Foto: Reprodução/ Internet

A Sony deu um passo daqueles que balançam o mercado: segundo o The Hollywood Reporter, o estúdio acabou de garantir os direitos da marca chinesa de brinquedos Labubu, um fenômeno absoluto entre colecionadores nos últimos anos. A notícia ainda está fresca, mas já acende o radar de quem acompanha o universo do entretenimento, especialmente porque Labubu é hoje uma das marcas mais comentadas no mundo dos designer toys.

Por enquanto, ninguém dentro da Sony confirma se o longa será live-action ou animação. O que sabemos é: a adaptação está acontecendo, mesmo que o estúdio ainda mantenha portas fechadas quando o assunto é enredo, direção ou cronograma. Mesmo assim, conversas internas já apontam um caminho mais óbvio — e quase inevitável: transformar Labubu em uma animação. Afinal, seu universo fantástico, suas criaturas fofas (mas cheias de personalidade) e o estilo visual inconfundível parecem feitos sob medida para isso.

O monstrinho fofo — e um pouco travesso — que conquistou o mundo

A história de Labubu é curiosa justamente porque ele não nasceu com a pretensão de ser um fenômeno global. Seu criador, o artista Kasing Lung, é nascido em Hong Kong, cresceu na Holanda e sempre buscou inspiração em lendas do folclore nórdico, histórias que ouviu na infância e elementos que misturam inocência, fantasia e aquele toque leve de estranhamento que faz tudo ficar mais interessante.

Labubu apareceu pela primeira vez em 2015, como parte da série The Monsters. Mas o grande salto veio com a parceria entre Lung e a gigante dos colecionáveis Pop Mart, em 2019. Com os blind boxes — aquelas caixinhas que escondem surpresas e fazem qualquer colecionador entrar em modo caça ao tesouro — o personagem ganhou o mundo. Se antes era um nicho, de repente Labubu virou assunto, virou coleção, virou flerte com a cultura pop global.

Entre janeiro e maio de 2025, o monstrinho chegou ao seu pico. Lojas lotadas, filas gigantes, lançamentos esgotados em minutos… e claro, uma enxurrada de vídeos, fotos e disputas amigáveis (e nem tão amigáveis assim) entre colecionadores nas redes sociais.

O segredo do design: fofura, esquisitice e muito carisma

Se você já viu um Labubu, sabe bem: não tem como confundir. Ele é fofinho, é travesso, é expressivo — e carrega uma estética que parece brincar com os limites entre o adorável e o estranho.

O jeitinho clássico da criatura inclui corpo pequeno e felpudo, olhos gigantes, orelhas pontudas e um sorriso cheio de dentes afiados que não chega a assustar, mas deixa claro que ele tem personalidade. Esse equilíbrio entre “aww” e “opa, que isso?” é exatamente o que fisga o público. Ele parece vir de um conto de fadas místico, mas com uma pegada moderna que conversa com todas as gerações.

Com o tempo, a família de Labubu cresceu. Hoje, nomes como Zimomo, Mokoko, Tycoco, Spooky e até o Pato já viraram queridinhos dos fãs — sempre em coleções temáticas que transformam cada lançamento em um evento.

E claro: tem o fator surpresa. Os blind boxes tornaram tudo mais emocionante. Você nunca sabe qual personagem vai tirar, o que cria aquela ansiedade gostosa e alimenta a troca de peças entre colecionadores que buscam completar séries inteiras.

E o filme? O que podemos esperar dessa adaptação?

Ainda não há detalhes sobre roteiro, personagens, tom ou direção. Mas algumas possibilidades surgem naturalmente quando pensamos no estilo de Labubu e no que seu universo permite explorar.

Uma delas é uma fantasia infantojuvenil cheia de imaginação. O mundo criado por Kasing Lung sempre flertou com elementos de sonho, natureza, magia e mistério. É fácil imaginar Labubu liderando uma aventura encantada, daquelas que misturam humor, emoção e descobertas.

Outra possibilidade é apostar em uma história sobre amizade, pertencimento e o processo de crescer — temas universais que sempre encontram espaço nas animações.

Há também espaço para uma abordagem mais artística e autoral, já que Lung é um artista com visão muito própria. Essa versão traria um visual fortíssimo, ambientações oníricas e um tom mais sensível e contemplativo.

Claro, não dá para descartar uma aventura cômica, considerando o carisma e a variedade de criaturas desse universo. Uma história leve, divertida e com bastante personalidade seria uma escolha natural.

Esdras Ribeiro
Além de fundador e editor-chefe do Almanaque Geek, Esdras também atua como administrador da agência de marketing digital Almanaque SEO. É graduado em Publicidade pela Estácio e possui formação técnica em Design Gráfico e Webdesign, reunindo experiência nas áreas de comunicação, criação visual e estratégias digitais.

COMENTE

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui