Zootopia 2 confirmou seu enorme apelo global e entregou um dos maiores fenômenos cinematográficos recentes. A nova animação da Disney ultrapassou a marca de US$ 1 bilhão em bilheteria mundial em apenas 17 dias de exibição, demonstrando força e estabilidade em um mercado competitivo e reforçando o prestígio da franquia. Apenas nos Estados Unidos, o filme arrecadou cerca de US$ 236 milhões, enquanto no restante do mundo soma aproximadamente US$ 740 milhões. Esses números já impressionariam por si só, mas saltam ainda mais quando considerados ao lado do desempenho extraordinário na China, onde Zootopia 2 caminha para alcançar US$ 500 milhões, segundo o World of Reel. Somando tudo, a animação não apenas ultrapassou o bilhão como se consolidou como a maior bilheteria do ano para uma animação.

O sucesso da sequência reflete tanto a força da marca quanto o carinho do público pelos personagens Judy Hopps e Nick Wilde, que retornam em uma aventura que mistura humor, ação, emoção e temas sociais em uma narrativa mais madura. A trama começa logo após os eventos do primeiro filme. Judy e Nick, agora parceiros oficiais na Polícia de Zootopia, descobrem que trabalhar juntos pode ser muito mais complicado do que imaginavam. Um erro durante uma operação contra uma quadrilha de tamanduás desperta a ira do Chefe Bogo, que decide enviá-los para sessões de terapia com a Doutora Fuzzby, uma quokka que logo se destaca pelo carisma e pela abordagem irreverente. É nesse momento que Judy encontra um pedaço de pele de cobra e passa a desconfiar que algo maior está prestes a acontecer.

A proximidade do Baile Zootenário, evento de gala que celebra o centenário da cidade e que está sendo organizado pela tradicional família Lincesley, torna o mistério ainda mais urgente. Judy acredita que a suposta víbora pode tentar algo durante o evento e convence Nick a participar com ela. O baile, visualmente deslumbrante e repleto de detalhes sobre a elite de Zootopia, se transforma rapidamente em um cenário de caos quando uma figura encapuzada aparece sobre um lustre e sequestra Milton Lincesley, o patriarca da família. O agressor, que se revela uma víbora, rouba também um diário antigo que detalha o projeto das muralhas climáticas da cidade, provocando pânico e desorientação entre os convidados.

A perseguição leva Judy a confrontar a víbora, que tenta convencê-la de que répteis não são os monstros que a cidade acredita. Ela afirma que o diário contém provas que podem mudar a compreensão de todos sobre o passado de Zootopia. Nick, no entanto, aparece no momento decisivo e derruba a víbora com uma frigideira, reacendendo tensões entre ele e Judy. Após o incidente, Milton acusa os dois policiais de colaborarem com a víbora, e a própria prefeitura passa a vê-los como suspeitos. A situação se agrava quando Bogo é ferido acidentalmente pelo veneno da víbora. Judy e Nick se tornam fugitivos e precisam, além de provar sua inocência, entender o que realmente está acontecendo por trás do sequestro.

A investigação leva a dupla até a Feira do Brejo, uma área segregada onde vivem répteis expulsos de Zootopia há décadas. Ali, eles conhecem Jesús, um basilisco que revela uma versão da história que nunca foi registrada oficialmente. Segundo ele, a verdadeira criadora das muralhas climáticas foi Agnes, uma cobra engenheira e bisavó da víbora Gary A’Cobra. Agnes teria sido injustamente acusada de assassinato por Ebenezer Lincesley, que roubou seus projetos, tomou crédito pela criação da muralha e expulsou os répteis da cidade. A antiga comunidade dos répteis, chamada Ravina dos Répteis, foi soterrada durante a construção de Tundralândia, apagando qualquer registro de sua existência. É esse passado escondido que o diário roubado poderia revelar.

Judy e Nick enfrentam uma discussão séria após quase se afogarem durante uma perseguição submarina. A queda e destruição da caneta de cenoura, símbolo da confiança entre os dois, funciona como metáfora da ruptura momentânea da parceria. Separados pela primeira vez em muito tempo, Judy segue adiante com Gary e Patalberto, enquanto Nick é capturado pela polícia. Sua fuga, com ajuda de Nibbles, retoma o humor característico da franquia, contrastando com a tensão crescente da trama.

Patalberto, que até então parecia apenas o caçula desajeitado dos Lincesley, revela suas verdadeiras intenções. Movido por inseguranças e pela pressão de uma família obcecada por legado, ele envenena Judy e rouba a caneta antiveneno de Gary. O objetivo do jovem lince é destruir a patente original de Agnes para restaurar o prestígio dos Lincesley e impedir que a verdade venha à tona. O confronto final ocorre em uma montanha próxima à Ravina dos Répteis. Nick enfrenta Patalberto em uma luta intensa pelo antídoto, conseguindo lançá-lo para Gary, que consegue salvar Judy no momento crucial. A cena, carregada de emoção, culmina em uma confissão inesperada de Nick, que admite temer mais perder Judy do que qualquer outro perigo que enfrentaram.

O desfecho traz uma virada significativa para a história da cidade. A patente original de Agnes é finalmente encontrada na cidade soterrada. As fraudes dos Lincesley são reveladas publicamente, e a família é presa, enquanto a verdadeira contribuição dos répteis para a fundação de Zootopia é reconhecida. Judy e Nick são inocentados e retomam seus cargos. Bogo se recupera do envenenamento, e os répteis começam um processo oficial de reintegração à cidade. Nas cenas finais, Nick entrega a Judy uma nova versão da caneta de cenoura, restaurada, e ela grava uma mensagem emocionada, capturando mais um momento sincero entre os dois.

Esdras Ribeiro
Além de fundador e editor-chefe do Almanaque Geek, Esdras também atua como administrador da agência de marketing digital Almanaque SEO. É graduado em Publicidade pela Estácio e possui formação técnica em Design Gráfico e Webdesign, reunindo experiência nas áreas de comunicação, criação visual e estratégias digitais.

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