A última Sessão da Tarde do ano promete aquecer os corações e arrancar sorrisos do público. Nesta quarta-feira, 31 de dezembro, a TV Globo exibe “Destinos Traçados” (About Fate), uma comédia romântica que aposta no poder das coincidências, nos tropeços do amor e na velha — e sempre encantadora — ideia de que algumas pessoas simplesmente estavam destinadas a se encontrar. Leve, divertida e com aquele clima acolhedor típico das tardes da Globo, o filme surge como a escolha perfeita para acompanhar o público em um dia marcado por despedidas, reflexões e novos começos.

A história acompanha Margot e Griffin, dois românticos assumidos que acreditam fielmente no amor verdadeiro, mesmo quando a realidade insiste em provar o contrário. Margot trabalha como corretora de imóveis e vive pressionada por expectativas pessoais e familiares. Às vésperas do casamento da irmã, ela sonha em estar noiva de seu namorado Kip, como se isso fosse a confirmação de que sua vida está no caminho certo. Já Griffin é um advogado gentil e sensível, que planeja pedir sua namorada Clementine, uma influenciadora e modelo, em casamento. Ambos têm planos, certezas e uma visão bem definida do futuro — ou pelo menos acham que têm.

O que eles não esperavam era que seus pedidos de noivado se transformassem em momentos constrangedores e frustrantes. Em vez de lágrimas de alegria e alianças brilhando, surgem dúvidas, silêncios desconfortáveis e a dolorosa percepção de que nem sempre o amor corresponde às nossas expectativas. Esses fracassos, que acontecem praticamente ao mesmo tempo, funcionam como o ponto de partida para a reviravolta da história.

Abalado e decidido a esquecer a noite desastrosa, Griffin sai para beber com os amigos na véspera de Ano-Novo. Entre um copo e outro, completamente perdido emocionalmente — e também no sentido literal — ele acaba indo parar no endereço errado. O destino, ou talvez apenas uma grande ironia do universo, faz com que ele chegue justamente à casa de Margot. O encontro entre os dois é tão inesperado quanto embaraçoso, rendendo situações caóticas, diálogos rápidos e um clima de estranhamento que logo se transforma em curiosidade.

É nesse momento que Margot tem uma ideia impulsiva: convida Griffin para fingir ser seu namorado e acompanhá-la ao casamento da irmã. A proposta nasce quase como uma solução prática para evitar explicações desconfortáveis à família, mas rapidamente se transforma em algo maior. O que era para ser apenas um acordo temporário dá início a uma sequência de acontecimentos divertidos, cheios de confusões, mal-entendidos e momentos de aproximação genuína.

À medida que convivem mais de perto, Margot e Griffin passam a se conhecer de verdade. Eles compartilham frustrações, sonhos não realizados, inseguranças e expectativas que nunca tiveram coragem de admitir. O filme acerta ao mostrar que a conexão entre eles não surge de forma instantânea ou idealizada, mas cresce aos poucos, em meio a conversas sinceras e situações absurdas que só a vida — ou uma boa comédia romântica — é capaz de proporcionar.

“Destinos Traçados” não tenta fugir dos clichês do gênero, e esse é justamente um de seus maiores acertos. O longa abraça os elementos clássicos das comédias românticas: encontros por acaso, fingimento que vira sentimento, famílias curiosas, momentos de dúvida e aquela sensação constante de que o amor verdadeiro pode estar mais perto do que imaginamos. Tudo isso é apresentado com leveza e bom humor, sem a pretensão de reinventar o romance, mas com a intenção clara de entreter e emocionar.

O elenco contribui bastante para o charme do filme. Emma Roberts entrega uma Margot carismática, vulnerável e fácil de se identificar, especialmente para quem já se sentiu pressionado pelo tempo ou pelas expectativas alheias. Thomas Mann, no papel de Griffin, foge do estereótipo do galã perfeito e constrói um personagem sensível, gentil e cheio de falhas, o que o torna ainda mais real. Britt Robertson, como Clementine, traz camadas interessantes à história, evitando que sua personagem seja apenas uma vilã romântica. Já Wendie Malick acrescenta experiência e timing cômico, garantindo alguns dos momentos mais espirituosos da trama.

A direção de Marius Vaysberg mantém o ritmo leve e fluido, ideal para uma exibição vespertina. O filme não se arrasta nem tenta aprofundar excessivamente os conflitos, respeitando a proposta de ser um entretenimento confortável, daqueles que podem ser assistidos sem grandes expectativas, mas que acabam surpreendendo pela doçura e pelo clima acolhedor.

Para o público brasileiro, a dublagem também merece destaque. Com vozes conhecidas como Rodrigo Andreatto, Cecília Lemes, Priscila Franco, Thiago Zambrano e Andressa Andreatto, a versão dublada torna a experiência ainda mais acessível e agradável, algo fundamental para o sucesso de um filme exibido na Sessão da Tarde.

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Esdras Ribeiro
Além de fundador e editor-chefe do Almanaque Geek, Esdras também atua como administrador da agência de marketing digital Almanaque SEO. É graduado em Publicidade pela Estácio e possui formação técnica em Design Gráfico e Webdesign, reunindo experiência nas áreas de comunicação, criação visual e estratégias digitais.

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