
O Temperatura Máxima deste domingo, 31 de agosto, traz para a tela da TV Globo o filme Samaritano, uma produção americana que mistura ação, ficção científica, fantasia e superaventura. Dirigido por Julius Avery e escrito por Bragi F. Schut, o longa é inspirado nas histórias em quadrinhos da Mythos Comics, criadas por Schut, Marc Olivent e Renzo Podesta, e chega com a promessa de envolver o público com sequências eletrizantes, personagens cativantes e uma trama que mescla mistério e heroísmo.

Lançado nos Estados Unidos em 26 de agosto de 2022 pela United Artists Releasing, “Samaritan” se destaca por trazer Sylvester Stallone no papel principal, ao lado do jovem talento Javon Walton, que dá vida a Sam Cleary, um adolescente determinado a descobrir a verdade sobre seu misterioso vizinho. O elenco também conta com nomes como Martin Starr, Moisés Arias, Dascha Polanco, Natacha Karam e Pilou Asbæk, reunindo talentos capazes de dar profundidade emocional e dinâmica de ação à narrativa.
Um enredo que mistura mistério e ação
A história se passa em uma cidade marcada por décadas de crime e violência, onde a lenda de um herói chamado Samaritano ainda é lembrada por poucos. Décadas antes, Samaritan enfrentou o vilanesco Nemesis, mas desapareceu misteriosamente, deixando um vazio no imaginário da população. É neste cenário que conhecemos Sam Cleary (Javon Walton), um garoto de apenas 13 anos, curioso e obstinado, que começa a suspeitar que seu vizinho, o recluso Sr. Smith (Sylvester Stallone), não é um simples cidadão, mas sim o lendário herói desaparecido.
A trama se desenrola quando Sam decide investigar o passado do Sr. Smith e, diante de uma nova onda de crimes que ameaça a cidade, tenta convencê-lo a sair de sua reclusão e retomar seu papel de salvador. O roteiro consegue equilibrar momentos de tensão, ação física e cenas emocionais, explorando temas como responsabilidade, coragem e redenção. A relação entre o garoto e o herói envelhecido traz ao filme uma camada humana que vai além do espetáculo visual.
Personagens que marcam a narrativa
Sylvester Stallone assume o papel do Sr. Smith, um homem de poucas palavras, mas carregado de um passado heroico. Stallone, que também atuou como produtor, traz para o personagem toda a experiência de décadas no cinema de ação, entregando uma interpretação que combina força, vulnerabilidade e um senso de moralidade complexo. É impossível não se envolver com a jornada de Smith, um herói relutante que enfrenta não apenas inimigos externos, mas seus próprios demônios internos.
Ao lado de Stallone, Javon Walton se destaca como Sam Cleary, o adolescente curioso que representa a esperança e a determinação de uma nova geração. A química entre os dois personagens é um dos pontos altos do filme, equilibrando ação e emoção de forma natural. O elenco coadjuvante também contribui para o desenvolvimento da trama: Martin Starr interpreta Arthur, oferecendo momentos de humor e humanidade; Moisés Arias é Reza Smith, um elo emocional para o passado do protagonista; enquanto Dascha Polanco, Natacha Karam e Pilou Asbæk trazem diversidade e intensidade às interações.
Produção marcada por desafios e superação
A trajetória do filme nos bastidores também é digna de nota. O projeto foi anunciado pela MGM em fevereiro de 2019, com o roteiro de Bragi F. Schut já chamando atenção por sua abordagem inovadora das histórias de super-heróis. Julius Avery entrou como diretor em setembro do mesmo ano, trazendo uma visão moderna e estilizada para o filme. Sylvester Stallone foi confirmado no papel principal e também contribuiu como produtor, garantindo que o personagem tivesse a complexidade necessária para a narrativa.
As filmagens, inicialmente previstas para 2020 em Atlanta, enfrentaram interrupções devido à pandemia de COVID-19. Iniciadas em 26 de fevereiro de 2020, as gravações foram suspensas em 14 de março e retomadas apenas em 8 de outubro, exigindo adaptações logísticas e criativas da equipe. Apesar dos desafios, a produção conseguiu manter o cronograma e entregar um filme consistente, com cenas de ação impactantes e efeitos visuais de alta qualidade, que complementam a história sem sobrecarregá-la.
