Foto: Divulgação/RedeTV!

Nesta quarta-feira, 7 de agosto, a televisão brasileira será agraciada com um retorno especial: o icônico Ronnie Von estreia seu novo talk show, Companhia Certa, na RedeTV! às 23h45. A volta do carismático apresentador ao horário nobre promete ser um evento marcante, começando com uma convidada de peso que promete tocar o coração dos telespectadores.

A atriz Nívea Maria, uma figura lendária da teledramaturgia brasileira, será a estrela do episódio inaugural. Conhecida por seu trabalho em novelas de sucesso como Gabriela (1975), O Clone (2001), América (2005) e Caminho das Índias (2009), Nívea é admirada por sua versatilidade e profundidade interpretativa. O bate-papo com a atriz não se limitará a revisitar seus papéis marcantes, mas também proporcionará uma visão íntima de sua trajetória pessoal e profissional.

Nívea, uma respeitada veterana do teatro e da televisão, compartilhará suas reflexões sobre as diferenças entre atuar no palco e na tela. Em uma conversa franca e envolvente, ela discutirá como o teatro lhe ofereceu a liberdade para explorar personagens variados, distante da imagem “doce e romântica” frequentemente atribuída a ela na televisão. “O teatro sempre me proporcionou a oportunidade de sair da caixinha que a teledramaturgia me colocou. Fui lutando para trazer personagens diferentes para a televisão ao longo dos anos,” revela Nívea, expressando sua paixão pela arte e pela diversidade de papéis.

Durante o programa, Nívea revisitará sua emblemática interpretação de Rosália em Dona Xepa (1977), um papel desafiador que marcou sua carreira de maneira indelével. Com um sorriso nostálgico, ela recorda as dificuldades enfrentadas para interpretar a vilã, uma experiência que a levou a explorar novas facetas de sua habilidade como atriz. “Encontrei uma pessoa que me disse: ‘Você era desagradável em Dona Xepa’. A novela também foi adaptada para o teatro, e eu briguei para viver a antagonista. Foi uma experiência que me moldou,” recorda Nívea, refletindo sobre a importância deste papel em sua evolução artística.

A atriz também se abre sobre um momento doloroso de sua vida pessoal: a perda de sua mãe, uma pianista sensível que faleceu jovem. Nívea compartilha que a morte de sua mãe foi um golpe devastador, levando-a a considerar abandonar a carreira. “A escolha da minha profissão foi muito influenciada por minha mãe. Quando ela faleceu, a primeira coisa que pensei foi: ‘Não quero mais trabalhar’,” revela Nívea com uma sinceridade comovente, oferecendo um vislumbre de sua luta emocional e sua jornada pessoal.

A vida de Nívea tomou uma nova direção quando o diretor Roberto Talma a convidou para atuar na série Anos Dourados (1986). Este papel foi um tributo à sua mãe e aos anos 1940 que ela tanto admirava. “Foi uma forma de prestar uma homenagem a ela,” diz Nívea, agora aos 77 anos, refletindo sobre o impacto significativo desse papel em sua vida e carreira.

Além disso, Nívea compartilha suas opiniões sobre a tendência atual de remakes de novelas, oferecendo uma visão crítica sobre a necessidade de inovação na dramaturgia brasileira. “Não sou contra os remakes, mas sinto que a dramaturgia está precisando de mais criatividade. A televisão está se movimentando para atrair o público, mas a dramaturgia parece estar com um sinal vermelho,” opina a atriz, oferecendo uma perspectiva reflexiva sobre o cenário atual da televisão.

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