
Zootopia 2 não está apenas indo bem nos cinemas. O filme está fazendo história. Em seu quinto fim de semana em cartaz, a animação alcançou a impressionante marca de US$ 1,4 bilhão em bilheteria mundial, impulsionada por um desempenho gigantesco fora dos Estados Unidos, onde já soma mais de US$ 1 bilhão. Com isso, o longa se torna o primeiro filme de 2025 a atingir esse patamar e se consolida como o grande lançamento do ano.
O resultado coloca a produção em um lugar muito especial dentro da Disney. A sequência já é oficialmente o filme de animação americano mais lucrativo da história no mercado internacional. E a sensação é de que esse número ainda vai crescer. Tudo indica que, em pouco tempo, o longa deve ultrapassar Frozen II, que arrecadou US$ 1,45 bilhão, e assumir o posto de maior bilheteria da história da Disney Animation Studios. Um feito que reforça o tamanho da franquia e o carinho do público por esse universo.
Mas o sucesso não vem só dos números. O longa conquistou o público porque entrega exatamente o que se espera de uma grande sequência: uma história maior, mais ousada e emocionalmente mais profunda, sem perder o charme que fez o primeiro filme se tornar um clássico moderno.
A trama se passa logo após os acontecimentos do longa original. Judy Hopps e Nick Wilde agora são oficialmente parceiros na Polícia de Zootopia, mas a convivência não é tão simples quanto parece. As diferenças de personalidade dos dois continuam rendendo atritos, e uma operação desastrosa contra uma quadrilha de contrabando de tamanduás coloca a dupla na mira do Chefe Bogo. Como última chance, eles são obrigados a participar de sessões de terapia com a excêntrica Dra. Fuzzby, uma quokka que traz leveza e humor a um momento decisivo da relação dos dois.
É nesse contexto que Judy começa a desconfiar de algo muito maior. Durante a operação, ela encontra indícios da presença de uma cobra na cidade, algo considerado praticamente impossível dentro da lógica social de Zootopia. As pistas levam ao Baile Zootenário, evento que celebra os 100 anos da cidade e reúne sua elite política e social, incluindo a tradicional família Lincesley, descendente do fundador de Zootopia.
O que deveria ser apenas uma investigação discreta vira caos. Uma víbora misteriosa surge durante o evento, sequestra o patriarca Milton Lincesley e rouba um diário antigo que guarda segredos sobre as muralhas climáticas da cidade. A partir daí, Zootopia 2 muda de ritmo e assume um tom mais investigativo, político e emocional, sem jamais deixar de ser acessível para toda a família.
Injustamente acusados, Judy e Nick se tornam fugitivos e acabam entrando em regiões pouco vistas da cidade, como a Feira do Brejo, onde répteis vivem escondidos após terem sido apagados da história oficial de Zootopia. O filme acerta ao tratar temas como exclusão, preconceito e apagamento histórico de forma clara, mas sem ser pesado ou panfletário. Tudo é conduzido com humor, ritmo e sensibilidade.
No centro dessa grande conspiração está a revelação de que a verdadeira fundadora de Zootopia foi Agnes A’Cobra, uma réptil cujo legado foi roubado e apagado por gerações de poder. Essa virada dá peso emocional à narrativa e amplia o significado da cidade como símbolo de diversidade, algo que sempre esteve presente na essência da franquia.
Mesmo com uma trama ambiciosa, o coração do filme continua sendo a relação entre Judy e Nick. A parceria dos dois é colocada à prova diversas vezes, culminando em momentos de afastamento, reconciliação e amadurecimento. O desfecho, com a caneta de cenoura consertada e a declaração gravada de Nick, resume perfeitamente o espírito do filme, feito de afeto, confiança e crescimento.
O sucesso estrondoso de Zootopia 2 deixa claro que o público não queria apenas rever aqueles personagens, mas acompanhar sua evolução. A animação cresce junto com quem a assiste, entrega entretenimento de alto nível e ainda encontra espaço para discutir temas relevantes de forma leve e inteligente.
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