
Nesta segunda-feira, 18 de agosto de 2025, a Sessão da Tarde promete emocionar e arrancar boas risadas dos telespectadores com a exibição de “Noiva em Fuga” (Runaway Bride), clássico do cinema romântico lançado em 1999. Estrelado por Julia Roberts e Richard Gere, o longa dirigido por Garry Marshall marcou época e segue sendo uma das comédias românticas mais lembradas do fim dos anos 1990.
Com seu humor leve, diálogos afiados e a irresistível química entre o casal protagonista, o filme se tornou um verdadeiro sucesso de bilheteria, ultrapassando a marca dos 300 milhões de dólares arrecadados em todo o mundo. Mas, mais do que números, o filme conquistou corações, tornando-se referência quando o assunto é amor, escolhas e a busca por autenticidade em meio às pressões da vida.
O enredo que encantou plateias
A história gira em torno de Maggie Carpenter (Julia Roberts), uma jovem conhecida na pequena cidade de Hale, em Maryland, por ter abandonado seus noivos no altar em três ocasiões diferentes. Apesar da fama do filme, Maggie continua acreditando que pode, um dia, chegar ao final do corredor e dizer o esperado “sim”.
Do outro lado está Ike Graham (Richard Gere), um jornalista nova-iorquino cético e irônico, que, ao escrever uma matéria sobre Maggie, acaba sendo demitido do jornal em que trabalha. Decidido a limpar sua reputação, ele viaja até a cidade natal da moça para investigar de perto sua história — e, quem sabe, presenciar a quarta tentativa de casamento. O que começa como uma relação de desconfiança, entre acusações e ironias, aos poucos se transforma em cumplicidade. Ike e Maggie descobrem que, apesar das diferenças, têm muito mais em comum do que imaginavam.
O reencontro de Julia Roberts e Richard Gere
Um dos grandes atrativos do longa está justamente no reencontro entre Julia Roberts e Richard Gere, que nove anos antes haviam protagonizado um dos maiores fenômenos do cinema romântico: “Uma Linda Mulher” (Pretty Woman, 1990). A parceria entre os dois já havia se mostrado explosiva, conquistando plateias no mundo inteiro. Quando anunciaram que voltariam a contracenar, a expectativa foi enorme — e a bilheteria comprovou o interesse do público. Ainda que parte da crítica tenha considerado a trama previsível, o carisma do casal falou mais alto.
Julia Roberts, já consolidada como a “namoradinha da América” na década de 90, entrega em Maggie uma personagem que mistura vulnerabilidade e força, transitando entre o cômico e o emocional com naturalidade. Já Richard Gere dá vida a Ike com seu charme característico, equilibrando o sarcasmo do jornalista com a sensibilidade de um homem disposto a rever suas próprias convicções sobre amor e compromisso.
Bastidores e curiosidades da produção
O desenvolvimento do filme foi longo e cheio de mudanças. O projeto esteve em andamento por mais de dez anos antes de sair do papel. Ao longo desse período, diferentes atrizes foram consideradas para o papel de Maggie, incluindo Sandra Bullock, Demi Moore e Geena Davis. Para o papel de Ike, nomes como Mel Gibson, Harrison Ford e Michael Douglas chegaram a ser cogitados. Por fim, Garry Marshall — que já havia dirigido “Uma Linda Mulher” — assumiu a direção e conseguiu reunir novamente Roberts e Gere, algo que pesou decisivamente para o marketing do longa.
Grande parte das filmagens ocorreu na pequena cidade de Berlin, em Maryland, que foi transformada no cenário fictício de Hale. A charmosa rua principal, as lojas locais e o tradicional Atlantic Hotel foram usados como locação, conferindo autenticidade ao ambiente do filme. Outro detalhe marcante é a trilha sonora, que inclui músicas de artistas como Eric Clapton, Roxette, Marc Anthony e Dixie Chicks. Canções como “Ready to Run” e “Blue Eyes Blue” ajudaram a compor a atmosfera romântica e leve da produção.
Recepção e impacto cultural
Apesar do imenso sucesso comercial, a recepção da crítica foi mista. O site Rotten Tomatoes, por exemplo, dá ao filme uma aprovação de apenas 46%, criticando a previsibilidade da trama e apontando que a química entre Gere e Roberts não atingia o mesmo impacto de “Uma Linda Mulher”.
Ainda assim, para o público, o longa se tornou um clássico do gênero, daqueles filmes que sempre aparecem nas listas de melhores comédias românticas dos anos 90. O carisma de Julia Roberts, o charme de Richard Gere e a direção leve de Garry Marshall fizeram com que a obra permanecesse viva no imaginário coletivo. O longa também rendeu alguns prêmios, como o American Comedy Award de Melhor Atriz Coadjuvante para Joan Cusack, que interpreta Peggy, a melhor amiga de Maggie. Julia Roberts chegou a ser indicada ao MTV Movie Award de Melhor Atuação Feminina.