Um olhar moderno sobre super-heróis
O que diferencia Samaritano de outros filmes de super-heróis é sua abordagem humanizada. Aqui, o herói não é invencível ou distante; ele é um homem marcado pelo tempo, que precisa lidar com suas escolhas passadas e decidir se ainda é capaz de fazer a diferença. O roteiro explora o conceito de responsabilidade social e moralidade, mostrando que heroísmo não é apenas sobre poderes ou força, mas sobre coragem, sacrifício e determinação.
Além disso, a interação entre Sam e Smith introduz uma dinâmica intergeracional interessante, onde o jovem representa curiosidade, esperança e urgência, enquanto o herói envelhecido traz experiência, cautela e arrependimento. Essa relação confere ao filme uma profundidade emocional rara no gênero, fazendo com que o público não se envolva apenas com as cenas de ação, mas também com o crescimento e desenvolvimento dos personagens.
Direção, fotografia e efeitos visuais
Julius Avery imprime no filme um ritmo ágil, alternando sequências de ação intensas com momentos de suspense e reflexão. A fotografia enfatiza a atmosfera urbana da cidade, com cenários escuros e contrastes que reforçam a sensação de perigo e mistério. Os efeitos visuais são utilizados de forma estratégica, tornando as cenas de combate e destruição convincentes sem se tornarem exageradas ou artificiais.
A estética do filme remete a clássicos dos quadrinhos, respeitando a origem de Samaritano enquanto adapta o personagem para o cinema contemporâneo. Cada cena de ação é planejada para impactar visualmente, mas sempre mantendo coerência com o desenvolvimento da história e os arcos dos personagens.
Recepção e impacto
Desde seu lançamento nos Estados Unidos, o longa-metragem foi recebido de forma positiva pelo público, especialmente pelos fãs de quadrinhos e filmes de ação. A combinação de Sylvester Stallone, um roteiro envolvente e a direção competente de Avery conquistou espectadores que buscavam uma narrativa que unisse nostalgia, ação e emoção. A crítica também destacou a humanização do protagonista, a química entre Stallone e Walton, e a abordagem inovadora para um gênero saturado de produções semelhantes.
O filme também gerou discussões sobre heroísmo e responsabilidade social, reforçando a ideia de que grandes histórias de super-heróis podem refletir dilemas humanos reais. Ao mostrar que até os heróis têm limitações e precisam superar suas próprias falhas, “Samaritano” se aproxima de uma narrativa mais madura e reflexiva.

Domingo Maior exibe Batman Begins
O Domingo Maior promete uma noite de pura adrenalina e drama com a exibição de Batman Begins, filme de super-herói de 2005 que marcou o reinício da saga cinematográfica de Batman. Dirigido por Christopher Nolan, conhecido por sua abordagem realista e intensa, o longa apresenta uma narrativa densa e emocional, mostrando a origem do icônico herói da DC Comics de forma inédita e envolvente.
Baseado nas histórias em quadrinhos clássicas “Batman: Year One” e “The Long Halloween”, o filme acompanha a transformação de Bruce Wayne, interpretado por Christian Bale, de jovem traumatizado pela morte de seus pais a vigilante mascarado que protegerá Gotham City das forças do crime. O elenco também conta com grandes nomes do cinema, como Michael Caine, Gary Oldman, Liam Neeson, Katie Holmes, Morgan Freeman, Ken Watanabe, Tom Wilkinson e Rutger Hauer, reunindo talento e experiência para dar vida a personagens memoráveis da mitologia do Batman.
Um herói nasce das sombras
O enredo de “Batman Begins” mergulha nos traumas e medos de Bruce Wayne. Ainda criança, ele testemunha o assassinato de seus pais pelas mãos de Joe Chill, um crime que marca profundamente sua vida. Em uma das cenas iniciais, Bruce cai em um poço cercado por morcegos, simbolizando não apenas seu medo, mas também o nascimento de sua futura persona. Este evento traumático o impulsiona a buscar conhecimento, força e disciplina em uma jornada que o levará pelo mundo inteiro.
