Sessão da Tarde | Globo exibe a comédia Até Que a Sorte Nos Separe nesta terça (19/08)

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A Sessão da Tarde desta terça-feira, 19 de agosto de 2025, promete arrancar gargalhadas e também provocar reflexões com a exibição de um dos maiores sucessos do cinema nacional dos últimos anos: Até Que a Sorte Nos Separe, dirigido por Roberto Santucci e estrelado por Leandro Hassum e Danielle Winits. Lançado em 2012, o longa conquistou o público por sua mistura irresistível de humor, crítica social e situações cotidianas que, mesmo exageradas, se aproximam da realidade de muitas famílias brasileiras.

Inspirado no livro “Casais Inteligentes Enriquecem Juntos”, de Gustavo Cerbasi, o filme mostra como a vida pode mudar de forma radical após um prêmio milionário – e como a falta de planejamento pode transformar um sonho em um verdadeiro pesadelo. Mais de uma década depois, a obra continua atual justamente por tocar em um tema universal: a relação das pessoas com o dinheiro e o impacto que ele tem nas relações familiares.

O enredo: quando a sorte vira maldição

A trama acompanha a história de Tino (Leandro Hassum) e Jane (Danielle Winits), um casal de classe média que, da noite para o dia, vê a vida mudar completamente ao ganhar 100 milhões de reais na Mega-Sena. De repente, o personal trainer e a dona de casa passam a viver em meio ao luxo, cercados por viagens, carros importados e mansões. Porém, o que parecia ser o passaporte para uma vida de tranquilidade se transforma em uma grande armadilha. Sem qualquer noção de planejamento financeiro, o casal gasta tudo em ostentação. Depois de 16 anos vivendo como “novos ricos”, eles descobrem que estão quebrados justamente no momento em que esperam o terceiro filho.

Desesperado e sem coragem de contar a verdade para Jane – que, por estar grávida, não poderia receber notícias ruins –, Tino começa a se meter em diversas trapalhadas para manter a farsa de que tudo continua bem. Nesse processo, ele recebe a ajuda do vizinho Amauri (Kiko Mascarenhas), um consultor financeiro metódico que, ironicamente, também enfrenta uma crise em seu casamento com Laura (Rita Elmôr). A convivência entre as duas famílias dá origem a situações hilárias, mas também abre espaço para reflexões sobre responsabilidade, consumo e os valores que realmente importam na vida.

Elenco carismático e momentos inesquecíveis

Se o roteiro de “Até Que a Sorte Nos Separe” já chama atenção, muito do sucesso do filme se deve ao carisma do elenco. Leandro Hassum dá vida a Tino com a energia cômica que o consagrou na televisão e no cinema. Sua capacidade de improviso e suas expressões exageradas transformam até os momentos de desespero em gargalhadas. Já Danielle Winits, em sua primeira protagonista no cinema, entrega uma Jane que vai além do estereótipo da “loira fútil”. Ela equilibra a personagem entre o glamour e a força de mãe, revelando camadas emocionais que tornam a trama mais próxima da realidade.

Outro destaque é Kiko Mascarenhas, que brilha como Amauri, o vizinho metódico que representa o contraponto ao jeito desorganizado de Tino. Sua química em cena com Rita Elmôr, que interpreta a esposa Laura, garante bons momentos. O elenco ainda conta com nomes como Aílton Graça (Adelson), Rodrigo Sant’Anna (Vander), Maurício Sherman (o tio bilionário Olavo) e a jovem Julia Dalavia, que vive Teté, a filha mais velha do casal. Esse time talentoso contribuiu para que a comédia ultrapassasse a marca de 3,4 milhões de espectadores nos cinemas, tornando-se um dos maiores sucessos nacionais de 2012 e rendendo continuações: “Até Que a Sorte Nos Separe 2” (2013) e “Até Que a Sorte Nos Separe 3” (2015).

Bastidores: improviso e autenticidade

O diretor Roberto Santucci, que já havia emplacado sucessos como “De Pernas pro Ar”, apostou em uma fórmula que mistura ritmo acelerado, situações cômicas e personagens carismáticos. Mas, em “Até Que a Sorte Nos Separe”, ele também inovou na forma de filmar. Para aproveitar ao máximo a espontaneidade de Leandro Hassum, as filmagens foram feitas com três câmeras simultâneas, o que permitia registrar as improvisações do ator sem precisar repetir tantas vezes as cenas.

“Os primeiros takes sempre são os mais frescos, os mais engraçados. O improviso tem essa naturalidade que conquista o público”, contou Santucci em entrevistas da época. As gravações ocorreram em janeiro e fevereiro de 2012, principalmente na zona sul do Rio de Janeiro, explorando cenários que reforçam o contraste entre a vida de ostentação e os momentos de simplicidade.

Dinheiro, consumo e família: reflexões por trás do riso

Embora seja uma comédia leve, o longa-metragem traz uma crítica clara ao comportamento consumista e à falta de educação financeira – temas cada vez mais discutidos no Brasil. A história de Tino e Jane dialoga com muitos brasileiros que sonham em “ficar ricos de repente”, mas não pensam em como administrar esse dinheiro. Ao retratar um casal que perde tudo justamente por não saber investir, o filme abre espaço para uma reflexão importante: a riqueza não está apenas em ter, mas em saber cuidar do que se tem.

Além disso, a trama reforça o valor da família e do amor verdadeiro, mostrando que, mesmo diante das dificuldades, é possível recomeçar. No fim das contas, a mensagem que fica é que o dinheiro pode facilitar a vida, mas não substitui os laços afetivos.

Onde assistir hoje

Além da exibição na Globo, o filme também está disponível em plataformas de streaming. Atualmente, o filme pode ser assistido no catálogo da Netflix, acessível por assinatura. Ou seja, quem perder a exibição na Sessão da Tarde pode rever a comédia a qualquer momento, seja sozinho, com a família ou até em uma maratona que inclua suas continuações.

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