
Nesta sexta-feira, 31 de outubro — justamente no Dia das Bruxas — a Sessão da Tarde da TV Globo mergulha no clima sombrio e encantador de Convenção das Bruxas, um remake repleto de fantasia, humor e sustos na medida certa. O filme, dirigido por Robert Zemeckis, promete divertir e emocionar toda a família com uma história que mistura aventura, magia e lições de coragem, enquanto celebra um dos contos mais queridos da literatura infantil mundial, criado por Roald Dahl.
A trama acompanha um garoto curioso de apenas sete anos que, ao lado de sua avó, acaba se hospedando em um luxuoso hotel onde, por coincidência (ou destino), acontece uma misteriosa reunião de mulheres excêntricas. O que ele não imagina é que essas mulheres, na verdade, são bruxas disfarçadas — lideradas por uma figura imponente e assustadoramente elegante interpretada por Anne Hathaway, que dá vida à temida Grande Rainha das Bruxas. O plano delas é tão cruel quanto engenhoso: transformar todas as crianças do mundo em ratos.

Um conto sombrio com coração e imaginação
O enredo começa com um garoto que, após a perda trágica dos pais em um acidente de carro, passa a viver com a avó (interpretada pela premiada Octavia Spencer) na pacata cidade de Demopolis, no Alabama. A relação entre os dois é o coração do filme — uma combinação de afeto, cumplicidade e força. A avó, uma mulher sábia e espirituosa, tenta curar a dor do neto com amor e histórias fantásticas, entre elas, os contos sobre bruxas que odeiam crianças.
Certo dia, em uma ida ao supermercado, o menino (vivido com carisma por Jahzir Bruno) cruza com uma mulher estranha de sorriso congelado e luvas impecáveis. A avó, imediatamente, percebe o perigo e o alerta: “Ela é uma bruxa”. Decidida a protegê-lo, ela o leva para um hotel de luxo, acreditando que seria o último lugar onde as bruxas atacariam — afinal, segundo ela, essas criaturas detestam crianças pobres.
Mas o que era para ser um refúgio transforma-se em um pesadelo: o hotel é o ponto de encontro de uma “Convenção Contra a Crueldade com Crianças”, que na verdade é uma convenção secreta de bruxas. Ali, o garoto descobre o terrível plano da Grande Rainha das Bruxas: transformar todos os pequenos do mundo em ratos, criaturas desprezadas e fáceis de eliminar.
O que se segue é uma aventura repleta de reviravoltas, coragem e ternura. O menino, agora transformado em rato, precisa usar sua inteligência e bravura para impedir o plano das bruxas — contando com a ajuda da avó e de outros pequenos que também foram vítimas da maldição.
Anne Hathaway: uma bruxa carismática e assustadora
Um dos grandes atrativos do filme é, sem dúvida, a performance de Anne Hathaway. A atriz vencedora do Oscar entrega uma atuação teatral e magnética, misturando charme, humor e um toque de loucura. Sua Grande Rainha das Bruxas é uma figura que fascina e amedronta na mesma medida: com gestos extravagantes, um sotaque afetado e expressões de pura malícia, Hathaway domina cada cena.
O visual da personagem também é um espetáculo à parte. A equipe de maquiagem e efeitos visuais trabalhou para criar uma aparência perturbadora: a boca da bruxa se abre de forma surreal, revelando fileiras de dentes afiados — uma escolha estética que gerou debates nas redes sociais, mas que dá ao filme uma identidade marcante.
Hathaway comentou, em entrevistas, que se inspirou em figuras do cinema clássico e até em vilãs da Disney para compor a personagem. Seu desempenho é uma homenagem aos grandes papéis do cinema de fantasia, equilibrando o terror e o humor de forma impecável.

Octavia Spencer e Jahzir Bruno: emoção e ternura
A dupla Octavia Spencer e Jahzir Bruno dá ao filme um núcleo emocional poderoso. Spencer, que já havia conquistado o público em produções como Histórias Cruzadas e A Forma da Água, traz para a avó uma presença calorosa, sábia e espirituosa. Sua personagem representa o amor incondicional, a coragem e a fé — valores que se tornam as verdadeiras armas contra o mal.