Por que “Noiva em Fuga” ainda conquista o público?
Mais de duas décadas após seu lançamento, o filme continua sendo reprisado em emissoras de televisão e plataformas de streaming, conquistando novas gerações. Mas por que uma história aparentemente simples ainda faz tanto sucesso? A resposta talvez esteja no equilíbrio entre humor e emoção. O roteiro aborda temas universais — como medo de compromisso, pressão social, autodescoberta e amor verdadeiro — de forma acessível e leve. Quem nunca teve dúvidas sobre decisões importantes na vida? Quem nunca se perguntou se estava fazendo escolhas por si mesmo ou apenas para agradar os outros?
Maggie, ao fugir repetidamente dos altares, simboliza esse dilema. Ela não foge por falta de amor, mas porque ainda não havia encontrado a si mesma. É apenas ao lado de Ike, que a desafia a refletir sobre quem realmente é, que ela consegue enxergar a importância de escolher por convicção, e não por obrigação.
Legado no cinema romântico
O filme não reinventou o gênero da comédia romântica, mas ajudou a consolidar fórmulas que seriam exploradas nos anos seguintes. O encontro entre dois personagens inicialmente opostos, o cenário pitoresco de cidade pequena, a trilha sonora marcante e o final emocionante são elementos que continuam presentes em muitas produções do gênero.
Julia Roberts, inclusive, tornou-se uma referência definitiva nesse estilo de filme. Ao lado de outros títulos como “Um Lugar Chamado Notting Hill” (1999) e “O Casamento do Meu Melhor Amigo” (1997), sua atuação em “Noiva em Fuga” reforça a imagem da atriz como um ícone das comédias românticas.
Curiosidades rápidas para os fãs
Richard Gere aprendeu a tocar violão especialmente para algumas cenas. A cena do casamento final foi gravada várias vezes para transmitir a emoção exata do momento. Julia Roberts usou diferentes modelos de vestido de noiva ao longo das filmagens, cada um representando a personalidade de cada noivo que ela abandonava. O diretor Garry Marshall fez uma pequena participação no filme como figurante.

A Tela Quente leva os telespectadores a uma jornada eletrizante abaixo da superfície do oceano com a exibição de “Fúria em Alto-Mar” (Hunter Killer), filme de ação e suspense lançado em 2018 e estrelado por Gerard Butler e Gary Oldman. A produção, dirigida por Donovan Marsh, combina tensão militar, geopolítica e heroísmo em uma narrativa que mistura ficção com os receios reais de um conflito global.
Apesar de não ter sido um sucesso estrondoso nas bilheteiras internacionais, o longa encontrou ao longo dos anos seu espaço entre os fãs de histórias de guerra e thrillers militares. Hoje, ganha mais uma vitrine ao ser exibido para milhões de brasileiros, prometendo transformar a noite em uma verdadeira experiência cinematográfica.
Um enredo de tirar o fôlego
A trama do filme começa quando o submarino norte-americano USS Tampa Bay desaparece misteriosamente no Mar de Barents, região de águas frias e estratégicas no cenário geopolítico. Para investigar o sumiço, o Contra-Almirante John Fisk (vivido por Common) convoca o recém-promovido e pouco ortodoxo Comandante Joe Glass (Gerard Butler).
Glass assume o comando do USS Arkansas, um submarino da classe Virginia, e parte em uma missão arriscada que logo se mostra maior do que qualquer um poderia imaginar. Paralelamente, uma equipe de SEALs da Marinha dos EUA, liderada pelo Tenente Bill Beaman (Toby Stephens), infiltra-se em território russo e testemunha um golpe militar em andamento. O Ministro da Defesa russo, o implacável Almirante Dmitriy Durov (Michael Gor), orquestra a captura do presidente russo, Nikolai Zakarin (Alexander Diachenko), em uma manobra que ameaça mergulhar o mundo em uma guerra devastadora.
A partir daí, começa uma corrida contra o tempo. Entre batalhas navais, perseguições submarinas e operações de resgate terrestres, Glass precisa equilibrar bravura, diplomacia e confiança. Para evitar uma guerra mundial, terá de fazer alianças improváveis – inclusive com o Capitão Sergei Andropov (Michael Nyqvist), comandante russo sobrevivente que conhece os segredos do mar hostil.
Mais do que ação: reflexos da política mundial
Embora seja uma obra de ficção baseada no romance “Ponto de Disparo” (Firing Point), de Don Keith e George Wallace, o longa reflete medos reais de tensões entre Estados Unidos e Rússia. O roteiro explora a vulnerabilidade das grandes potências diante de golpes internos e conflitos militares inesperados. Ao colocar o presidente russo como vítima de uma conspiração e os americanos como aliados improváveis, o filme subverte expectativas e mostra que, em tempos de crise, o maior inimigo pode não estar do outro lado da fronteira, mas dentro de casa.
