
Nesta quinta-feira, 7 de agosto de 2025, os telespectadores da TV Globo terão a chance de embarcar em uma jornada de ação e emoção com a exibição de “Tomb Raider: A Origem” na tradicional Sessão da Tarde. Mas não se engane: o longa, estrelado pela sueca Alicia Vikander, vai muito além de tiroteios e tumbas escondidas. Esta é uma história de perda, coragem e transformação – e quem aceitar o convite para assistir, poderá encontrar muito mais do que apenas entretenimento.
De acordo com informações do AdoroCinema, inspirado no reboot da franquia nos videogames, lançado pela Crystal Dynamics em 2013, o filme estreou nos cinemas em 2018 e redefiniu o significado de ser Lara Croft. A nova versão não parte da figura já consagrada da arqueóloga destemida que resolve enigmas impossíveis. Ao contrário: aqui, acompanharemos o nascimento dessa mulher lendária, a partir de suas dúvidas, dores e escolhas.
Muito além da heroína: Lara como espelho da fragilidade humana
Lara Croft, neste filme, não será apresentada como uma figura mitológica ou invencível. Ao contrário, ela surgirá frágil, hesitante e machucada, tanto física quanto emocionalmente. Aos 21 anos, ela estará tentando escapar de um destino que a empurra para os corredores frios da empresa bilionária deixada por seu pai desaparecido. Entregadora de bicicleta em Londres, viverá uma existência simples — e, por vezes, solitária.
É neste ponto que a narrativa se destaca: o roteiro, assinado por Geneva Robertson-Dworet e Alastair Siddons, com direção do norueguês Roar Uthaug, vai nos conduzir pela transformação de Lara. E não será uma mudança instantânea ou fantasiosa. Cada decisão custará caro. Cada queda terá seu peso. Cada avanço virá com dor.
A busca por respostas sobre o desaparecimento do pai a levará até uma ilha inóspita, onde encontrará perigos reais e simbólicos. Ali, enfrentará não apenas o vilão Mathias Vogel (vivido com intensidade por Walton Goggins), mas também a si mesma: seus medos, sua culpa, seu instinto de sobrevivência e a verdade sobre o legado familiar.
Alicia Vikander e a nova Lara: menos ícone, mais mulher
Para dar vida a essa versão mais crua e humana da personagem, a escolha da atriz Alicia Vikander foi decisiva. Vencedora do Oscar por “A Garota Dinamarquesa” (2015), Vikander não apenas interpretará Lara — ela a reconstruirá do zero. A atriz se afastará da versão hipersexualizada da heroína interpretada por Angelina Jolie nas duas produções anteriores, e oferecerá ao público uma mulher de verdade: que cai, chora, hesita e, mesmo assim, continua.
A preparação da atriz será notável. Durante meses, ela treinará com especialistas em parkour, escalada, arco e flecha e combate físico. Sua performance física será intensa — mas jamais gratuita. Cada ferimento mostrado na tela dialogará com a dor interna da personagem.
A crítica, na época do lançamento, dividiu opiniões. Alguns apontaram que Lara se pareceria demais com um “saco de pancadas”, constantemente sendo vencida pelos obstáculos, enquanto outros elogiaram a coragem do filme em mostrar uma protagonista feminina longe do arquétipo da supermulher invencível.
Nas palavras de Vikander, dadas em entrevistas durante a turnê de divulgação, “Lara não começa sendo uma heroína. Ela se torna uma. E isso é muito mais verdadeiro com todas as mulheres que conheço”.
Uma narrativa de amadurecimento e escolha
Em “Tomb Raider: A Origem”, o maior tesouro não será encontrado em tumbas ou templos esquecidos. Ele estará na jornada de autoconhecimento da protagonista. Ao recusar seguir o caminho fácil, Lara mostrará que coragem não é ausência de medo, mas a decisão de continuar mesmo quando tudo parece ruir.
Essa abordagem será especialmente tocante em um momento da cultura pop em que o público — especialmente feminino — tem buscado protagonistas mais complexas e reais. A Lara deste filme não representará apenas uma mulher forte. Ela representará uma mulher inteira: cheia de dúvidas, dores, mas também esperança e vontade de fazer diferente.
Bastidores de uma superprodução com alma
O filme será fruto de uma longa jornada também nos bastidores. Depois que a GK Films adquiriu os direitos da franquia em 2011, foram vários os roteiros rejeitados, atrizes cogitadas (inclusive Daisy Ridley, de “Star Wars”), e trocas de equipe. A versão que finalmente será produzida unirá esforços de grandes nomes: Metro-Goldwyn-Mayer, Warner Bros. Pictures, GK Films e Square Enix.
As filmagens acontecerão em locais desafiadores, como a Cidade do Cabo (África do Sul), além de estúdios no Reino Unido. Algumas cenas mais simbólicas da infância de Lara serão rodadas em uma mansão histórica no interior da Inglaterra, Wilton House, que já apareceu em produções como “The Crown”.
E se a produção será grandiosa, os efeitos seguirão na direção oposta à artificialidade. A equipe optará por efeitos práticos, trilhas sonoras contidas e uma câmera que acompanha de perto o corpo cansado de Lara, em vez de filmá-la como uma musa inalcançável. Tudo será feito para criar identificação.
Um filme com impacto duradouro — e bilheteria relevante
Quando foi lançado, em 2018, o filme faturou mais de 273 milhões de dólares nas bilheteiras internacionais. Superou o desempenho de “A Origem da Vida”, segundo longa da era Jolie, e se consolidou como um dos filmes baseados em videogames mais bem-recebidos pelo público até então.
A crítica, como sempre, se dividirá. Haverá quem veja na narrativa uma fórmula previsível demais. Outros enxergarão uma renovação de fôlego e propósito. Mas para o público jovem e feminino, a nova Lara será um símbolo de representatividade — não porque ela vencerá todos os desafios, mas porque ela persistirá mesmo sem certezas.
Onde mais assistir?
Para quem não puder acompanhar a exibição na TV Globo ou quiser rever a aventura em outro momento, “Tomb Raider: A Origem” também está disponível em plataformas digitais. O longa pode ser assistido por streaming na Amazon Prime Video, para assinantes da plataforma. Já quem preferir alugar ou comprar o filme sob demanda, encontra opções na própria Amazon Prime Video a partir de R$ 11,90, com qualidade HD. É sempre válido conferir a disponibilidade atualizada em outros serviços como Apple TV, Google Play Filmes ou Claro TV+, já que o catálogo pode variar. Assim, a jornada de Lara Croft pode ser vivida ou revivida a qualquer hora, em qualquer tela.
















