Foto: Atsushi Nishijima/Paramount+

No dia 21 de setembro de 2025, os fãs de dramas policiais terão um encontro marcado com uma das produções mais comentadas dos últimos anos. O serviço de streaming da Paramount prepara o lançamento da terceira temporada de Tulsa King, que atualmente é a sua série de maior impacto recente, e o trailer oficial já antecipou que o clima será ainda mais intenso, sombrio e imprevisível.

O retorno da trama é cercado de expectativas porque a produção não apenas consolidou audiência global em suas primeiras fases, mas também se tornou um fenômeno cultural ao colocar Sylvester Stallone no centro de uma narrativa televisiva de longo formato pela primeira vez em sua carreira.

O sucesso inesperado que virou fenômeno

Quando a série foi anunciada em 2022, havia curiosidade e até ceticismo. Afinal, como um astro acostumado a liderar franquias cinematográficas de ação reagiria ao ritmo de episódios semanais, recheados de diálogos densos, construção de personagens e arcos dramáticos mais longos?

O resultado surpreendeu. Logo no lançamento, a produção se destacou não só nos Estados Unidos, mas também em mercados internacionais, quebrando recordes de estreia e atraindo milhões de assinantes para a plataforma. Ao final da segunda temporada, o projeto já estava consolidado entre os mais assistidos em todo o mundo, registrando números impressionantes: mais de 21 milhões de visualizações globais apenas no episódio de estreia e interações nas redes sociais que cresceram quase 900% em relação ao ano anterior.

Esses dados não são apenas estatísticas: representam a prova de que o público abraçou a série de maneira apaixonada, transformando-a em assunto recorrente em grupos, fóruns e veículos especializados.

Um protagonista em reinvenção

A figura central da trama é Dwight Manfredi, apelidado de “The General”. Após passar 25 anos atrás das grades, o mafioso nova-iorquino é enviado para Tulsa, em Oklahoma, como parte de um acordo interno da organização criminosa. Longe das conexões que tinha em sua cidade natal, ele precisa recomeçar do zero em território hostil.

Esse deslocamento é o grande motor da narrativa: acompanhar um homem envelhecido, que já não encontra espaço em um mundo que mudou drasticamente, tentando reconstruir sua influência em um ambiente dominado por novas regras. Em Tulsa, Dwight recruta aliados improváveis, como um jovem motorista, o dono de um bar decadente e até um comerciante de maconha, que inicialmente foi vítima de extorsão e depois se tornou parceiro de negócios.

A cada episódio, o público mergulha não apenas em disputas violentas, mas também em dilemas pessoais: as tentativas frustradas de retomar laços familiares, o envolvimento amoroso com uma agente federal e a luta interna entre repetir os erros do passado ou buscar uma redenção tardia.

Foto: Atsushi Nishijima/Paramount+

A nova ameaça: os Dunmires

Na terceira temporada, os desafios de Dwight chegam ao ponto mais perigoso. O império que ele construiu começa a chamar atenção de forças muito maiores. Entre elas, surge a família Dunmire, clã poderoso e bilionário, acostumado a controlar Tulsa com métodos nada convencionais. Diferente da velha escola da máfia, eles não seguem regras, o que torna o confronto ainda mais imprevisível.

O enredo promete colocar Dwight diante de decisões extremas: lutar com todas as armas para preservar o que construiu ou aceitar que a cidade talvez seja grande demais para ele. Essa tensão promete render alguns dos episódios mais intensos já produzidos pela equipe.

Elenco de veteranos e novos talentos

O grupo de atores que dá vida à história é outro trunfo da produção. Nomes como Martin Starr, Jay Will, Annabella Sciorra, Neal McDonough, Robert Patrick, Beau Knapp, Bella Heathcote e Frank Grillo voltam a aparecer, mantendo a química que conquistou os fãs.

Além disso, a presença de Garrett Hedlund e Dana Delany adiciona mais densidade às tramas paralelas, explorando dilemas morais e relações familiares complexas.

Mas a grande novidade está na participação especial de Samuel L. Jackson, que viverá Russell Lee Washington Jr., personagem que servirá de ponte para o spin-off ambientado em Nova Orleans. Essa conexão amplia o universo da série e confirma a aposta da Paramount em expandir o projeto para além de uma única história.

A construção de um universo expandido

Assim como outras criações de Taylor Sheridan, a série ganhou força não apenas pelo arco principal, mas pela possibilidade de se tornar um ecossistema narrativo. O spin-off, batizado de NOLA King, já está em desenvolvimento e promete mostrar um novo recorte do submundo criminoso, explorando os contrastes culturais da Louisiana.

Essa estratégia segue o mesmo caminho de Yellowstone, que deu origem a produções derivadas de grande sucesso. A ideia é criar um conjunto de histórias que se complementam, mantendo o público sempre engajado e garantindo vida longa à franquia.

Bastidores e mudanças criativas

Nem tudo foi simples no desenvolvimento da produção. A primeira temporada contou com Terence Winter como showrunner, mas divergências criativas com Sheridan provocaram alterações. Na segunda fase, a direção criativa passou por ajustes e, agora, quem assume o comando é Dave Erickson, conhecido por trabalhos em séries de suspense e drama.

Essa transição nos bastidores mostra a busca por equilíbrio entre manter a essência original e oferecer novidades narrativas capazes de prender a atenção de uma audiência já acostumada a reviravoltas.

Outro detalhe interessante é a mudança de locações: enquanto a primeira temporada foi gravada em Oklahoma City, a segunda transferiu as filmagens para Atlanta, oferecendo maior estrutura de produção e variedade de cenários.

Recepção da crítica e dos fãs

Embora parte da imprensa tenha apontado fragilidades nos diálogos, o consenso é de que a atuação de Stallone elevou o nível da série. Sua entrega ao personagem, equilibrando brutalidade e vulnerabilidade, foi destacada como um dos pontos mais fortes.

O público, por sua vez, transformou a produção em culto. Grupos no Reddit, teorias no Twitter e vídeos no TikTok mantêm a narrativa viva mesmo fora da tela. A série já conquistou indicações em premiações importantes e figura constantemente nas listas de recomendações de dramas imperdíveis da atualidade.

O futuro

Com a nova temporada prestes a estrear e um spin-off já em desenvolvimento, fica claro que o universo iniciado em 2022 ainda tem muito a oferecer. A Paramount já sinalizou interesse em uma quarta temporada, o que indica que a trajetória de Dwight e de seus aliados deve continuar rendendo boas histórias.

Seja enfrentando velhos rivais, seja encarando novos inimigos, o certo é que o público terá muitos motivos para continuar acompanhando cada capítulo dessa saga.

Onde posso assistir?

Para quem ainda não conhece a trajetória de Dwight Manfredi, as duas primeiras temporadas estão disponíveis para maratonar. Para os fãs de longa data, setembro promete ser um mês de tensão, surpresas e, acima de tudo, de ver Stallone brilhar em um papel que já entrou para a história da TV contemporânea.

Esdras Ribeiro
Além de fundador e editor-chefe do Almanaque Geek, Esdras também atua como administrador da agência de marketing digital Almanaque SEO. É graduado em Publicidade pela Estácio e possui formação técnica em Design Gráfico e Webdesign, reunindo experiência nas áreas de comunicação, criação visual e estratégias digitais.

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