Esse tom de “guerra fria moderna” dá ao longa uma atmosfera de constante suspense, em que cada movimento errado pode significar o início de uma guerra nuclear.
Um elenco de peso
Além de Gerard Butler, que entrega uma performance intensa como o comandante Joe Glass, o filme conta com um elenco de grandes nomes:
Gary Oldman – Vive o Almirante Charles Donnegan, figura de autoridade do alto comando militar norte-americano, cuja postura rígida contrasta com a ousadia de Glass. Common – No papel do Contra-Almirante John Fisk, traz equilíbrio entre diplomacia e disciplina militar. Michael Nyqvist – Em um de seus últimos papéis no cinema, interpreta o Capitão Andropov, oferecendo uma das atuações mais emocionantes do filme. Linda Cardellini – Dá vida a Jayne Norquist, representante da Agência de Segurança Nacional. Toby Stephens – Assume o papel do Tenente Beaman, líder dos SEALs em missão terrestre. Esse conjunto de atores experientes dá profundidade a personagens que poderiam facilmente se limitar a estereótipos de filmes de guerra.
Produção turbulenta: quase uma década para sair do papel
O caminho até o lançamento do filme foi longo e cheio de obstáculos. O projeto começou em 2008, quando a Relativity Media adquiriu os direitos do livro. Inicialmente, diretores renomados como Phillip Noyce e Antoine Fuqua chegaram a ser cotados, mas divergências criativas e dificuldades financeiras atrasaram as gravações por anos.
Somente em 2016 as filmagens tiveram início sob a direção de Donovan Marsh, com grande parte das cenas realizadas em Londres e na Bulgária. Para dar realismo, cenários detalhados de submarinos foram construídos com base em plantas da Marinha dos EUA. Curiosamente, algumas escolhas de figurino e equipamentos geraram polêmica: os SEALs do filme, por exemplo, aparecem com uniformes que não correspondem ao padrão oficial da Marinha, algo que chamou a atenção de especialistas militares.
Estreia conturbada e recepção dividida
O filme estreou nos Estados Unidos em 26 de outubro de 2018. O filme arrecadou pouco mais de US$ 31 milhões mundialmente, valor considerado baixo frente ao investimento de produção. Nas bilheteiras, o desempenho foi ofuscado por outros lançamentos do período.
A crítica especializada também se dividiu. Alguns veículos elogiaram a ação constante e a atmosfera claustrofóbica dos submarinos, enquanto outros classificaram o longa como “um thriller convencional” que não arriscava inovar. Ainda assim, fãs do gênero encontraram na obra um entretenimento sólido, comparável a clássicos como “Caçada ao Outubro Vermelho” (1990).
Vale destacar que a exibição do filme foi proibida na Ucrânia e sofreu entraves na própria Rússia, por apresentar de forma positiva autoridades do país – o que gerou debate sobre a influência cultural do cinema em tempos de tensões políticas.
O significado por trás do espetáculo
Apesar de ser lembrado principalmente como um filme de ação,o filme traz mensagens relevantes sobre confiança, lealdade e cooperação internacional. Ao retratar soldados de diferentes países lutando lado a lado para impedir uma guerra, o longa sugere que a diplomacia e a coragem podem ser mais fortes do que interesses individuais.
Outro ponto que chama atenção é a valorização dos SEALs da Marinha, retratados como homens dispostos a sacrificar tudo para salvar inocentes. Suas missões terrestres dão ao espectador um contraponto à tensão subaquática, mostrando que a guerra moderna envolve diferentes frentes de batalha.
Gerard Butler: o herói improvável
Para muitos espectadores, Gerard Butler se tornou sinônimo de ação após filmes como “300”, “Invasão a Casa Branca” e suas continuações. No longa, o ator novamente assume o arquétipo do herói determinado, mas adiciona camadas de humanidade ao seu personagem.
Joe Glass não é retratado como um comandante perfeito ou invencível. Pelo contrário, suas decisões ousadas geram desconfiança tanto entre seus superiores quanto em sua própria tripulação. É justamente essa vulnerabilidade que torna o personagem mais interessante e próximo do público.
Um filme que cresce com o tempo
Embora não tenha sido um sucesso imediato, Fúria em Alto-Mar vem conquistando uma nova legião de fãs graças às transmissões televisivas e ao streaming. Muitos espectadores reconhecem no filme uma mistura rara de entretenimento e relevância política. Na televisão aberta, esse efeito costuma ser ainda mais forte: ao alcançar milhões de lares simultaneamente, a obra se torna tema de conversas, debates e reflexões, cumprindo o papel social que o cinema pode ter além da tela.
















