
Após o sucesso de Anônimo (2021), o público volta a acompanhar a história de Hutch Mansell em Anônimo 2, lançado recentemente nos cinemas. Dirigido por Timo Tjahjanto e escrito por Derek Kolstad e Aaron Rabin, o filme combina ação intensa, comédia e momentos familiares, mantendo o tom divertido e explosivo que conquistou os fãs do primeiro longa.
Quatro anos depois dos eventos que marcaram sua vida, Hutch tenta equilibrar sua rotina doméstica com os resquícios de seu passado violento. Casado com Becca (Connie Nielsen) e pai de dois filhos, ele se vê cada vez mais distante da família enquanto lida com o retorno ao trabalho perigoso que havia deixado de lado para se dedicar a eles.
Para resgatar a união familiar, Hutch planeja uma viagem a Plummerville, uma cidade turística tranquila, famosa por seu parque aquático. A intenção é simples: aproveitar momentos de lazer e se afastar da violência que marcou sua vida. Porém, uma briga aparentemente banal envolvendo seu filho adolescente Brady e um jovem local chamado Max desencadeia uma série de acontecimentos inesperados, arrastando toda a família para o caos.

A ação começa em Plummerville
O que parecia ser uma escapada tranquila rapidamente se transforma em uma sequência de confrontos intensos. Hutch tenta evitar problemas, mas suas habilidades e instintos de ex-agente o tornam inevitavelmente parte da confusão. Entre ataques de capangas, sequestros e conflitos com figuras poderosas da cidade, o protagonista precisa usar toda sua experiência para proteger aqueles que ama.
O filme combina sequências de ação bem coreografadas com momentos de humor, criando uma narrativa equilibrada e dinâmica. A tensão é construída com precisão, e o público é levado a se envolver emocionalmente com as decisões de Hutch, enquanto se diverte com as situações inesperadas que surgem a cada cena.
Um elenco de talento reconhecido
Além de Bob Odenkirk, que retorna ao papel de Hutch Mansell, o longa reúne atores consagrados como Connie Nielsen, RZA, Christopher Lloyd e Colin Salmon, além de apresentar novos nomes, incluindo Sharon Stone, John Ortiz e Colin Hanks.
Becca Mansell, interpretada por Nielsen, desempenha o papel de contraponto emocional, equilibrando a intensidade do marido com preocupação e sensatez. RZA, no papel de Harry, irmão adotivo de Hutch, traz humor e leveza à trama, enquanto Christopher Lloyd adiciona nostalgia e experiência como David, pai do protagonista.
Os antagonistas, como Lendina (Sharon Stone), Abel (Colin Hanks) e Wyatt (John Ortiz), criam obstáculos consistentes e imprevisíveis, elevando a tensão e mantendo a narrativa envolvente do início ao fim.

Entre risadas e pancadas
O humor do filme não se limita a diálogos engraçados. Ele se manifesta nas situações e na interação entre personagens, tornando momentos de perigo surpreendentemente divertidos. A sequência do parque de diversões, por exemplo, mistura ação e comédia de forma inteligente, com Hutch lidando com seu filho, funcionários problemáticos e capangas, tudo ao mesmo tempo.
As cenas de luta são bem elaboradas, aproveitando a experiência de Hutch e garantindo adrenalina constante. A combinação de coreografia, ritmo e efeitos visuais torna cada confronto emocionante, sem perder a leveza característica do filme.
Família, lealdade e coragem
Um dos aspectos mais interessantes da sequência é como ele explora a vida familiar de Hutch. Apesar de sua experiência como assassino, o longa mostra que ele é, acima de tudo, um pai e marido tentando corrigir erros do passado. A viagem a Plummerville se torna não apenas um cenário de ação, mas também uma oportunidade para reforçar laços familiares e mostrar que coragem e proteção vão além de confrontos físicos.
O filme levanta questões sobre moralidade e responsabilidade. Hutch precisa decidir entre seguir regras ou tomar medidas extremas para salvar sua família. Essas escolhas acrescentam profundidade ao personagem, tornando-o mais humano e identificável para o público.
Técnica, estética e trilha sonora
A produção de Anônimo 2 demonstra atenção aos detalhes técnicos. A direção de Timo Tjahjanto mantém o ritmo ágil do filme, equilibrando ação e narrativa emocional. A cinematografia de Callan Green destaca o contraste entre a pacata cidade de Plummerville e a violência que irrompe em seu cotidiano.
A edição de Elísabet Ronaldsdóttir garante fluidez, intercalando cenas de ação, humor e drama de forma coesa. Já a trilha sonora de Dominic Lewis acompanha cada momento com precisão, intensificando a tensão ou reforçando a leveza das cenas familiares.
Vale a pena assistir?
O longa-metragem cumpre o que promete: é ação do início ao fim, com humor inteligente e personagens carismáticos. Hutch Mansell continua sendo o herói improvável que conquista o público não apenas por sua habilidade em combate, mas pela dedicação à família e pelas escolhas morais que precisa enfrentar.
Para quem procura adrenalina, risadas e uma narrativa envolvente, o filme oferece exatamente isso. É uma excelente pedida para fãs do gênero, além de apresentar elementos que tornam a história emocionante e acessível para um público mais amplo.
















