
Neste sábado, 19 de abril de 2025, a Record TV convida o público a embarcar em uma jornada tocante e profundamente humana. Na faixa da Super Tela, o destaque da vez é o filme “Até o Limite” (MBF: Man’s Best Friend), uma produção que surpreende pela sensibilidade e que deixa marcas — daquelas boas — em quem assiste.
Com direção de Anthony Hornus e lançado em 2020, o drama reúne atuações honestas de nomes como DJ Perry, Garry Nation e Melissa Anschutz, e foge da glamorização comum em filmes sobre guerra. Aqui, o foco não está no campo de batalha, mas nas cicatrizes que ficam quando o silêncio substitui os tiros, e a luta se torna interna — diária e invisível.
Um ex-fuzileiro, muitos fantasmas e uma missão silenciosa
O protagonista é Paul Landing (DJ Perry), um ex-fuzileiro que serviu no Afeganistão e voltou para casa trazendo muito mais do que ferimentos físicos. Uma década depois, ainda tentando encontrar seu lugar no mundo, ele administra um abrigo de cães — uma espécie de santuário onde encontra conexão, propósito e, principalmente, consolo.
Mas sua paz está ameaçada. O abrigo corre o risco de ser fechado por força de uma decisão burocrática, enquanto Paul precisa encarar os olhares tortos da sociedade, a dificuldade de reinserção e os traumas que insiste em camuflar. É nesse cenário que ele aprende, através dos cães — seus verdadeiros aliados —, a construir pontes com o mundo exterior, mesmo quando tudo parece ruir.
Muito mais que um drama de guerra: um retrato da dor silenciosa
“Até o Limite” é o tipo de filme que não grita — ele fala baixo, mas direto ao coração. A narrativa propõe um olhar empático sobre o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e as barreiras enfrentadas por quem retorna de um cenário de guerra para um cotidiano que já não reconhece.
O longa também nos convida a refletir sobre o abandono — tanto físico quanto emocional — de veteranos, e como a presença dos animais, muitas vezes, representa o elo mais puro e constante na reconstrução da identidade e da esperança.
Com fotografia sóbria e um roteiro que aposta no realismo emocional, a produção toca em feridas sociais sem perder a ternura. Em um mundo que pouco escuta, “Até o Limite” é uma história sobre ser ouvido — e acolhido.
Uma boa pedida para quem gosta de filmes com verdade
Se você é do tipo que curte tramas que priorizam personagens reais, repletos de falhas, força e humanidade, essa é a escolha perfeita para o seu sábado à noite. Esqueça os blockbusters com explosões e roteiros apressados: aqui, o destaque está nos pequenos gestos, nos silêncios significativos e na delicadeza dos vínculos entre homem e animal.