
Nesta terça-feira, 7 de outubro de 2025, a Sessão da Tarde da TV Globo promete encantar o público com o filme “Elsa e Fred: Um Amor de Paixão” (2014). Dirigido por Michael Radford, o longa é uma refilmagem do clássico argentino de 2005 e traz uma bela história sobre segundas chances, amor maduro e a importância de viver intensamente em qualquer fase da vida.
Com um elenco estrelado liderado por Shirley MacLaine e Christopher Plummer, o filme combina emoção, humor e reflexões sobre o envelhecimento de maneira leve, tocante e inspiradora. É o tipo de história que faz rir, chorar e, sobretudo, repensar o valor das pequenas coisas que tornam a vida especial.
Uma história de amor que nasce do acaso
No enredo, conhecemos Elsa, uma mulher idosa, espirituosa e cheia de vida, que encara a idade apenas como um número. Viúva há muitos anos, ela continua acreditando no amor, nos sonhos e nas aventuras cotidianas, mesmo que às vezes suas ideias causem estranhamento nas pessoas ao seu redor.
Seu oposto é Fred, um homem solitário e rabugento, também viúvo, que acaba de se mudar para o mesmo prédio que Elsa. Reservado e metódico, Fred parece ter desistido de viver grandes emoções. Sua rotina se resume a medicamentos, visitas médicas e um cotidiano silencioso.
Os caminhos dos dois se cruzam de forma inesperada e, claro, desastrosa: Elsa provoca um pequeno acidente de trânsito ao bater o carro da filha de Fred, Lydia (interpretada por Marcia Gay Harden). Revoltada com o ocorrido, Lydia exige que Elsa arque com os custos do conserto. O filho de Elsa, preocupado, se prontifica a pagar pelos danos, mas, ao entregar o cheque ao novo vizinho, a idosa acaba contando uma história triste e inventada para sensibilizá-lo.
O resultado? Fred, comovido com o relato, recusa o dinheiro. E é justamente a partir desse encontro improvável que nasce uma amizade sincera – e um amor que transforma a vida dos dois para sempre.
Duas personalidades que se completam
O grande encanto de “Elsa e Fred – Um Amor de Paixão” está na química entre seus protagonistas. Elsa é pura energia, sonhadora e espontânea; Fred, por outro lado, é contido, cauteloso e preso ao passado. Essa dualidade cria uma dinâmica deliciosa de acompanhar, na qual cada um desperta no outro o que há de mais bonito.
Aos poucos, Fred vai se permitindo redescobrir a alegria de viver. Com o incentivo e a irreverência de Elsa, ele sai de sua zona de conforto e aprende a aproveitar novamente os prazeres da vida: um passeio ao ar livre, um jantar inesperado, uma dança, um beijo roubado.
Já Elsa, apesar de seu otimismo contagiante, também carrega medos e segredos. Ela vive com intensidade porque sabe que o tempo é curto e, por isso, decide realizá-lo como sempre sonhou — inclusive, recriar uma das cenas mais icônicas do cinema: o mergulho na Fontana di Trevi, em Roma, inspirado no clássico “A Doce Vida” (La Dolce Vita), de Federico Fellini.
Essa homenagem cinematográfica é um dos pontos altos do filme, simbolizando a liberdade, o amor e a coragem de viver plenamente.
Um olhar sensível sobre o envelhecimento
Diferente de muitas produções que retratam a velhice como um período de decadência ou solidão, “Elsa e Fred: Um Amor de Paixão” celebra o envelhecer com ternura e leveza. O filme mostra que o amor não tem idade e que sempre há tempo para recomeçar.
A relação entre Elsa e Fred é construída com gestos simples e olhares sinceros, sem precisar de grandes clichês românticos. Eles se apaixonam pela alma um do outro, e não pelas aparências. Essa abordagem humanizada faz o espectador se conectar facilmente com os personagens, enxergando neles o reflexo de seus próprios medos e desejos.
Além do romance, o longa também aborda temas universais, como o luto, a solidão, o medo de envelhecer e a importância das conexões humanas. Tudo isso é apresentado de forma delicada, com diálogos sensíveis e uma trilha sonora suave, que embala os momentos de humor e emoção.
Atuações marcantes de Shirley MacLaine e Christopher Plummer
Os veteranos Shirley MacLaine e Christopher Plummer são o coração do filme. A química entre os dois é natural e cheia de autenticidade, transmitindo uma cumplicidade rara nas telas.
MacLaine interpreta Elsa com brilho e energia, equilibrando humor, teimosia e ternura. Sua personagem é o retrato da mulher que se recusa a viver sob regras impostas pela idade. Já Plummer, em uma atuação sutil e emocionante, dá vida a Fred, um homem que se redescobre e aprende a abrir o coração novamente após anos de dor.
A interação entre ambos é tão convincente que o espectador esquece que está vendo uma ficção. Cada olhar, toque e sorriso carrega verdade e profundidade, o que transforma o filme em uma experiência genuinamente humana.
O elenco de apoio também brilha, com nomes como Marcia Gay Harden, Chris Noth e Wendell Pierce, que contribuem para dar ainda mais verossimilhança às relações familiares e ao cotidiano dos protagonistas.
















