“SuperPop” desta quarta (23/07) recebe Popó Freitas para uma conversa exclusiva com Luciana Gimenez

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Na vida, alguns enfrentam batalhas. Outros, constroem uma carreira inteira dentro delas. Nesta quarta-feira (23), o SuperPop, programa comandado por Luciana Gimenez na RedeTV!, abre espaço para uma conversa intensa, ao vivo, com um dos maiores nomes do esporte brasileiro: Acelino “Popó” Freitas. Um homem que aprendeu desde cedo que vencer exige muito mais do que força — exige resiliência.

No quadro “Palavra-Chave”, Popó vai revisitar momentos decisivos da sua trajetória. Mas, mais do que falar sobre vitórias, a noite promete revelar o ser humano por trás dos títulos. Um filho da periferia de Salvador que sonhou alto, caiu, se reergueu e transformou a dor em potência.

O menino da Cidade Nova

Antes de ser chamado de “Mão de Pedra”, Popó era apenas o Acelino da Cidade Nova, bairro simples de Salvador. Filho de Babinha, um ex-pugilista, e de Dona Zuleica, cozinheira conhecida pela melhor feijoada da vizinhança, ele cresceu em um casebre de menos de 7 metros quadrados — onde panos serviam de paredes e o futuro parecia estreito como o espaço onde dormia com os irmãos.

Foi alfabetizado por uma vizinha, Neuraci, e encontrou no boxe, aos 14 anos, um caminho improvável para mudar de vida. Seu irmão Luís Cláudio foi o primeiro a ver o talento escondido naquele garoto franzino. E assim, entre socos no saco de pancadas improvisado e lutas de rua que logo ganhariam regras e ringues, nascia o Popó que o Brasil aplaudiria de pé anos depois.

Um campeão forjado na dor e no foco

A carreira de Popó não foi feita de sorte. Foi feita de disciplina. De acordar cedo. De resistir à fome, à dúvida, aos comentários de quem dizia que o menino do bairro nunca daria em nada.

Com o tempo, vieram os cinturões, os aplausos, a fama. Tetracampeão mundial de boxe. Títulos conquistados nas quatro maiores organizações do mundo (WBO, WBA, WBC e IBF). Um cartel de 41 vitórias em 43 lutas, 34 delas por nocaute. Uma lenda viva do esporte brasileiro.

Mas por trás de cada soco bem dado, existia um peso ainda maior: o de segurar as pontas na vida pessoal.

Quando a luta não é só no ringue

A entrevista no SuperPop também vai abordar os momentos em que Popó sentiu o chão fugir. O fim de seu primeiro casamento com Eliana Guimarães foi um desses. A turbulência emocional refletiu diretamente na sua performance esportiva — e culminou em sua primeira derrota no boxe. Um baque que doeu mais do que qualquer gancho de direita.

Foi justamente nesse momento que ele entendeu: ou cuidava da vida fora dos ringues, ou o Popó dos ringues deixaria de existir. A reconciliação com a família e a própria história o colocou de novo nos trilhos. E o levou a mais uma vitória — dessa vez, mais interna do que pública.

Hoje, ele vive um novo capítulo ao lado de Emilene Juarez, nutricionista e influenciadora digital. Juntos, compartilham a rotina, os treinos e a criação dos filhos. Popó é pai de seis — Rafael, Igor, Iago, Gustavo, Juan e o caçula, Popozinho.

Uma fé que também nocauteia o medo

Apesar do perfil explosivo dentro do ringue, Popó é um homem sereno fora dele. De fala direta, mas coração aberto. Encontra conforto e equilíbrio em sua fé — é evangélico, frequentador da Igreja Batista Caminho das Árvores, em Salvador. Lá, segundo ele, aprendeu que não existe glória que supere a humildade.

E é essa mesma humildade que o faz retornar ao bairro onde cresceu, sempre que pode. Não apenas para visitar, mas para transformar. Lá, construiu um ginásio de treinamento, onde jovens da periferia podem encontrar no esporte uma rota alternativa ao abandono.

Uma história que virou série, livro, podcast

Em 2019, Popó teve sua vida contada na série “Irmãos Freitas”, exibida pelo canal Space e posteriormente em plataformas como HBO Max e Amazon Prime Video. A produção, dirigida por Sergio Machado e Aly Muritiba, mostra um Popó mais íntimo: o filho, o irmão, o amigo — o homem que lutou dentro e fora das cordas.

A sua trajetória também foi narrada com profundidade no livro “Com as Próprias Mãos”, do jornalista Wagner Sarmento, com prefácio de Galvão Bueno. Já na internet, Popó mostra sua versão mais descontraída e afiada no “PopodCast”, programa em que entrevista celebridades, analisa lutas e comenta bastidores do mundo esportivo — com direito a tretas, provocações e bom humor.

Realities, aprendizados e novas lutas

Popó também se aventurou no universo dos realities. Participou do Power Couple Brasil, ao lado de Emilene, e do Dancing Brasil, ambos da Record. Mesmo não indo longe nas competições, conquistou o público com carisma e sinceridade.

Mais do que vencer, Popó sempre parece disposto a aprender — seja em uma luta, numa eliminação ou num tropeço pessoal.

O SuperPop como palco da verdade

No programa desta quarta, a dinâmica “Palavra-Chave” vai puxar da memória de Popó tudo aquilo que não está nos vídeos das lutas ou nas manchetes esportivas. São histórias da infância, dos treinos, da família, dos medos e da fé. Histórias que constroem quem ele é — e que, em muitos casos, ainda permanecem desconhecidas do grande público.

Luciana Gimenez conduz o quadro com leveza, mas também com profundidade, buscando no olhar do lutador aquele brilho que não vem das medalhas, mas da superação.

Um ídolo com os pés no chão (e as mãos de pedra)

Aos 48 anos, Popó sabe que seu tempo nos ringues já passou. Mas sua história continua viva, pulsando, inspirando. Ele se tornou o que muitos atletas jamais conseguem ser: alguém que transcende o próprio esporte.

Não importa se o palco é um ginásio, um podcast, um livro ou um programa de televisão. Onde estiver, Popó carrega consigo a essência de quem nunca deixou de lutar — por si mesmo, pela família, por seus valores e por um futuro melhor para quem vem depois.

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