TV Aparecida exibe documentário inédito sobre Carlo Acutis, o primeiro santo da geração millennial

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Neste domingo, 27 de julho, às 16h, o programa Cine Família, da TV Aparecida, convida os brasileiros a fazer uma pausa na rotina e se emocionar com uma história real que tem inspirado pessoas do mundo inteiro — especialmente os jovens. O canal exibe, pela primeira vez na televisão aberta do país, o documentário “O Céu Não Pode Esperar”, uma produção espanhola que retrata a breve e luminosa vida de Carlo Acutis, o adolescente ítalo-britânico que será canonizado em setembro e se tornará o primeiro santo da geração millennial.

Carlo não viveu muito tempo — faleceu aos 15 anos, vítima de uma leucemia fulminante —, mas seu legado tem atravessado fronteiras, gerações e idiomas com uma força impressionante. E talvez o mais curioso: ele usou justamente a internet, esse espaço tão cheio de distrações, para falar sobre fé, amor e espiritualidade.

Uma santidade surpreendentemente moderna

Carlo nasceu em Londres, em 1991, mas cresceu em Milão. Era um adolescente como tantos outros: gostava de tecnologia, jogava videogame, adorava programar e sabia navegar com maestria pela internet. Mas havia algo em sua personalidade que o diferenciava. Ainda criança, começou a ir à missa por vontade própria, rezava o terço todos os dias e tinha uma ligação profunda com a Eucaristia.

Na era das redes sociais, dos vídeos curtos e da pressa, Carlo parecia caminhar na contramão — ou melhor, transformar esses meios em pontes para algo maior. Criou um site com mais de 100 milagres eucarísticos reconhecidos pela Igreja, organizou exposições virtuais e presenciais, e fez da tecnologia um instrumento de evangelização.

Ele dizia que “a internet não é ruim por si só; é como um carro: pode ser usado para ir a lugares maravilhosos ou para se perder”. E Carlo claramente escolheu o caminho certo.

A fé que brilhou até o fim

Em 2006, Carlo foi diagnosticado com leucemia. Não houve tempo para longos tratamentos ou despedidas elaboradas. Em pouco tempo, ele partiu. Mas o que mais impressiona é a forma como ele enfrentou a doença: sem revolta, sem medo. Ele ofereceu seu sofrimento “pela Igreja, pelo Papa e pelas almas”.

Suas últimas palavras foram simples, mas poderosas: “Estou feliz por morrer porque não desperdicei um minuto sequer da minha vida com coisas que não agradam a Deus”. Palavras de um menino que compreendia, como poucos, o valor da vida.

Um documentário que emociona

Dirigido por José María Zavala, o documentário “O Céu Não Pode Esperar” traz mais do que uma biografia. Ele costura depoimentos sinceros de amigos, familiares e jovens tocados pela vida de Carlo, com reencenações delicadas e imagens reais. Tudo é feito com respeito, emoção e verdade. Não é uma produção grandiosa em efeitos, mas sim em significado.

Assistir ao filme é como folhear um diário cheio de fé, onde cada página revela um pouco mais sobre esse jovem que falava de Deus sem soar distante ou moralista. Carlo não pregava com palavras difíceis. Ele vivia a fé com naturalidade — e isso, por si só, tocava profundamente quem estava ao seu redor.

O documentário mostra que a santidade não está reservada a monges em mosteiros ou a grandes figuras da história. Ela pode estar, sim, em um garoto de camiseta, jeans e tênis, que ama seu computador e também ama Jesus.

O jovem que virou inspiração global

Desde sua beatificação, em 2020, o nome de Carlo Acutis tem ecoado com força em escolas, paróquias e nas redes sociais. Ele se tornou um símbolo para a juventude católica. Seu rosto estampa camisetas, murais e até perfis no TikTok. Não como uma celebridade, mas como um exemplo real de que é possível viver com fé sem abrir mão de ser jovem.

A canonização de Carlo está marcada para 7 de setembro de 2025, no Vaticano, durante o Jubileu dos Jovens, e será presidida pelo Papa Leão XIV. É a primeira vez que um jovem nascido nos anos 1990 será reconhecido oficialmente como santo pela Igreja. Um momento histórico — e profundamente simbólico.

E o Brasil tem um laço muito especial com essa história: o milagre que possibilitou sua beatificação ocorreu com um menino de Mato Grosso do Sul, curado inexplicavelmente após a intercessão de Carlo.

O céu não pode esperar — e nós também não

A escolha da TV Aparecida de exibir esse documentário em sua programação dominical não poderia ser mais acertada. Em um tempo em que tantas famílias enfrentam incertezas, crises de fé e desencontros geracionais, assistir a “O Céu Não Pode Esperar” é quase um respiro. É um lembrete de que ainda é possível acreditar em algo maior — e de que essa crença pode nascer em qualquer lugar, até mesmo na tela de um computador.

O programa Cine Família, sempre às 16h dos domingos, já tem um público fiel. E este episódio, em especial, promete tocar corações. É daqueles filmes para assistir com os filhos, com os pais, com o coração aberto. Sem julgamentos, sem pressa. Com esperança.

Mais do que um santo: um amigo espiritual

Para muitos jovens, Carlo não é só um modelo de fé. Ele virou um amigo invisível, uma presença constante. Em tempos em que tantos se sentem sozinhos ou sem direção, saber que alguém como Carlo existiu — e continua a interceder — é um conforto imenso.

Ele não era perfeito. Tinha seus erros, suas distrações, suas lutas. Mas escolheu viver com propósito. Escolheu não desperdiçar a vida. E agora, sua história se espalha pelo mundo, não como um conto distante, mas como algo próximo, possível.

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