Virginia Cavendish revisita carreira e vida pessoal em conversa com Ronnie Von no “Companhia Certa” deste sábado (26/07)

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Foto: Reprodução/ Internet

No cenário acolhedor do programa “Companhia Certa”, que vai ao ar na madrugada deste sábado (26) para domingo (27), à 0h30, na RedeTV!, o apresentador Ronnie Von recebe uma convidada que carrega nos olhos a força de quem transforma histórias em emoções: Virginia Cavendish. Atriz, diretora, produtora e um dos nomes mais marcantes da dramaturgia brasileira contemporânea, ela entrega ao público uma conversa honesta, cheia de memória afetiva, reflexões profundas e afeto.

Aos 54 anos, Virginia fala com serenidade e brilho nos olhos sobre uma trajetória que começou no teatro, floresceu na televisão e conquistou definitivamente o cinema nacional. Foi em 1999, ao dar vida à encantadora Rosinha na adaptação televisiva de O Auto da Compadecida, que seu rosto se eternizou na memória afetiva de milhões de brasileiros. Mas por trás do sucesso, havia o nervosismo e o medo comum a quem encara grandes desafios.

“Era uma responsabilidade enorme. Eu estava ali com atores consagradíssimos, me sentindo pressionada, querendo muito acertar”, relembra ela com vulnerabilidade, ao comentar os bastidores da produção dirigida por Guel Arraes — diretor com quem também compartilhou uma década de vida conjugal e uma filha, a atriz Luísa Arraes.

Muito além de Rosinha

Virginia não é apenas lembrada por seus papéis doces ou cômicos. Seu repertório artístico inclui uma profunda versatilidade. De Lisbela e o Prisioneiro a séries autorais e produções independentes, a atriz sempre buscou personagens que lhe provocassem inquietações e verdades. “Gosto do desafio. A personagem precisa me dizer alguma coisa, provocar, fazer pensar. Não gosto de ficar no confortável”, confessa, revelando o olhar artístico apurado que a move.

Um amor que virou afeto eterno

Durante a conversa com Ronnie Von, o tom muda suavemente quando o tema envereda pela vida pessoal. Virginia fala com maturidade e generosidade sobre o fim do casamento com Guel Arraes — união que resultou não só em colaborações marcantes na televisão e no cinema, mas também em uma relação familiar de grande afeto.

“Foi um amor muito importante. Não éramos só um casal, éramos uma dupla criativa. Tivemos uma filha linda, fizemos projetos incríveis. A separação foi difícil porque desmonta uma estrutura. Mas o amor virou amizade e respeito. Eu ainda o admiro muito”, diz, com a calma de quem elaborou suas emoções com delicadeza e verdade.

O Brasil que vive em suas histórias

Virginia Cavendish é uma dessas artistas que não perderam o encanto pelo próprio ofício. E isso fica evidente quando fala com paixão sobre o cinema nacional — setor que, segundo ela, precisa ser reconhecido pelo público como um verdadeiro patrimônio emocional.

“A gente precisa olhar para o nosso cinema como olhamos para o futebol. Há tanto talento, tantas histórias lindas e urgentes para contar. Quando um filme brasileiro chega ao Oscar, o país vibra. Mas precisamos vibrar sempre, inclusive com as produções menores, independentes, que resistem com tanta garra”, defende.

Ao longo da entrevista, ela destaca como o Brasil é fértil em narrativas potentes, com um povo que respira cultura mesmo diante das dificuldades. “É no cinema que a gente se vê, se reconhece. É ali que a gente cura feridas ou entende o outro. Por isso, precisamos apoiar cada vez mais nossas produções”, afirma.

Arte como destino

Criada em uma família de artistas, Virginia diz que nunca se imaginou em outro lugar que não fosse no palco ou diante das câmeras. “Para mim, a arte é um modo de viver. Sempre foi. Desde muito cedo, o teatro me salvava de muitas coisas, me dava força, me explicava o mundo”, relembra. Ainda hoje, quando sobe ao palco, sente uma mistura de euforia e medo. “É como se fosse sempre a primeira vez”, confessa, sorrindo.

Hoje, ela também se arrisca na direção e produção, incentivando novos talentos e projetos autorais. “Gosto de estar nos bastidores, de ver a engrenagem funcionando. Há muita potência em contar histórias por outros ângulos também”, destaca.

Um papo necessário e reconfortante

No “Companhia Certa”, Ronnie Von conduz a conversa com elegância e empatia. Ao lado de Virginia, constrói um espaço onde o tempo desacelera e o público se conecta com a essência da convidada. O programa, que vem se consolidando como uma das boas surpresas da programação noturna, aposta em entrevistas mais íntimas, valorizando o percurso de artistas que marcaram — e continuam marcando — gerações.

Para Virginia, aceitar o convite foi uma forma de revisitar a própria caminhada. “A gente se esquece do quanto viveu, do quanto cresceu. Foi bom olhar para trás e perceber que cada escolha, cada dor e cada conquista ajudaram a formar quem eu sou hoje”, conclui.

Um encontro para não perder

A entrevista completa com Virginia Cavendish vai ao ar neste sábado (26), na virada para o domingo (27), à 0h30, na RedeTV!. Uma oportunidade de redescobrir uma artista intensa, generosa e que continua reinventando sua arte — e a si mesma — a cada novo projeto.

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