Ao longo de sua viagem, Bruce é apresentado a Henri Ducard, que trabalha para Ra’s Al Ghul, líder da Liga das Sombras. Ducard oferece a ele treinamento na arte do combate, na filosofia do medo e na compreensão da mente criminosa. Bruce se recusa a se tornar um assassino, desafiando a visão da Liga de destruir Gotham. Esse conflito ético estabelece a base do personagem: um herói que luta contra o mal, mas não se corrompe em nome da justiça.
Gotham City: um personagem à parte
A cidade de Gotham em “Batman Begins” é quase um personagem por si só. Marcada por corrupção, violência e medo, ela é apresentada como um lugar à beira do caos, dominado pelo império do crime de Carmine Falcone. O filme mostra a complexidade de uma sociedade que sobrevive sob a sombra do crime organizado, onde policiais honestos, como o Sargento James Gordon, tentam manter alguma ordem.
Bruce Wayne retorna a Gotham com um objetivo claro: proteger sua cidade sem se deixar consumir pelo medo ou pela vingança. É nesse contexto que surgem seus aliados: Alfred Pennyworth, seu leal mordomo e mentor, e Lucius Fox, executivo da Wayne Enterprises, que ajuda a desenvolver equipamentos, veículos e a famosa armadura do Batman. Juntos, eles transformam Bruce em um vigilante equipado com inteligência, tecnologia e coragem.
Vilões memoráveis e uma narrativa intensa
O filme introduz vilões que se tornariam icônicos no universo de Nolan. Dr. Jonathan Crane, conhecido como Espantalho, aplica uma toxina que induz medo, colocando a população em pânico. Ra’s Al Ghul, interpretado por Liam Neeson, representa a ameaça ideológica: alguém disposto a destruir Gotham em nome da justiça extrema. Já Carmine Falcone, interpretado por Tom Wilkinson, mostra o lado mais humano e perigoso do crime organizado.
A construção dos vilões em “Batman Begins” é meticulosa. Cada antagonista representa um aspecto do medo ou da corrupção que Bruce precisa enfrentar. A narrativa combina ação, suspense e drama psicológico, tornando a história mais madura do que as adaptações anteriores, como o criticado “Batman & Robin” de 1997.
Produção e inovação técnica
Christopher Nolan e o roteirista David S. Goyer optaram por uma abordagem realista e sombria, com foco na psicologia dos personagens e na coerência do mundo apresentado. As filmagens ocorreram principalmente na Inglaterra e em Chicago, utilizando efeitos práticos, miniaturas e computação gráfica com moderação. Essa escolha conferiu autenticidade às cenas de ação e às sequências com o novo Batmóvel, chamado Tumbler, e a moderna armadura do Batman, projetada para mobilidade e proteção.
O orçamento do filme foi de aproximadamente 150 milhões de dólares, e o investimento se refletiu em detalhes de cenografia, figurino e efeitos visuais que ajudam a construir Gotham como uma cidade crível e ameaçadora. A atenção aos detalhes faz de “Batman Begins” um filme visualmente impressionante, que combina grandiosidade e intimismo em suas cenas.
Sucesso crítico e legado
“Batman Begins” foi um sucesso de crítica e bilheteria. Lançado em 15 de junho de 2005 nos Estados Unidos e Canadá, arrecadou mais de 48 milhões de dólares na semana de estreia e totalizou 373 milhões internacionalmente. No site especializado Rotten Tomatoes, o filme possui 85% de aprovação, com críticos elogiando o tom sombrio, a abordagem realista e a profundidade emocional de Bruce Wayne.
O filme deu início à aclamada trilogia de Nolan, seguida por “Batman: O Cavaleiro das Trevas” (2008) e “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge” (2012). A abordagem de Nolan redefiniu a franquia, mostrando que filmes de super-herói poderiam ser sombrios, complexos e emocionalmente ressonantes, abrindo caminho para uma nova era do gênero no cinema.
















