pode ser determinante para quem vive aprisionado em si mesmo.
