Jahzir Bruno, por sua vez, entrega uma performance cativante, cheia de curiosidade e doçura. Sua transformação em rato — tanto literal quanto metafórica — simboliza o poder da adaptação, da persistência e da inteligência infantil diante do perigo.
O elo entre os dois é o que sustenta o filme e o diferencia de outras produções do gênero: é uma história sobre família, perda, superação e amor disfarçada de conto de bruxas.
Um remake com assinatura de peso
Dirigido por Robert Zemeckis, responsável por clássicos como De Volta para o Futuro e Forrest Gump, o filme traz o DNA de um cineasta apaixonado por narrativas inventivas e efeitos visuais. O roteiro, escrito em parceria com Guillermo del Toro (de O Labirinto do Fauno) e Kenya Barris (Black-ish), combina fantasia sombria com humor e emoção.
O resultado é um espetáculo visual que mantém o espírito do livro original de Roald Dahl, mas o adapta para uma nova geração. Enquanto o filme de 1990 apostava em efeitos práticos e um tom mais sombrio, o remake de Zemeckis adota uma estética vibrante e moderna, com computação gráfica detalhada e uma ambientação luxuosa que remete aos anos 1960.
A trilha sonora, assinada por Alan Silvestri — parceiro de longa data de Zemeckis —, ajuda a equilibrar o clima de tensão e leveza. Os arranjos orquestrais pontuam tanto os momentos de mistério quanto as cenas emocionantes entre o menino e a avó.
Das páginas de Roald Dahl para as telas
O filme é baseado no livro The Witches, publicado em 1983 pelo escritor britânico Roald Dahl, autor de clássicos como A Fantástica Fábrica de Chocolate e Matilda. Dahl sempre foi conhecido por suas histórias que mesclam humor ácido, fantasia e crítica social — elementos que também estão presentes neste conto.
Em Convenção das Bruxas, ele aborda temas como preconceito, aparência, medo e inocência infantil, usando o sobrenatural como metáfora para os males do mundo real. A figura da bruxa, por exemplo, representa o perigo disfarçado sob uma aparência sedutora — uma lição sobre como o mal pode se esconder nas formas mais inesperadas.
O primeiro filme, lançado em 1990 e estrelado por Anjelica Huston, tornou-se um clássico cult, lembrado por suas maquiagens assustadoras e pelo tom mais sombrio. O remake de 2020 presta homenagem ao original, mas oferece uma nova leitura, mais colorida, acessível e emocionalmente envolvente.
Filmagens e curiosidades de bastidores
As filmagens de “Convenção das Bruxas” começaram em maio de 2019, passando por locais como Alabama, Geórgia, o Warner Bros. Studios em Leavesden (Inglaterra) e Virginia Water Lake, em Surrey. O cenário do hotel — uma mistura de elegância retrô e mistério — foi inteiramente construído em estúdio, com riqueza de detalhes que remetem ao glamour dos anos 1960.
Durante as gravações, o filme enfrentou um incidente inesperado: um membro da equipe foi ferido em um estúdio, o que chamou a atenção da imprensa britânica, mas felizmente não comprometeu a produção.
A estreia estava programada para os cinemas em 2020, mas a pandemia da COVID-19 fez o estúdio repensar a estratégia. O longa acabou estreando diretamente na HBO Max, nos Estados Unidos, em 22 de outubro de 2020, tornando-se um dos títulos mais assistidos da plataforma naquele ano.
Nos cinemas internacionais, o filme foi lançado em países selecionados, arrecadando US$ 4,9 milhões na primeira semana e US$ 29,3 milhões no total — números expressivos para um lançamento híbrido em tempos de pandemia.
Assista ao filme
Se você perder a exibição de Convenção das Bruxas na Sessão da Tarde ou quiser reviver essa aventura cheia de magia e emoção, o longa também está disponível no Prime Video. Na plataforma, é possível assistir online ou adquirir o filme digitalmente a partir de R$ 29,90, garantindo que a história encantadora da Grande Rainha das Bruxas, do corajoso garoto e de sua avó possa ser revisitadas sempre que desejar.
















