
Nesta quinta-feira, 30 de outubro, a Sessão da Tarde da TV Globo traz de volta às telas uma história que emociona, inspira e provoca reflexões sobre coragem, fé e determinação: Soul Surfer – Coragem de Viver. O filme, lançado em 2011, acompanha a trajetória de Bethany Hamilton, jovem surfista que enfrentou um desafio inimaginável e transformou sua vida em exemplo de superação.
Um talento precoce e uma paixão pelo mar
Bethany Hamilton nasceu em Kauai, Havaí, em uma família apaixonada pelo surfe. Filha de Tom e Cheri Hamilton, ela cresceu cercada pelo oceano e pela cultura das ondas. Desde muito jovem, Bethany demonstrou um talento excepcional, tornando-se referência entre os jovens surfistas locais. Sua rotina diária era marcada por treinos intensos, dedicação e um amor profundo pelo esporte, que logo indicava uma carreira promissora.
Ao lado de sua melhor amiga, Alana Blanchard, Bethany compartilhava não apenas habilidades sobre a prancha, mas também sonhos de se tornar profissional. Juntas, elas conquistavam espaço nas competições, inspirando colegas e familiares com sua determinação e coragem. Para Bethany, o surfe não era apenas um hobby: era sua vocação, seu estilo de vida e a fonte de grandes conquistas e aprendizados.
O ataque que mudou tudo
Em outubro de 2003, durante um treino com seu pai e o irmão de Alana, Bethany sofreu um ataque devastador de um tubarão, que a feriu gravemente no braço esquerdo. O incidente poderia ter terminado com sua carreira antes mesmo de começar, mas, felizmente, ela sobreviveu. No entanto, o trauma trouxe consequências profundas: além da dor física, Bethany precisaria enfrentar uma nova realidade, agora sem um dos braços, e aprender a se reconectar com seu maior amor — o oceano.
O ataque deixou marcas que iam além do corpo. Medo, insegurança e dúvidas sobre seu futuro profissional passaram a acompanhar a jovem. Muitos poderiam ter desistido diante de uma adversidade tão intensa, mas Bethany decidiu que a vida e os sonhos mereciam ser retomados, mesmo que de uma forma diferente.
Superação e fé
O ponto central do drama americano é mostrar a resiliência e a força interior de Bethany. Com a ajuda da família, amigos e fãs, ela inicia um processo de recuperação física e emocional que exige paciência, coragem e determinação. A protagonista aprende a adaptar seu corpo e suas técnicas de surfe, encontrando novas maneiras de se equilibrar e pegar ondas.
O filme dirigido por Sean McNamara consegue capturar não apenas os desafios físicos, mas também o lado emocional da história. AnnaSophia Robb, que interpreta Bethany, entrega uma performance sensível, mostrando vulnerabilidade e coragem de forma realista. Helen Hunt e Dennis Quaid interpretam os pais, oferecendo performances comoventes de amor e dedicação. Já Lorraine Nicholson, como Alana Blanchard, representa a amizade que fortalece e inspira durante os momentos mais difíceis.
A fé também desempenha papel central na narrativa. Bethany, uma jovem cristã, encontra na espiritualidade a força para enfrentar o trauma e acreditar que ainda é possível perseguir seus sonhos. Essa dimensão espiritual do filme acrescenta profundidade à história, tornando-a não apenas um relato de superação física, mas também emocional e espiritual.

Produção que captura a essência da história
A produção de Soul Surfer começou alguns anos após o ataque de Bethany, baseada em sua autobiografia Soul Surfer: A True Story of Faith, Family, and Fighting to Get Back on the Board, publicada em 2004. O filme buscou recriar com fidelidade os acontecimentos reais, incluindo trechos com imagens de arquivo da própria Bethany e de sua amiga Alana. Essa escolha reforça o caráter realista da obra e aproxima o público da vida da surfista.
As filmagens ocorreram no Havaí, captando a beleza natural das ondas e praias que moldaram a trajetória de Bethany, e no Taiti, para cenas adicionais. O cuidado com a ambientação e a autenticidade tornou a experiência cinematográfica ainda mais envolvente, permitindo que os espectadores sentissem a força do oceano e o impacto do acidente que transformou a vida da protagonista.
O sucesso de bilheteria e o impacto cultural
Lançado em 8 de abril de 2011 nos Estados Unidos e Canadá, Soul Surfer estreou em 2.214 cinemas e arrecadou US$ 10,6 milhões apenas no fim de semana de estreia. No total, o filme faturou US$ 47,1 milhões em bilheteria, superando seu orçamento de US$ 18 milhões. Apesar de críticas mistas, o público abraçou a história, principalmente jovens e mulheres, que representaram 80% do público inicial.
Além de seu desempenho comercial, o filme teve impacto cultural significativo. Ele inspirou jovens a acreditarem em seus sonhos, mostrou a importância da resiliência e destacou o surfe feminino, incentivando mais meninas a se aventurarem no esporte profissional. A trajetória de Bethany se tornou referência para todos que enfrentam adversidades e buscam força para seguir em frente.





