Zach Cregger abre o jogo: detalhes inéditos sobre o reboot original de Resident Evil

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Foto: Reprodução/ Internet

Para quem cresceu enfrentando zumbis e mistérios sombrios no universo de Resident Evil, a notícia de um novo filme da franquia costuma causar uma mistura de empolgação e um certo pé atrás. Afinal, as adaptações anteriores tiveram um caminho tortuoso, com elogios e críticas divididos, e um reboot recente, lançado em 2021, que não agradou muita gente — nem crítica nem público.

Mas a boa nova é que o diretor Zach Cregger, responsável pelo suspense com pitadas de humor do filme Noites Brutais, está à frente de uma nova versão de Resident Evil que promete uma pegada diferente: uma história original, autêntica, que busca trazer de volta o clima de tensão e terror que só os jogos conseguem oferecer.

Em uma entrevista recente ao The Hollywood Reporter, Cregger abriu o jogo e falou com sinceridade sobre seus planos. “Eu sou um fã antigo dos jogos”, disse. “Já joguei o quarto jogo tantas vezes que perdi a conta. E mais do que simplesmente replicar o que já existe, quero passar a sensação que os jogos trazem — o medo, o suspense, a adrenalina.”

Uma paixão de longa data, uma visão nova

O que chama atenção nas palavras de Cregger é a paixão genuína pelo material original. Diferente de muitos filmes que apenas tentam traduzir cenas em ação, ele quer capturar a essência da experiência de jogar Resident Evil. Isso significa um desafio e tanto: como passar para a tela uma sensação que se constrói no controle do jogador?

Para isso, ele e o roteirista Shay Hatten, que tem experiência em filmes de ação e suspense como Army of the Dead: Invasão em Las Vegas, criaram um roteiro inédito. Não será uma adaptação fiel ponto a ponto dos jogos, nem uma repetição das histórias anteriores, mas sim um novo capítulo dentro desse universo.

“É um roteiro original. Uma história estranha, única. Quero que o público tenha uma experiência nova, sem se prender a versões antigas”, explicou o diretor. E isso é justamente o que muitos fãs esperam: inovação sem perder a alma da franquia.

O legado de Resident Evil

Para entender o tamanho do desafio, vale lembrar que Resident Evil é muito mais que um jogo ou um filme — é uma parte importante da cultura pop mundial. Criado em 1996 pela Capcom, com a visão de Shinji Mikami e Tokuro Fujiwara, o jogo original foi responsável por trazer o conceito de survival horror para um novo patamar.

Na época, a proposta era assustar de forma inteligente: ambientes sombrios, puzzles desafiadores e uma atmosfera carregada de mistério e medo. Mais do que isso, trouxe os zumbis de volta para a cultura popular, influenciando filmes, séries e outras mídias ao redor do mundo.

Ao longo dos anos, a franquia evoluiu em sua jogabilidade e narrativa, mesclando ação e horror, e se reinventando para agradar tanto os fãs antigos quanto uma nova geração. Com mais de 154 milhões de cópias vendidas, é o título mais bem-sucedido da Capcom e a série de jogos de terror mais vendida do mundo.

Uma história com altos e baixos

No cinema, a obra também tem uma história marcada por altos e baixos. Os primeiros filmes, iniciados em 2002, alcançaram sucesso comercial, especialmente por misturar ação com horror. No entanto, não agradaram muito os fãs mais puristas dos jogos, e foram criticados pela falta de fidelidade à mitologia da série.

O reboot de 2021, Resident Evil: Bem-vindo a Raccoon City, tentou se aproximar mais da origem dos jogos, mas não conseguiu conquistar a crítica nem o público. Com apenas 30% de aprovação no Rotten Tomatoes e uma arrecadação de US$ 41,9 milhões, o filme passou longe de ser o sucesso esperado, deixando claro que o público quer mais do que simples nostalgia.

Por isso, o novo projeto de Cregger carrega uma grande responsabilidade — e também uma grande expectativa. A Constantin Film, que mantém os direitos da franquia desde os anos 90, junto com a PlayStation Productions, está apostando em uma abordagem mais moderna e, sobretudo, mais fiel ao espírito da franquia.

Por que esse reboot pode ser diferente?

Ao olhar para trás, fica claro que as adaptações anteriores tiveram dificuldades em encontrar um equilíbrio entre agradar fãs dos jogos e o público geral. Para muitos, o que faltava era justamente essa sensação de imersão, o medo palpável e a tensão constante que só o universo de Resident Evil pode oferecer.

Zach Cregger parece ter entendido esse ponto. Seu compromisso é criar uma experiência nova, mas que consiga transportar para o cinema a mesma sensação que sentimos ao jogar. “Não quero fazer uma cópia exata, mas uma história que seja autêntica para os fãs e para quem nunca jogou”, comentou.

Esse cuidado é essencial para revitalizar a franquia e abrir caminho para futuros projetos, sejam filmes, séries ou outras mídias. Afinal, Resident Evil é uma marca poderosa, mas que precisa se reinventar para não perder relevância em um mercado tão competitivo.

O que podemos esperar da estreia em 2026?

Com o lançamento previsto para 18 de setembro de 2026, o reboot do filme está na mira de todos que acompanham o universo do terror e dos games. Embora detalhes sobre elenco e enredo ainda sejam guardados a sete chaves, a promessa de uma história original e o envolvimento de profissionais que realmente entendem e amam o material são um sinal positivo. Além disso, a colaboração entre Constantin Film e PlayStation Productions deve garantir qualidade técnica e respeitabilidade, trazendo o melhor da produção audiovisual para esse projeto.

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