Foto: Reprodução/ Internet

Nesta semana, Selton Mello deu aquele presente que os fãs adoram: um vídeo íntimo, descontraído e cheio de momentos engraçados dos bastidores de Anaconda, o novo reboot da franquia que marcou gerações e agora renasce em Hollywood com uma mistura improvável de humor, terror e ação. O ator brasileiro, que estrela o longa ao lado de Jack Black, Paul Rudd, Steve Zahn, Thandiwe Newton e Daniela Melchior, mostrou o clima de irreverência que tomou conta da produção desde o início das filmagens.

Meu momento favorito: mostrar o que acontece por trás das câmeras. Com Anaconda, não foi diferente”, escreveu Selton na legenda. O vídeo, claro, viralizou em minutos. Não só pela curiosidade natural em torno de uma superprodução hollywoodiana, mas pelo carisma e pelo olhar genuíno que Selton imprime ao gravar esse tipo de conteúdo. Ele não mostra apenas o set — mostra a energia das pessoas que constroem aquele universo.

E energia, ali, é o que não falta.

Um reboot que não tenta ser sério — e é justamente aí que mora o charme

Dirigido por Tom Gormican e escrito por ele ao lado de Kevin Etten, o novo filme já nasce com uma proposta assumida: é uma comédia de terror escrachada, que abraça o exagero do original de 1997 e se diverte com isso. Esqueça o suspense sombrio ou a tensão constante. Aqui, o espírito é outro, quase como se o filme desse uma piscada para o público o tempo todo, lembrando que ninguém precisa levar nada tão a sério.

O enredo gira em torno de Doug (Jack Black) e Griff (Paul Rudd), dois amigos que, enfrentando crises típicas da meia-idade, decidem viajar até a Amazônia para recriar o longa que marcou a juventude deles. A ideia já seria absurda por si só, mas fica ainda mais caótica quando uma anaconda gigantesca — dessa vez real — aparece, transformando o sonho de fazer cinema num pesadelo hilário.

O próprio trailer, lançado pela Sony no fim de setembro de 2025, já mostrava o tom: piadas autorreferenciais, escorregões, sustos inesperados e uma cobra gigante que parece tão interessada em devorar quanto em provocar reações cômicas. É autossátira na veia, um tipo de humor que só funciona quando todos os envolvidos estão no mesmo espírito. E, pelo vídeo de Selton, estão.

Nos bastidores, Selton vira o “elo de ligação” entre caos e camaradagem

No vídeo postado nas redes, Selton aparece totalmente integrado à equipe e, principalmente, ao elenco. A troca dele com Paul Rudd chama atenção: os dois riem de improvisos, conversam como se fossem amigos de longa data e parecem ter encontrado um ritmo próprio. Rudd, com seu humor leve e eterno ar de surpresa, funciona quase como uma dupla de comédia com Selton, que responde com uma naturalidade impressionante para quem está filmando seu maior projeto internacional.

Com Jack Black, o clima é ainda mais escrachado. Em vários trechos, Jack brinca com Selton, tenta fazer o brasileiro repetir palavras e frases gringas com sotaque perfeito e, claro, esbarra em expressões cariocas que ele não consegue pronunciar por nada. Selton, por sua vez, tenta ensinar — mas desiste rápido ao perceber que a gargalhada é mais eficiente do que a aula.

O vídeo também mostra momentos técnicos que sempre fascinam o público: a gigante cabeça animatrônica da cobra descansando ao lado de uma mesa de almoço, ensaios com tela verde, operadores de efeitos especiais manipulando estruturas enormes e cenas caóticas gravadas no meio de uma “Amazônia hollywoodiana”. Selton observa tudo com aquele humor fino que o público brasileiro conhece bem — e isso dá ao material um toque de brasilidade no meio do caos.

Um brasileiro no centro da ação — e sem perder a essência

A escalação de Selton Mello sempre chamou atenção, principalmente por ser algo raro na carreira dele, que é marcada por escolhas cuidadosas e personagens densos. No filme, ele interpreta Santiago Braga, um guia local que tenta conduzir Doug, Griff e seus amigos com alguma sensatez, mas rapidamente percebe que está lidando com um grupo que atrai confusão como ninguém.

Santiago é um personagem que permite a Selton explorar tanto o humor quanto a emoção — e o ator parece confortável demais nessa mistura. Ele transita entre a ironia fina e momentos de vulnerabilidade, dando um toque humano a um filme que, na maior parte do tempo, flerta com o absurdo planejado.

Para os brasileiros, ver Selton nesse contexto é mais que representatividade. É uma confirmação de que seu talento atravessa fronteiras sem perder identidade. Ele fala português nos bastidores, brinca com a equipe, improvisa e mantém um tom que só ele tem. É o Brasil dentro da floresta hollywoodiana — e isso dá ao reboot uma camada inesperada de autenticidade.

A equipe abraça o absurdo e o transforma em virtude

Produzido pela Columbia Pictures e pela Fully Formed Entertainment, o reboot foi pensado como uma grande carta de amor — e de zoeira — ao original. Brad Fuller e Andrew Form, responsáveis por franquias clássicas do terror, mergulharam fundo no tom de comédia metalinguística que Gormican queria.

Nos bastidores, Fuller chegou a comentar que a intenção jamais foi competir com o filme de 1997, mas “rir com ele, não dele”. E isso se reflete em tudo: da atuação exagerada ao design da anaconda, que mistura terror e humor de forma quase caricata.

Parte desse charme também vem dos efeitos práticos. Mesmo com CGI de ponta, o filme usa bonecos gigantescos que exigem cinco, seis operadores ao mesmo tempo. No vídeo de Selton, há um momento tão espontâneo quanto revelador: a equipe tentando ajustar uma das presas da anaconda mecânica enquanto o ator comenta, rindo, que “o glamour de Hollywood é muito superestimado”.

Primeiras imagens e trailer só aumentaram a expectativa

Quando a revista People publicou as primeiras fotos oficiais em 16 de setembro de 2025, o público mergulhou na nostalgia. Ver Jack Black coberto de lama, Paul Rudd fugindo de uma câmera que parece ter vontade própria e Selton Mello com expressão de quem perdeu a paciência antes do café da manhã criou um imediatismo raro: todos já queriam assistir ao filme.

No dia seguinte, a Sony divulgou o trailer. A recepção foi explosiva. O público entendeu imediatamente a proposta — não é terror puro, não é apenas comédia, e definitivamente não é algo que precise ser levado a sério. É entretenimento puro. É exagero com propósito.

E no meio de tudo isso, Selton aparece firme, divertido e totalmente encaixado naquele universo caótico.

Um lançamento para fechar 2025 com leveza e risadas

O filme estreia no Brasil em 25 de dezembro de 2025, chegando como uma opção divertida para o fim de ano — exatamente quando o público busca leveza, humor e aquela sensação de “vamos aproveitar o momento”. A Sony aposta alto no projeto e deve investir em campanhas globais, entrevistas conjuntas e, claro, mais vídeos de bastidores que mostram a alma da produção.

Se depender do que Selton Mello mostrou — e da sintonia evidente entre o elenco — o longa-metragme tem tudo para ser um dos títulos mais comentados do período. Não apenas pelo absurdo calculado, mas pela forma carinhosa como a equipe parece abraçar esse absurdo.

Esdras Ribeiro
Além de fundador e editor-chefe do Almanaque Geek, Esdras também atua como administrador da agência de marketing digital Almanaque SEO. É graduado em Publicidade pela Estácio e possui formação técnica em Design Gráfico e Webdesign, reunindo experiência nas áreas de comunicação, criação visual e estratégias digitais.

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