
Capítulo 140 – Sexta-feira, 25 de abril de 2025
O clima em Babilônia é de tensão e incerteza. O desaparecimento repentino do rei Nabucodonosor abala os alicerces do palácio e provoca um efeito dominó entre nobres e servos. Beroso, inquieto e desconfiado, questiona Daniel sobre o paradeiro do monarca, mas suas palavras são cautelosas. Daniel, por sua vez, mantém a serenidade, mas carrega no olhar a preocupação com o que está por vir.
Enquanto isso, os sábios se reúnem em segredo, trocando suposições e temendo que a ausência do rei represente mais do que um simples desaparecimento. Nitócris, tomada por um pressentimento sombrio, não consegue disfarçar a angústia diante do sumiço do pai. Sua inquietação cresce à medida que as horas passam sem qualquer notícia.
Do lado de fora do palácio, Joana, Rebeca e Hurzabum seguem com sua missão de solidariedade. Movidos pela compaixão, deixam os muros da cidade para levar ajuda aos necessitados, mesmo em tempos tão conturbados. A fé e a esperança são suas armas silenciosas contra a dor que paira no ar.
Nebuzaradã, por sua vez, assume uma postura implacável. Ele ordena uma varredura total em toda a cidade. Os oficiais, sob sua liderança e também de Rabe-Sáris, espalham-se por todos os cantos, determinados a encontrar o rei a qualquer custo. Portas são abertas, casas reviradas, e o pânico começa a se espalhar entre os cidadãos.
No palácio, a situação de Sammu-Ramat se agrava. A sacerdotisa volta a sangrar, e Darice, já profundamente abalada, entra em estado de alerta. Quando Sammu começa a tossir sangue, o desespero toma conta. Darice tenta manter o controle, mas o medo de perder sua senhora a consome.
Enquanto isso, Nabonido dá sinais de apoio a Evil-Merodaque, o que pode indicar movimentos políticos silenciosos em meio à crise — alianças se formam nas sombras, e o trono, sem rei, torna-se cada vez mais vulnerável.
Joana, Rebeca e Hurzabum seguem sua missão além dos portões da cidade, levando conforto e alimentos a quem mais precisa. Em um momento de pausa, compartilham palavras de fé e lembranças dos profetas, fortalecendo uns aos outros.
Dalila e Raquel, em conversas íntimas, demonstram o desejo de deixar Babilônia ao lado dos maridos. O peso da opressão e os ventos de guerra despertam nelas o sonho de um recomeço longe da corrupção e do sofrimento.
Ebede, introspectivo, relembra as profecias de Jeremias, como se buscasse respostas no passado para compreender os sinais do presente. Cada palavra do profeta ressoa como um alerta silencioso sobre o futuro da cidade.
Na busca incessante pelo rei, os oficiais invadem a casa de Elga, provocando medo e indignação. Nada é poupado. Em outro ponto da cidade, Zac reencontra Malca na rua. O rapaz se oferece para ajudá-la e, em meio ao caos, um laço de gentileza começa a se formar entre eles.
Enquanto isso, na Casa da Lua, os soldados chegam sem aviso. O local é revistado com rigor, e Zabaia entra em pânico ao perceber que sua produção clandestina de cerveja corre o risco de ser descoberta. Seu segredo, se revelado, pode levá-lo à ruína.
Entre buscas frenéticas, alianças veladas e corações aflitos, o capítulo mostra que, em tempos de crise, cada escolha carrega o peso do destino. A cidade treme, o trono está vazio, e o futuro de Babilônia parece mais incerto do que nunca.