Foto: Reprodução/ SBT

No “The Noite” da próxima terça, 3 de setembro, Danilo Gentili receberá o jornalista e escritor Ullisses Campbell para uma conversa reveladora sobre o lançamento de seu novo livro, Francisco de Assis, o Maníaco do Parque. Conhecido por suas reportagens investigativas e livros de grande impacto, ele compartilhará detalhes chocantes sobre a trajetória do famoso assassino em série, oferecendo uma análise profunda da mente perturbada de Francisco de Assis.

O autor iniciará a entrevista trazendo à tona a história familiar de Francisco, um elemento crucial para entender a construção de sua personalidade. Segundo o autor, a mãe de Francisco, Maria Helena, atribui os atos do filho a uma “maldição” herdada de seu avô materno, João, que teria praticado ocultismo e rituais satânicos. “Ela acredita que foi uma maldição herdada do avô materno. Francisco diz que aprendeu muitas coisas com o avô. A mãe nega e diz que ele nunca nem conviveu com esse avô”, relatará o convidado, sublinhando a complexidade das influências familiares no comportamento do criminoso.

Outro episódio determinante, de acordo com o escritor, será um trauma escolar sofrido por Francisco durante a infância. Campbell narrará um incidente em que o futuro assassino foi humilhado em sala de aula: “A professora manda ele ler um texto na frente da sala e começam todos a rir dele, porque ele troca fonemas. Ele fica tão nervoso que começa a se urinar. Aí uma menina diz: ‘olha, ele está urinando’. A turma toda começa a rir aquele riso de escárnio, e ele teve um ataque de fúria, com sete ou oito anos, avançou em cima dessa menina e deu umas dentadas nela.” Esse episódio será descrito como um ponto de virada para Francisco, que começou a manifestar sinais de violência desde cedo.

Sobre o padrão de comportamento do Maníaco do Parque, que combinava crimes sexuais com assassinatos, Campbell trará à tona comparações com outras biografias que escreveu. Ele mencionará Suzane von Richthofen e Elize Matsunaga, que não apresentavam o mesmo padrão, mas destacará Flordelis como um caso semelhante. “A Flordelis, sim, ela tinha o que popularmente se chama ‘ninfomaníaca'”, explicará.

O autor também refletirá sobre a falha das autoridades em impedir os assassinatos cometidos por Francisco. “A maior aberração desse caso é que ele poderia ter sido detido muito antes de matar. Ele chegou ao cúmulo de matar a segunda vítima, descontar os cheques dela no banco, ser chamado na delegacia e falar que ela era uma namorada dele. Ele volta no parque, toca fogo no corpo dela e mata mais cinco mulheres depois.” Essa falha na investigação terá permitido que Francisco continuasse seus crimes por um longo período, o que contribuiu para o impacto de suas ações.

Ao analisar a mente de Francisco, ele destacará um aspecto psicológico curioso. Segundo ele, psicólogos e psiquiatras que estudaram o caso sugerem que o assassino tinha um desejo reprimido de ser mulher, o que o levou a matar suas vítimas. “No fundo, o sonho dele era ser uma mulher. Como ele não conseguia, ele passou a matar as mulheres que ele não conseguiu ser. Ele idealizou o tipo que ele queria ser: branca, baixinha, com as ancas grandes e o cabelo cacheado.”

O convidado da noite ainda mencionará outros criminosos que investigou, como Pedrinho Matador, ressaltando que ele foi um grande marqueteiro de si mesmo. “Ele não matou 100, ele matou 12. É muito, não estou diminuindo, mas ele não tem 100 homicídios. Ele era um grande engodo.” A psicanalista de Pedrinho, segundo Campbell, descreveu-o como “um mentiroso compulsivo”.

Ao comentar sobre Flordelis, outra de suas biografadas, o autor será incisivo: “Flordelis é o João de Deus de saia, porque ela usa a religião como nicho para cometer crimes… Ela merecia um Oscar de enganação, porque enganou o Rio de Janeiro inteiro.”

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