Superman lidera bilheteria nacional e consolida sucesso nos cinemas brasileiros

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Foto: Reprodução/ Internet

Sob a direção de James Gunn, Superman chega aos cinemas com força e sensibilidade, conquistando tanto o público quanto a crítica especializada. Com mais de 2,2 milhões de espectadores e uma bilheteria de R$ 47,1 milhões — incluindo sessões antecipadas nos dias 8 e 9 de julho — o longa já se consagra como o filme mais assistido do momento no Brasil.

A nova produção apresenta uma versão mais jovem de Clark Kent, em um momento de transição e descoberta. Trinta anos após ser enviado à Terra para escapar da destruição de Krypton, Kal-El vive como repórter em Metrópolis. Três anos após estrear como herói, ele se vê no centro de um conflito internacional, interferindo em uma guerra entre Borávia e Jarhanpur. A partir daí, passa a ser alvo de uma grande conspiração liderada por Lex Luthor, que utiliza um clone chamado Ultraman para incriminá-lo e virar a opinião pública contra ele.

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O protagonista é vivido por David Corenswet (Pearl, The Politician), que traz camadas de humanidade ao herói. Sua atuação equilibra fragilidade e força, especialmente quando Clark se vê forçado a se esconder na Fortaleza da Solidão, enquanto sua imagem é distorcida diante do mundo. A situação se intensifica quando Luthor invade o local e divulga uma mensagem manipulada dos pais kryptonianos de Superman, dando a entender que ele teria a intenção de dominar o planeta.

Enquanto isso, Lois Lane, interpretada por Rachel Brosnahan (The Marvelous Mrs. Maisel), emerge como uma figura de coragem e inteligência. Sua investigação, ao lado de Jimmy Olsen (Skyler Gisondo, de Licorice Pizza), revela a verdadeira natureza do plano de Luthor e ajuda a limpar o nome do herói. A química entre Clark e Lois é construída com delicadeza, revelando os dilemas emocionais de ambos.

O filme também marca o início de uma nova fase do universo DC nos cinemas, ao introduzir diversos personagens que compõem a futura Liga da Justiça. Entre eles estão o Lanterna Verde Guy Gardner (Nathan Fillion, de Castle), a Mulher-Gavião (Isabela Merced, de Dora e a Cidade Perdida), o Senhor Incrível (Edi Gathegi, de The Blacklist), Metamorfo (Anthony Carrigan, de Barry) e Supergirl (Milly Alcock, de House of the Dragon), prima de Clark. Juntos, eles ajudam a conter um buraco negro ativado por Luthor sobre Metrópolis, em uma sequência de ação com grande impacto visual e emocional.

O roteiro vai além da grandiosidade dos confrontos. Há espaço para momentos de introspecção, como as memórias de infância de Clark com seus pais adotivos, interpretados por Pruitt Taylor Vince (Agentes da S.H.I.E.L.D.) e Neva Howell (Stargirl). A aparição de Supergirl, em uma cena que mistura humor e frustração, revela uma família kryptoniana imperfeita e cheia de nuances.

Nicholas Hoult (The Great, Mad Max: Estrada da Fúria) entrega um Lex Luthor calculista e obcecado, que busca manipular não apenas os fatos, mas também a percepção coletiva sobre o que é ou não heroico. Sua atuação dá peso ao conflito ideológico do filme, que contrapõe os ideais de verdade e justiça com o cinismo do poder.

Outros nomes do elenco incluem Sara Sampaio (Crisis) como Eve Teschmacher, María Gabriela de Faría (Deadly Class) como Engenheira, Frank Grillo (Capitão América: O Soldado Invernal) como Rick Flagg Sr., Wendell Pierce (The Wire) como Perry White, Mikaela Hoover (The Suicide Squad) como Cat Grant, além de participações marcantes de Terence Rosemore, Christopher MacDonald, Beck Bennett e Anthony Carrigan.

James Gunn, que assina também a produção ao lado de Peter Safran, imprime seu estilo na condução da história, equilibrando ação, crítica política e emoção. A direção é segura, criativa e sensível, sem perder o ritmo ou o tom ao longo do filme. O longa inaugura uma nova fase da DC nos cinemas, com personalidade própria e uma visão coerente sobre o papel dos heróis em um mundo cético e em constante transformação.

Mais do que um retorno triunfante do Superman, o filme é um manifesto sobre a importância da esperança em tempos de desilusão. Em meio ao caos, o personagem de Clark Kent reafirma sua crença na humanidade — e, talvez, nos faça acreditar nela também.

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