Neste domingo, 28 de dezembro, a TV Globo exibe em sua tradicional Temperatura Máxima um dos filmes mais marcantes de todos os tempos: Titanic. Lançado em 1997 e dirigido por James Cameron, o longa é muito mais do que um relato sobre um naufrágio histórico. Trata-se de uma história sobre amor, liberdade, escolhas e memória, temas que continuam atravessando gerações e tocando o público como se fosse a primeira vez.
Ambientado no início do século XX, o filme nos leva à viagem inaugural do imponente RMS Titanic, símbolo máximo de luxo, progresso e arrogância humana. Entre salões grandiosos, jantares sofisticados e promessas de um futuro brilhante, está Rose DeWitt Bukater (Kate Winslet), uma jovem da alta sociedade que, apesar de todo o conforto, se sente sufocada por uma vida que não escolheu. Pressionada pela mãe e comprometida com Cal Hockley (Billy Zane), um homem rico e controlador, Rose carrega um vazio silencioso que ninguém ao seu redor parece perceber.
É nesse cenário que surge Jack Dawson (Leonardo DiCaprio), um artista pobre, carismático e livre, que embarca no Titanic quase por acaso. Jack vive o oposto de Rose: não tem dinheiro, nem status, mas carrega uma leveza contagiante e uma vontade imensa de aproveitar cada instante. O encontro entre os dois muda tudo. O que começa como uma amizade improvável logo se transforma em um romance intenso, capaz de atravessar barreiras sociais e desafiar regras rígidas impostas por uma sociedade profundamente desigual.
James Cameron constrói essa história de amor como uma ponte emocional entre o público e a tragédia real do Titanic. Ao acompanhar Jack e Rose, o espectador se conecta não apenas com o casal, mas com todos os passageiros que embarcaram acreditando que nada poderia dar errado. Quando o navio colide com o iceberg, o impacto não é apenas visual — é emocional. A sensação de segurança se desfaz, e o luxo dá lugar ao caos, ao medo e à luta desesperada pela sobrevivência.
A narrativa do filme é contada a partir de um olhar sensível e melancólico. No presente, uma expedição liderada por Brock Lovett (Bill Paxton) busca nos destroços do Titanic o lendário diamante conhecido como Coração do Oceano. A descoberta de um antigo desenho leva até Rose Dawson Calvert, agora idosa, interpretada por Gloria Stuart, que decide revisitar suas memórias e revelar sua verdadeira história. É através desse relato que o passado ganha vida, transformando lembranças em imagens carregadas de emoção.
Um dos grandes méritos de Titanic é mostrar que o naufrágio não foi apenas uma tragédia técnica, mas humana. O filme evidencia como classe social, poder e privilégios continuaram determinando quem tinha mais chances de sobreviver, mesmo diante da morte iminente. Cameron não suaviza o horror do desastre, mas também não perde de vista a humanidade presente em pequenos gestos de coragem, amor e sacrifício.
A produção do filme foi tão grandiosa quanto a história que ele conta. Cameron mergulhou nos destroços reais do Titanic, construiu uma réplica quase em escala real do navio e combinou efeitos práticos com tecnologia digital de ponta para recriar o naufrágio com impressionante realismo. Na época, o orçamento de cerca de 200 milhões de dólares assustou Hollywood, mas o resultado se transformou em um sucesso histórico.
Quando chegou aos cinemas, Titanic se tornou um fenômeno cultural. O filme conquistou o público, dominou as bilheteiras e entrou para a história ao vencer 11 Oscars, incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor, além de arrecadar mais de 2 bilhões de dólares mundialmente. Por anos, foi o filme de maior bilheteria de todos os tempos, consolidando James Cameron como um dos diretores mais bem-sucedidos da indústria.
No Brasil, o impacto também foi gigantesco. Exibido pela TV aberta em diferentes ocasiões, Titanic sempre reuniu milhões de espectadores diante da televisão, tornando-se um verdadeiro evento popular. A história de Jack e Rose atravessou gerações, emocionando quem viu o filme nos cinemas, quem o descobriu em VHS, DVD ou streaming, e agora quem o reencontra nas tardes de domingo.
Rever Titanic hoje é perceber como ele continua atual. A busca de Rose por liberdade, o desejo de Jack de viver sem amarras e a reflexão sobre o orgulho humano diante da natureza permanecem relevantes. Mais do que um romance trágico, o filme fala sobre aproveitar a vida, fazer escolhas verdadeiras e deixar marcas que vão além do tempo.
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