Venom: Tempo de Carnificina agita a Tela Quente com ação e o vilão mais temido da Marvel nesta segunda (08)

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Nesta segunda-feira, 8 de setembro, a Tela Quente, da TV Globo, leva ao ar um dos filmes mais aguardados da franquia de anti-heróis da Marvel: Venom: Tempo de Carnificina. A produção dá sequência ao sucesso de 2018, trazendo de volta o jornalista Eddie Brock, interpretado por Tom Hardy, e aprofundando ainda mais sua complexa e turbulenta relação com o simbionte alienígena Venom.

Desta vez, porém, o perigo é ainda maior: surge o vilão Cletus Kasady, vivido por Woody Harrelson, que se transforma no temido Carnificina, um dos inimigos mais icônicos e brutais das HQs da Marvel. O longa mescla cenas de ação eletrizantes, humor ácido e conflitos emocionais, ao mesmo tempo em que amplia o universo sombrio e imprevisível de Venom.

No início do filme, Eddie Brock tenta reconstruir sua carreira jornalística após os acontecimentos do primeiro longa. É nesse contexto que ele consegue uma entrevista exclusiva com o serial killer Cletus Kasady, preso em regime de segurança máxima. O que parecia apenas uma matéria de impacto se transforma em um pesadelo: durante o contato com Eddie, Kasady entra em contato com resquícios do simbionte e acaba se tornando hospedeiro de uma criatura muito mais instável e sanguinária, o Carnificina.

A partir daí, a narrativa ganha contornos intensos. De um lado, Eddie e Venom continuam tentando equilibrar uma convivência quase impossível, marcada por brigas e momentos cômicos que lembram o clássico conceito de “casal improvável”. De outro, Kasady e sua parceira, Frances Barrison / Shriek (Naomie Harris), formam uma dupla caótica, guiada pela violência e pela vingança. O confronto entre esses dois pares antagônicos coloca Eddie diante de dilemas não apenas físicos, mas também morais e existenciais.

Elenco: performances que dão peso ao universo Marvel

Um dos trunfos de “Tempo de Carnificina” está em seu elenco. Tom Hardy retorna com intensidade ao papel de Eddie Brock, explorando com habilidade tanto a vulnerabilidade do jornalista quanto a força descomunal do simbionte que carrega. Além disso, Hardy também participou do desenvolvimento do roteiro, ajudando a refinar diálogos e cenas para acentuar a química entre homem e criatura.

O destaque, entretanto, vai para Woody Harrelson, que entrega uma performance visceral como Cletus Kasady. O ator, inspirado em sua experiência em “Assassinos por Natureza” (1994), cria um vilão imprevisível, psicótico e perturbador. Sua interpretação dá ao Carnificina a aura de ameaça que os fãs esperavam desde sua primeira aparição na cena pós-créditos do filme de 2018.

Michelle Williams reprisa o papel de Anne Weying, ex-noiva de Eddie, funcionando como elo emocional da trama e contraponto humano ao caos que domina a vida do protagonista. Já Naomie Harris adiciona complexidade como Shriek, uma vilã com poderes sônicos devastadores e passado sombrio, que fortalece a ligação com Kasady. Outros nomes como Stephen Graham (detetive Mulligan) e Reid Scott (Dan Lewis) ampliam o arco narrativo, enriquecendo o contexto em torno do embate central.

Bastidores e direção de Andy Serkis

A direção de Andy Serkis, conhecido por seu trabalho com captura de movimento em produções como “O Senhor dos Anéis” e “Planeta dos Macacos”, elevou o nível técnico do filme. Serkis trouxe sua experiência para dar realismo às criaturas digitais, garantindo que Venom e Carnificina fossem visualmente impactantes e ao mesmo tempo expressivos, transmitindo emoções além da brutalidade.

A roteirista Kelly Marcel, que também trabalhou no primeiro filme, construiu o enredo em parceria com Hardy. O objetivo era dar mais profundidade ao relacionamento entre Eddie e Venom, mantendo o equilíbrio entre ação explosiva, humor ácido e drama. As filmagens ocorreram principalmente no Leavesden Studios, na Inglaterra, a partir de novembro de 2019, e foram marcadas pelo uso intensivo de efeitos visuais de ponta.

Desenvolvimento da sequência

Desde a concepção do primeiro “Venom”, a ideia era introduzir Carnificina como vilão em uma sequência. A aparição de Cletus Kasady na cena pós-créditos do filme de 2018 deixou claro o caminho a seguir. A escolha de Woody Harrelson foi considerada natural, especialmente por sua habilidade em viver personagens intensos e desequilibrados.

A produção passou por alguns ajustes. Inicialmente dirigida por Ruben Fleischer, o comando foi entregue a Serkis, devido à agenda do primeiro com “Zumbilândia 2”. Essa troca acabou sendo decisiva para o tom mais sombrio e psicológico da sequência.

Bilheteria e recepção

O filme estreou em 1º de outubro de 2021 nos Estados Unidos, após adiamentos causados pela pandemia da Covid-19. O resultado foi surpreendente: o longa arrecadou 90,1 milhões de dólares em seu fim de semana de estreia, tornando-se a maior abertura do período pandêmico até então e superando os números do primeiro filme.

Ao todo, o filme faturou 502 milhões de dólares mundialmente, sendo 213,5 milhões nos EUA e Canadá e 288,5 milhões em outros territórios. Os críticos dividiram opiniões: enquanto alguns elogiaram a química entre Hardy e Harrelson, além do humor característico, outros consideraram a trama apressada e com pouco espaço para desenvolvimento mais profundo. Ainda assim, o público abraçou o filme, consolidando a franquia como um dos grandes sucessos da Sony em parceria com a Marvel.

Conexões com o universo do Homem-Aranha

Outro ponto que empolgou os fãs foram as conexões estabelecidas com o universo do Homem-Aranha. O longa apresenta referências e participações especiais que preparam o terreno para encontros futuros entre Venom e o herói interpretado por Tom Holland. Essa expansão do universo compartilhado reforça a relevância do personagem no cenário atual das adaptações de quadrinhos.

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