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No vasto universo dos doramas BL (Boys’ Love), poucos títulos conseguem unir fantasia, emoção e reflexões existenciais de maneira tão delicada quanto Vice Versa. Produzido em 2022 pela GMMTV, o drama tailandês dirigido por X Nuttapong Mongkolsawas rapidamente conquistou fãs em todo o mundo, especialmente entre os que buscam histórias que ultrapassam o romance e mergulham em temas como destino, identidade e o poder transformador das conexões humanas.
A trama começa com Talay (Sea Tawinan Anukoolprasert), um jovem que acaba de alcançar o tão sonhado emprego, mas que vê sua vida virar do avesso após um acidente quase fatal. Ao despertar, ele percebe que está em um universo paralelo, habitando o corpo de outra pessoa chamada Tess. Desorientado e tentando entender o que aconteceu, Talay encontra apoio na Associação de Cidadãos Tailandeses do Mundo Alternativo, uma organização dedicada a ajudar viajantes de universos paralelos.
Ali, ele descobre que só poderá voltar ao seu mundo original se encontrar sua “chave de portal” — uma pessoa especial cuja conexão emocional é forte o suficiente para abrir o caminho de volta. É então que entra em cena Tun (Jimmy Jitaraphol Potiwihok), um antigo amigo de Tess e, coincidentemente, outro viajante entre mundos.
Entre o destino e o amor: o elo entre Talay e Tun
À medida que Talay e Tun passam mais tempo juntos, suas diferenças e semelhanças começam a se revelar de forma cativante. O relacionamento, inicialmente marcado por desconfianças e curiosidade, transforma-se em uma parceria emocional profunda, cheia de descobertas e afetos. O que começa como uma busca pelo retorno se torna, pouco a pouco, uma jornada de amor e aceitação.
A química entre Sea Tawinan e Jimmy Jitaraphol é um dos grandes trunfos de “Vice Versa”. Os atores transmitem com naturalidade a vulnerabilidade dos personagens, equilibrando momentos de leveza e introspecção. A amizade que floresce entre Talay e Tun ganha contornos de um amor que transcende fronteiras — inclusive as do próprio universo.
Um olhar sensível sobre o destino e a identidade
Além de seu enredo romântico e envolvente, “Vice Versa” é também uma história sobre autodescoberta e propósito. O universo alternativo funciona como um espelho simbólico, onde os personagens enfrentam suas inseguranças, arrependimentos e o medo de perder quem amam. A série faz o espectador refletir sobre como nossas escolhas moldam o caminho — e o quanto o amor, em suas diversas formas, pode nos guiar de volta ao que realmente importa.
O roteiro brinca com a ideia de que, às vezes, é preciso se perder — ou até atravessar dimensões — para se encontrar. E é justamente nessa travessia que Talay e Tun percebem que talvez o verdadeiro lar não seja um lugar, mas uma pessoa.
Uma produção visual e emocionalmente encantadora
Visualmente, o dorama se destaca pelo uso de cores suaves e uma fotografia que traduz os sentimentos dos protagonistas. Os tons pastel e a iluminação delicada criam uma atmosfera onírica, reforçando a sensação de estar em um mundo entre o real e o imaginário.
A trilha sonora, repleta de músicas melancólicas e esperançadas, é outro destaque, pontuando momentos-chave da narrativa. Cada episódio equilibra drama, comédia e romance, resultando em uma experiência emocional completa e sensível.
Elenco e participações especiais
Além dos protagonistas Sea Tawinan Anukoolprasert e Jimmy Jitaraphol Potiwihok, o elenco conta com nomes talentosos como Neo Trai Nimtawat, Aou Thanaboon Kiatniran, Pepper Phanuroj Chalermkijporntavee e Boom Tharatorn Jantharaworakarn, que ajudam a construir o universo da série com carisma e autenticidade.
Há também participações especiais de Force Jiratchapong Srisang, Book Kasidet Plookphol, Milk Pansa Vosbein e Love Pattranite Limpatiyakorn, rostos já conhecidos dos fãs de doramas tailandeses e que adicionam camadas de emoção e humor à história.
Por que assistir?
A trama não é apenas mais um romance BL — é uma reflexão poética sobre a vida, o destino e as pessoas que cruzam nosso caminho. A série fala sobre segundas chances, autoconhecimento e o poder do amor em curar feridas invisíveis. Mesmo em meio a uma trama de fantasia, tudo soa profundamente humano.
Ao assistir, é impossível não se emocionar com a vulnerabilidade de Talay e Tun, que representam dois jovens tentando entender quem são em meio ao caos da vida — e o que realmente os conecta. A narrativa convida o público a se perguntar: se tivéssemos a chance de viver em outro mundo, ainda amaríamos as mesmas pessoas?
















