Ué? Dexter: Pecado Original é cancelada mesmo após confirmação da renovação

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Foto: Reprodução/ Internet

Se tem uma coisa que fã de série aprende cedo é: não crie expectativas antes da hora. Pois bem, aconteceu de novo. Depois de anunciar com pompa a renovação de Dexter: Pecado Original, a Paramount resolveu… dar um passo atrás. Sim, a série que prometia mostrar ainda mais das origens sombrias do nosso querido serial killer de Miami não vai ganhar uma segunda temporada.

A notícia, divulgada pela Variety, caiu como um banho de água fria nos fãs. Afinal, não só a renovação já havia sido confirmada em abril, como também estava previsto até o início de uma nova sala de roteiristas para dar vida às próximas tramas. Agora, tudo isso parece ter evaporado — e os fãs ficam com a sensação de déjà vu: mais uma vez, Dexter promete e não entrega.

Um universo de idas e vindas

Se tem algo que a história de Dexter nos mostra, é que a franquia não sabe parar quieta. O personagem criado por Jeff Lindsay e eternizado por Michael C. Hall já passou por fases memoráveis — e outras nem tanto.

A série original conquistou crítica e público com a vida dupla de um perito forense especialista em sangue que, nas horas vagas, caçava criminosos que escapavam da lei. O “Código de Harry” — conjunto de regras criado por seu pai adotivo para orientar seus impulsos assassinos — virou parte da cultura pop.

Só que o final da série original dividiu opiniões, e muito. Tanto que em 2021 veio Dexter: New Blood, um epílogo que tentava dar uma conclusão mais digna ao personagem. No fim, a trama trouxe Harrison, filho de Dexter, para o centro da história. Resultado: os fãs ficaram divididos de novo, mas ao menos parecia que a franquia tinha encontrado um caminho.

Eis que em 2024 surge Dexter: Pecado Original (Original Sin), um prelúdio que mostrava as origens do personagem, com Patrick Gibson assumindo o papel do jovem Dexter. A ideia era revisitar os anos de formação do anti-herói, antes de sua vida em Miami, com todo aquele peso psicológico que fez a série original brilhar.

Pois é. “Era”, porque a jornada do prelúdio foi interrompida antes mesmo de engrenar.

Mas calma, tem ressurreição no horizonte

Se Pecado Original caiu no limbo, os fãs não precisam vestir preto ainda. Isso porque vem aí Dexter: Resurrection, marcada para estrear em 11 de julho de 2025, exclusivamente no Paramount+.

E, olha, essa promete ser das grandes. Michael C. Hall está de volta como o próprio Dexter Morgan, numa trama que literalmente o traz de volta à vida depois de ser baleado pelo filho no final de New Blood. Sim, você leu certo: Dexter revive, graças a desfibriladores em um hospital, e precisa lidar com o peso de sua ressurreição. É quase um renascimento literário — e, convenhamos, a franquia nunca foi tímida quando o assunto é drama exagerado.

O elenco também dá peso à produção: Jack Alcott retorna como Harrison Morgan, David Zayas como Angel Batista, James Remar como Harry Morgan, e ainda entram Peter Dinklage (Game of Thrones), Uma Thurman (Kill Bill, Pulp Fiction) e Ntare Mwine (The Chi). Ou seja: se a Paramount desistiu de um lado da franquia, claramente está apostando todas as fichas em outro.

E os fãs no meio disso tudo?

É aqui que a coisa fica curiosa. O fandom da franquia é resistente — talvez tanto quanto o próprio Dexter. Desde 2006, a franquia foi e voltou várias vezes: série original, spin-off, prelúdios, sequências e, agora, literalmente, uma ressurreição. A cada retorno, a mesma pergunta paira no ar: será que agora vai?

O cancelamento de Pecado Original mostra como Hollywood ainda é movida por prioridades financeiras e pelo apelo de grandes nomes. Enquanto a versão jovem de Dexter poderia render boas tramas de formação, é a volta de Michael C. Hall que realmente movimenta corações (e assinaturas no streaming).

Um legado difícil de matar

Por mais que Dexter seja — bem, um assassino em série — o personagem já sobreviveu a cancelamentos, finais mal recebidos e até à própria morte. Isso faz parte do DNA da franquia: se reinventar sempre que a narrativa parece encurralada.

E talvez seja esse o verdadeiro fascínio de Dexter. Ele não é um herói tradicional, tampouco um vilão clássico. É um personagem que caminha na corda bamba entre a moralidade e a escuridão, e que parece tão imortal quanto sua própria fanbase.

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