Zezé Motta, uma verdadeira força da expressão artística em suas múltiplas manifestações, encanta e inspira não apenas nos palcos e telas, mas também nos corações daqueles que têm o privilégio de presenciar sua apaixonante energia. Com uma trajetória que ultrapassa cinco décadas repletas de momentos memoráveis, ela continua a brilhar intensamente, iluminando nossas telas com sua presença magnética no episódio especial de “Tributo”, uma celebração marcante que será transmitida nesta sexta-feira, 10/05/2024, pela TV Globo.

Seu nome ecoa como uma lenda no cenário do cinema brasileiro, sendo imortalizado como a inesquecível Xica da Silva no filme dirigido por Cacá Diegues em 1976. Esse papel foi o ponto de partida para sua ascensão internacional, tornando-a uma figura amplamente reconhecida ao redor do mundo. “Alcançar os 78 anos me traz uma sensação única; há tantas histórias para compartilhar”, reflete Zezé, cujo talento artístico começou a florescer ainda na adolescência, marcado por um momento providencial em sua festa de formatura, onde um presente inesperado – uma bolsa para o renomado curso de teatro Tablado – pavimentou seu caminho nas artes cênicas.

No programa “Tributo”, Zezé revisita suas memórias afetuosas, homenageando figuras cruciais em sua jornada, como a saudosa Marília Pêra, que sugeriu seu nome artístico. Entre os muitos colaboradores que impulsionaram sua carreira musical estão Moraes Moreira, Rita Lee e Roberto de Carvalho. Ao lado de seu marido, ela assinou “Muito Prazer, Zezé”, uma canção que ressoou em seu álbum de estreia.

Contudo, o percurso de Zezé até o reconhecimento foi marcado por desafios. Desde enfrentar a censura da ditadura até críticas pela sua representação audaciosa do corpo, ela superou obstáculos para afirmar sua presença nos palcos e telas. No entanto, nada a afetou tanto quanto a falta de espaço para artistas negros. “Quando as coisas começaram a dar certo para mim, olhei ao redor e me perguntei: ‘onde estão todos?’. Éramos apenas alguns atores negros em cena, lutando por visibilidade”, lamenta Zezé, que se tornou uma voz ativa na luta pela representação negra, inclusive criando um banco de dados para atores negros.

Seu compromisso com a causa do protagonismo negro é elogiado por colegas e admiradores, incluindo grandes nomes como Antonio Pitanga, Camila Pitanga, Sheron Menezzes, Luís Miranda, Elisa Lucinda, Rita Batista e Léa Garcia, bem como pelo renomado diretor Cacá Diegues.

“Tributo” vai além de ser apenas uma série; é uma emocionante celebração em honra a uma das maiores artistas do Brasil. Com uma equipe talentosa liderada por Isadora Wilkinson e Lalo Homrich na redação, Antonia Prado na direção artística, Matheus Malafaia na direção e Mariano Boni na direção de gênero, o programa promete revelar os inúmeros matizes de uma carreira extraordinária e o impacto duradouro de Zezé Motta no cenário cultural brasileiro.

As informações são da TV Globo.

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